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·13 de mayo de 2025
Desaparecimento de dinâmicas na bola aérea justificam demissão de Daniel Alegria, mostra analista

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·13 de mayo de 2025
"As dinâmicas e jogadas ensaiadas na bola parada foram ficando cada vez mais raras", segundo o analista tático Raphael Rabello, do canal Falando de Tática. Apesar de salientar que não conhece o real motivo pela demissão de Daniel Alegria, ele mostra que ela é facilmente justificada pelo rendimento recente do time com bola parada.
Daniel Alegria era responsável pela bola parada e aérea do Flamengo, e em 2024, o time somava boas dinâmicas no quesito, como lembra Raphael.
"Flamengo 1x0 Corinthians. Foram seis escanteios batidos, quatro diretos e dois curtos. Os dois curtos foram constrangedores. O Flamengo bateu escanteios em diferentes zonas. Muito escanteio curto", comenta, antes de afirmar:
"Embora sem dinâmica, as direções variavam no início do trabalho, e chamava atenção pelo aspecto coletivo".
Na partida do ano passado, contra o Juventude, a atuação do Mengão nos escanteios foi tida pelo analista como uma aula.
"Contra o Juventude, o Flamengo deu aula de escanteio. A partir da jogada ensaiada, o Flamengo teve uma jogada de potencial muito grande de finalização limpa. Dinâmica de cruzamento de lado oposto, para trás. Potencial interessante de finalização", diz.
Foi assim que o Rubro-Negro superou o Internacional.
"Contra o Inter, as duas chances foram em escanteio direto. O Inter tem dificuldade muito grande em bola no primeiro pau. O gol do Ortiz saiu nessa vulnerabilidade defensiva", relembra.
Para citar um jogo de 2025, Raphael comenta a goleada por 6 a 0 sobre o Juventude, apontando participação importante do jogo aéreo.
"A goleada sobre o Juventude, por 6 a 0, foi um dos poucos jogos recentes do Flamengo em que o time tentou explorar esse movimento da última linha, fazer esses caras perderem a referências. Andar para frente, para trás. Foram três escanteios curtos. Flamengo variando muito a bola, a curva que ela faz. Não tem sido assim no recorte mais recente", afirma.
Depois de um início promissor, a queda foi brutal, e o jogo contra o Vasco é prova disso.
"Contra o Vasco, foram 12 escanteios. 11 diretos e um curto. Poucas dinâmicas, pouca jogada ensaiada. Muito escanteio no primeiro pau. 56% tem sido ali. Mesma dinâmica, pouquíssima variação", afirma.
Mesmo contra equipes inferiores, como o rival da Copa do Brasil, as poucas variações atrapalharam as potenciais finalizações.
"Dez escanteios contra o Botafogo-PB. Muita bola no primeiro pau. Todos os escanteios iguais, sem variação", comenta.
Além dos escanteios, há outras jogadas que deixaram e ter o mesmo ímpeto de antes.
"Ainda tem as faltas laterais, que também diminuíram muito na questão das variações das jogadas ensaiadas. A bola parada defensiva do Flamengo do Filipe Luís nunca fui fã", diz.
Por fim, Raphael classifica o Flamengo de Filipe Luís, com Daniel Alegria, como um time previsível.
"Sim, caiu o rendimento, a quantidade de jogadas ensaiadas, de dinâmicas. Não sei se foi isso que determinou a demissão de Daniel Alegria, não tem como saber. Mas o fato é que, sim, houve uma queda. É muito importante haver dinâmicas, jogadas ensaiadas, com bloqueios, movimentações. Não quero dizer que só tem que bater curto, mas tem que variar. No direto, a forma como bate, onde a bola vai parar na área. Variar no escanteio curto. Tem que haver essas dinâmicas, se não fica previsível. A impressão que estou tendo é de um Flamengo previsível", finaliza. Veja a análise completa abaixo.