Cruzeiro e Corinthians empatam em jogo histórico pela ida da final do Brasileirão Feminino | OneFootball

Diante de um Independência lotado na manhã deste domingo (7), Cruzeiro e Corinthians empataram por 2 a 2 no primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro Feminino. A partida, marcada pelo equilíbrio, também registrou um feito histórico: 19.175 torcedores estiveram presentes, o maior público da história do futebol feminino em Minas Gerais. A marca superou o recorde anterior, estabelecido pelas próprias Cabulosas na semifinal contra o Palmeiras, quando mais de 13 mil cruzeirenses compareceram ao estádio do Horto.

O Cruzeiro buscava abrir vantagem rumo ao título inédito, enquanto o Corinthians, dono de seis conquistas da competição, entrou em campo para ampliar sua hegemonia no cenário nacional.

Para o duelo desta manhã, o técnico Jonas Urias entrou em campo com o que tinha de melhor disponível dentro do seu elenco. Assim o Cruzeiro estava escalado:

Primeiro tempo

O início de jogo foi amplamente favorável ao Corinthians. A equipe paulista, acostumada a finais, entrou em campo mais confiante e controlou as ações ofensivas nos primeiros minutos. A posse de bola era majoritariamente alvinegra, e a pressão logo surtiu efeito. Aos 5 minutos, Gi Fernandes aproveitou cruzamento e bateu de primeira, exigindo defesa difícil da goleira Camila Rodrigues, que não conseguiu evitar o gol: 1 a 0 para o Corinthians.

O gol cedo mexeu com o Cruzeiro, que mostrou nervosismo em sua primeira final de Brasileirão. O time demorou a se encontrar em campo, enquanto Camila seguia sendo peça fundamental para evitar uma desvantagem maior, com defesas importantes em cobranças de falta e finalizações de fora da área. A reação celeste, porém, começou a se desenhar a partir dos 15 minutos, quando Byanca Brasil passou a organizar o ataque e a dar mais ritmo às jogadas.

Aos 28 minutos, Byanca, num cruzamento, encontrou Marília em condição de dividir com a goleira corintiana. A atacante celeste mostrou oportunismo e, na disputa, conseguiu empurrar a bola para o fundo da rede, decretando o empate. O gol inflamou as Cabulosas e também a torcida, que passou a empurrar ainda mais a equipe em busca da virada. A partir daí, a partida ficou mais equilibrada, com chances para os dois lados. Camila, pelo Cruzeiro, e Nicole, pelo Corinthians, foram protagonistas com boas intervenções para segurar o empate até o intervalo.

Segundo tempo

Na volta do intervalo, o técnico Jonas Urias precisou mexer na equipe: Marília, autora do primeiro gol cruzeirense, sentiu dores na coxa e deu lugar a Letícia Ferreira. A mudança não alterou o padrão da partida, que seguiu equilibrada, com o Cruzeiro tentando propor mais o jogo e o Corinthians explorando os contra-ataques com velocidade.

O time paulista voltou a assumir a frente do placar aos 14 minutos. Em saída rápida do campo de defesa, Tamires encontrou espaço nas costas da defesa celeste e cruzou na medida para Gabi Zanotti, que completou para o gol: 2 a 1 para o Corinthians. O cenário, que poderia abalar as Cabulosas, teve efeito contrário. Apenas dois minutos depois, na cobrança de escanteio, a zaga adversária afastou, mas a bola rebatida para dentro da área achou Isabela, que desviou de cabeça para trás, surpreendendo a goleira corintiana e deixando tudo igual novamente.

O empate por 2 a 2 fez a partida ganhar ainda mais intensidade. O Corinthians tentou retomar o domínio das ações, mas encontrou um Cruzeiro bem postado defensivamente e disposto a explorar os contra-golpes. Em alguns lances, as Cabulosas até chegaram com perigo, mas não conseguiram transformar as investidas em gol. Do outro lado, o Corinthians também tentou pressionar nos minutos finais, mas esbarrou na boa atuação defensiva da equipe mineira, que soube segurar o resultado.

O que vem por aí…

O empate deixou em aberto a disputa pelo título nacional. Agora, Cruzeiro e Corinthians voltam a se enfrentar no próximo domingo (14), às 10h30, na Neo Química Arena, em São Paulo. A equipe que vencer fica com o título e em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis.