Esporte News Mundo
·18 de noviembre de 2025
Crise interna e pressões por SAF travam reforma do estatuto em gigante do futebol brasileiro

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O Conselho de Orientação do Corinthians (Cori) publicou uma nota oficial pedindo o cancelamento da votação marcada para 24 de novembro no Conselho Deliberativo, alegando a existência de “diversas ilegalidades” no anteprojeto e a necessidade de uma análise mais profunda antes que o texto avance.
A assembleia dos associados, que decidirá se o novo regimento interno será adotado, está prevista para 20 de dezembro.
Embora o Cori reafirme ser favorável à modernização estatutária, o órgão sustenta que o processo conduzido pelo presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, tem sido acelerado e falho.
Um relatório elaborado pela Comissão de Reforma Estatutária, encaminhado tanto aos conselheiros quanto a Tuma, aponta vícios legais e estatutários que, segundo a ESPN apurou, motivaram o pedido de suspensão imediata da votação. Foi dado ao presidente do Conselho o prazo até esta sexta-feira (21) para responder às ponderações.
A condução do anteprojeto já vinha provocando desconforto no Parque São Jorge. Em reuniões recentes, conselheiros relataram inconformismo com o curto período para avaliar mudanças consideradas profundas e com a decisão de Tuma de implementar uma votação aberta e em bloco.
Houve até discussão acalorada, após o presidente afirmar que não devia satisfações à Secretaria do Cori, posição que levou alguns membros a protestarem e deixarem o encontro.
Tuma também havia adiado inicialmente a votação, antes prevista para 17 de novembro, para dar mais tempo ao debate, mas as insatisfações persistiram.
Entre os pontos mais sensíveis do texto está a previsão de que o clube possa se transformar futuramente em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), mas com limitações que manteriam o controle acionário nas mãos dos associados.
O Cori defende que qualquer discussão sobre SAF deve ocorrer em encontros específicos com os idealizadores das propostas já apresentadas.
O tema ganhou ainda mais destaque depois que integrantes da SAFiel. um dos projetos de SAF encaminhados ao clube, passaram a ser questionados.
O compliance do Corinthians identificou que um dos idealizadores da SAFiel, Maurício Chamati, foi citado em um processo por estelionato (posteriormente arquivado) e teve participação na antiga gestão de Augusto Melo.
Chamati integrou por sete meses o Comitê Independente de Finanças do clube, assinando um acordo de confidencialidade válido por cinco anos. Após a dissolução do comitê no impeachment de Melo, ele passou a atuar diretamente na elaboração da proposta de SAF ao lado de outros empresários.
A SAFiel respondeu atacando as “red flags”, disse estar aberta ao diálogo e ressaltou a importância de levar o projeto aos órgãos internos do Corinthians.
A decisão sobre o futuro da SAFiel agora está nas mãos do presidente Osmar Stabile. No entanto, ele já indicou que não avançará enquanto todos os apontamentos não forem esclarecidos.
“O Corinthians tem um compliance que funciona. Não vamos deixar nenhuma herança maldita. Se houver qualquer apontamento, vamos aguardar a resolução para depois discutir a parte técnica e de marketing”, afirmou o dirigente durante evento recente.









































