Central do Timão
·28 de noviembre de 2024
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Desde o início de outubro, o Corinthians tem investigado um possível esquema de fraude na compra de ingressos destinados aos sócios do clube social, conforme denúncia apresentada em um relatório da Comissão de Justiça e Marketing do Conselho Deliberativo. Recentemente, o caso também passou a ser apurado pela Polícia Civil de São Paulo, que instaurou um inquérito para investigar as suspeitas.
A informação foi publicada inicialmente pelo UOL, que apurou ainda que as autoridades investigam a situação por conta de diversas denúncias feitas por torcedores, que protestam sobre a dificuldade crescente de adquirir ingressos para jogos do Corinthians na Neo Química Arena por meio do programa Fiel Torcedor. A investigação é conduzida pela Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Foto: Reprodução/Corinthians
Embora o caso esteja correndo sob sigilo na polícia, o relatório da Comissão de Justiça e Marketing do Conselho Deliberativo ajuda a entender a forma como a fraude estaria acontecendo. Segundo o documento, uma das etapas de autenticação do sócio no Fiel Torcedor teria sido desativada, a pedido da diretoria, para a etapa de venda dos ingressos relativa aos membros do clube social.
Essa autenticação é feita pelo API, sigla para Interface de Programação de Aplicações, que valida o acesso do torcedor à plataforma de vendas a partir da leitura de seu número de CPF. O API é uma das ferramentas que, justamente, ajuda a prevenir fraudes no sistema, pois tem a capacidade de “barrar” o acesso de não-sócios e sócios inadimplentes aos ingressos.
Sem a utilização da API, a verificação dos CPFs é realizada manualmente, o que aumenta o risco de compradores irregulares adquirirem ingressos. Segundo o documento da comissão, em média cerca de 32% dos ingressos vendidos nessa etapa acabam sendo destinados a pessoas que não possuem direito ao benefício.
Em nota enviada ao UOL, o Corinthians alegou que “o clube não tomou conhecimento da abertura de nenhum inquérito. No entanto, o clube trabalha para combater todo tipo de irregularidade na compra e venda de ingressos, com a implementação de sistemas de biometria e reconhecimento facial”.
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