Da saída de Heitinga aos zero pontos na <i>Champions</i>: o balanço dos primeiros meses do Ajax | OneFootball

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·25 de noviembre de 2025

Da saída de Heitinga aos zero pontos na <i>Champions</i>: o balanço dos primeiros meses do Ajax

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Vivem-se tempos conturbados no Ajax, um dos clubes mais emblemáticos dos Países Baixos.

A temporada 2025/2026 tem sido dececionante: resultados aquém do esperado, exibições irregulares e um plantel que parece distante da qualidade que marcou épocas de sucesso. Este cenário culminou no despedimento precoce de John Heitinga, que deixou o comando antes da pausa para os compromissos internacionais.


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A aposta temporária em Fred Grim não surtiu os efeitos desejados, uma vez que a equipa voltou a perder na Eredivisie, agora perante o Excelsior. Este jogo no passado sábado, aliás, foi o último antes de os neerlandeses receberem o Benfica na Johan Cruyff Arena, recinto desportivo que voltará a estar cheio para mais uma partida da UEFA Champions League.

Antes do apito inicial do encontro agendado para esta terça-feira, o zerozero realizou uma pequena análise à temporada do Ajax até ao momento (dos bons resultados até aos maus resultados), sem nunca esquecer a influência de Francesco Farioli, treinador italiano que esteve pertíssimo de conquistar a Eredivisie em 2024/2025. 

Mas afinal, quais são os fatores que conduziram o Ajax a esta fase tão delicada? A discussão está aberta.

Farioli esteve perto...

Comecemos esta análise precisamente pela temporada 2024/2025, que se tornou um marco relevante na história recente do clube. Após um ano (2023/24) aquém das expectativas em todas as competições - terminaram a Eredivisie no quinto lugar - a direção do Ajax decidiu redefinir o rumo do banco de suplentes, contratando Francesco Farioli, técnico italiano que tinha passado a temporada anterior no Nice.

Apesar do curto percurso enquanto treinador, Farioli implementou rapidamente as suas ideias e filosofia de jogo. Os resultados falam por si, mesmo após a saída de jogadores como Steven Bergwijn, Francisco Conceição e Georges Mikautadze.

O início da temporada revelou-se amplamente promissor: apenas duas derrotas nos primeiros 22 jogos, alimentando grandes expectativas relativamente à conquista de títulos. Depois de ser eliminada da Liga Europa pelo Eintracht Frankfurt e da KNVB-beker pelo AZ Alkmaar, a equipa concentrou-se no campeonato neerlandês. À 29.ª jornada, o Ajax liderava com nove pontos de vantagem sobre o PSV, segundo classificado.

No entanto, a confiança começou a abalar, levando a que o título se decidisse na última jornada. Se o PSV vencesse no reduto do Sparta Rotterdam, seria campeão dos Países Baixos. Foi exatamente isso que aconteceu: triunfo do PSV por 1-3, com Luuk de Jong a marcar um dos golos decisivos. 

Após esta hecatombe, Farioli decidiu abandonar o Ajax, apesar da temporada positiva reconhecida por todos no clube. «Foi uma época intensa, repleta de momentos memoráveis e conseguimos alcançar o nosso objetivo: a qualificação para a próxima Liga dos Campeões. Francesco também desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da cultura de alto desempenho no Ajax, pelo que estamos extremamente satisfeitos», explicou o diretor Alex Kroes.

«Este verão já foi um desafio no mercado de transferências e agora será ainda mais. Cabe-nos garantir que uma nova equipa técnica forte assuma a preparação para o início da pré-temporada», acrescentou na altura.

Heitinga afastou-se

Depois de um olhar atento sobre o passado, é tempo de virar o foco para a temporada 2025/2026, em que o Ajax voltou a fazer um encaixe financeiro significativo: Brian Brobbey foi vendido por 20 milhões de euros, Jorrel Hato por 44 milhões de euros e Carlos Forbs por 8,5 milhões de euros, fundos que permitiram investir em melhorias para o plantel.

Apesar destas movimentações no mercado, o rendimento da equipa não correspondeu às expectativas. Contratações (caras) como Oscar Gloukh, Kasper Dolberg e Raúl Moro revelaram-se promissoras, no entanto, não conseguiram catapultar o Ajax para o nível ambicionado, com exibições aquém do esperado em várias partidas.

Jogadores como Kenneth Taylor - fortemente apontado ao FC Porto -, Steven Berghuis, Wout Weghorst e Davy Klaassen continuam a ser referências dentro da equipa, mas mesmo os mais experientes têm sentido dificuldades num plantel marcado por uma falta de confiança generalizada. Os resultados dececionantes e a inconsistência em campo só ajudaram a agravar o clima de desânimo entre os adeptos.

Um olhar atento ao calendário da Eredivisie 2025/2026 revela que o Ajax apenas conseguiu duas vitórias sem sofrer golos - diante do Telstar e do Heracles Almelo. Nos outros três desfechos positivos, a equipa sofreu sempre pelo menos um golo, sinal claro das dificuldades enfrentadas ao longo destas semanas complicadas.

Ao alargarmos o foco para a UEFA Champions League, a maior competição europeia de clubes, verifica-se que o Ajax se encontra ao mesmo nível do Benfica em termos de pontos: zero após quatro jornadas. Este registo negativo é, aliás, partilhado apenas por estas duas equipas, que continuam à procura do seu melhor momento.

Esta terça-feira, 25 de novembro, chega a oportunidade de conquistar os primeiros pontos na competição - resta apenas saber quem conseguirá dar o passo em frente...

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