Deus me Dibre
·17 de agosto de 2025
Cuca aponta problemas, fala sobre oscilação entre tempos e ressalta cobrança por reforços

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·17 de agosto de 2025
O Atlético decepcionou diante da sua torcida na Arena MRV. Neste domingo (17), o time comandado por Cuca foi derrotado por 3 a 1 pelo Grêmio, em jogo marcado por falhas defensivas e oscilações dentro da partida. Após o apito final, o treinador não escondeu a insatisfação com o desempenho do elenco e deixou claro a necessidade de reforços para o setor defensivo.
O Galo abriu o placar no primeiro tempo e dominava as ações até sofrer o empate em cobrança de escanteio. Para Cuca, as falhas em jogadas aéreas foram determinantes no resultado.
“Eu acho que o jogo estava bem jogado da nossa parte, um controle grande e tranquilo. Fizemos 1 gol e tivemos o domínio. Sabíamos que o Grêmio iria vir por uma bola. Cedemos um escanteio e tomamos um gol, não foi uma grande cabeçada, foi um erro de marcação. Há tempo que a gente não tinha esse tipo de falha. Mas muito é da característica de jogadores. Hoje a gente não tinha essa característica defensiva e tomamos dois gols assim. O primeiro te deixa mal, o segundo te aniquila. Você trabalha pra fazer um belo gol e entrega dois gols em bola parada. A gente sai muito chateado. O torcedor pegou no pé de jogadores que entraram e não renderam, pegou no meu pé com razão. O time pode jogar mais, pode jogar o segundo tempo igual o primeiro e não tá jogando dois tempos iguais. Tem toda razão de reclamar. No final, quando descaracteriza, é muito em função de buscar o gol. O Cuello na lateral direita você tem força de ataque, não pode é ter o jogador expulso. Perdeu-se a grande vantagem que tinha. Tem que ter reflexão em cima de muitas coisa que aconteceram. É lamentável, perder a forma que perdeu, por mais que o Grêmio tenha se entregado, nós entregamos dois gols em bola parada.”
O técnico também destacou a dificuldade do time em manter o mesmo nível de atuação nos dois tempos das partidas, um problema recorrente da equipe.
“Não saberia te dizer. Se soubesse, faria o contrário. A gente faz o que pode dentro do que é possível. É assim. Infelizmente, foge da gente o que você quer. Como você toma um gol, como tomou, é uma ducha grande, abate a todos. Toma um subsequente e com um homem a mais, você vai virar o jogo, vai empatar… aí perde um jogador expulso onde já tinha improvisado. Fica mais difícil. Aí quando você põe um jogador como o Júnior Santos pra fazer esse corredor, coloca na ponta pra fazer jogada e não vai ter marcação. E na saída errada tomamos um gol.”
Um dos pontos de maior frustração do treinador foi o setor defensivo, desfalcado após a saída de Igor Rabello, que se transferiu para o Fluminense. Sem Lyanco, lesionado, o treinador precisou escalar Iván Román e Junior Alonso. Apesar de admitir a lacuna deixada por Rabello, Cuca evitou críticas diretas à diretoria:
“Eu seria leviano se falasse algo em cima da saída do Rabello. Aí tá o Victor, depois vocês quiserem falar com ele, falem. Eu não vou falar nada sobre isso aí. E o Lyanco machucou, infelizmente.”
Questionado sobre a possibilidade de ter que escalar Iván Román e Victor Hugo (Alonso foi expulso no final da partida), Cuca deixou claro que não é a zaga considerada ideal: “Não, lógico que não (Iván Román e Victor Hugo) mas é o que tem. Não é o caso de ser preferida.”
Sobre a possibilidade de novas contratações, o treinador afirmou não estar à frente das negociações, mas reforçou a necessidade de zagueiro e volante:
“A gente está lutando por essas peças desde a chegada, que é volante e zagueiro. Tem essa necessidade. E perdeu mais do que já tinha. Então é difícil, se não vão por a culpa da derrota em cima disso e não quero que seja dessa forma.”
E ressaltou quando questionado sobre a utilização de Fausto Vera e de possíveis contratações:
“A gente conta com o Vera quando ele tá disponível. Mas eu não sei de nada de contratação, não é comigo.”
Mesmo com o resultado negativo, Cuca viu pontos positivos na atuação de alguns jogadores, como Reinier e Alexsander, escalados como titulares, mas ressaltou que parte do grupo não correspondeu.
“Jogou bem, criou bastante, você tem que ter a paciência de criar. Algumas peças não renderam o que esperam delas. Sempre tem uns 3 ou 4 que não vão bem. Infelizmente tomamos aquele gol no finalzinho no primeiro tempo. Repito, hoje a gente não tinha um time fadado pro cabeceio, nem ofensivo nem defensivo, não era um jogo de bola aérea.”
E terminou dizendo sobre ter a responsabilidade em cima das oscilações do time: “Acho que o time poderia estar jogando melhor. Podia ter tempos iguais. E lógico que o responsável pelo time não estar jogando melhor é o treinador.”