Debate sobre gramado sintético tem ‘clubismo’, diz responsável pelo campo do Palmeiras | OneFootball

Recentemente, o debate sobre o uso de gramado sintético no futebol brasileiro ganhou força e elevou a tensão entre Palmeiras e Flamengo. Os dois clubes passaram a divergir publicamente sobre o tema, protagonizando discussões que ampliaram a polêmica no cenário nacional.

Em entrevista à Itatiaia, Alessandro Oliveira, CEO da Soccer Grass, empresa responsável pelo gramado sintético do Allianz Parque, afirmou que o debate sobre o uso de grama sintética no Brasil vem sendo pautado pelo clubismo.

“Tem muito clubismo, achismo. É muito um Flamengo querendo atingir o Palmeiras e, na verdade, a gente teria que pensar mais no futebol. Diversos campos de grama natural tem uma qualidade muito ruim. Basta assistir aos campeonatos. A gente vê a qualidade de grama, inclusive do próprio Maracanã”, disse Alessandro à Itatiaia.

Alessandro destacou ainda que o Allianz Parque, estádio do Palmeiras, é submetido a testes periódicos exigidos pela Fifa, conduzidos por laboratórios internacionais, e afirmou que esse mesmo nível de rigor não é aplicado aos gramados naturais no Brasil.

“A gente tem que ter bons gramados. Para isso, teria que aplicar os mesmos testes dos gramados sintéticos, que a Fifa manda os laboratórios aqui, nos gramados naturais. A cada três, quatro meses. Porque no gramado natural, diferente do sintético, se não fizer o manejo correto, dois, três meses já tá com problema”, afirmou.

“Qual é o padrão? É o que a Fifa testa no Allianz Parque, por exemplo. Qual seria o padrão dos gramados naturais? Repetir exatamente esses testes nos gramados naturais para ter um parâmetro. Hoje não tem parâmetro para o gramado natural”, completou.

Recentemente, o Palmeiras anunciou a troca do gramado sintético do Allianz Parque, em parceria com a Soccer Grass, responsável pelo cuidado da grama desde 2020. O processo ocorrerá em sete fases e a previsão é que o estádio volte a receber partidas de futebol na última semana de fevereiro de 2026.

De acordo com o Verdão, a troca do gramado atende ao compromisso do clube e da WTorre de proporcionar um campo em perfeitas condições para a disputa de partidas de alto nível, priorizando a integridade física e a saúde dos atletas.

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