Jogada10
·7 de marzo de 2025
Episódio de racismo marca vitória do Palmeiras, que se aproxima da semifinal da Libertadores Sub-20

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·7 de marzo de 2025
Em jogo marcado por um mais um lamentável episódio de racismo envolvendo torneios chancelados pela Conmebol, o Palmeiras venceu seu segundo compromisso pela fase de grupos da Libertadores Sub-20. Depois da goleada por 6 a 0 sobre o Blooming-BOL na estreia, o time alviverde voltou a campo nesta quinta-feira (6) e derrotou por 3 a 0 o Cerro Porteño no Paraguai. Riquelme Fillipi (duas vezes) e Erick Belé marcaram os gols no Estádio Gunther Vogel, localizado na cidade de San Lorenzo.
Com o resultado, as Crias da Academia chegam a seis pontos, na liderança do Grupo C. O Verdão volta a campo na próximo domingo, quando terá pela frente o Independiente del Valle-EQU.
Pelo regulamento, os times foram divididos em três chaves. O melhor time do grupo e o melhor segundo colocado do torneio se classificam para as semifinais. Os duelos eliminatórios ocorrerão em partida única.
O Palmeiras ligou o modo turbo e abriu o placar logo aos cinco minutos, com Riquelme Fillipi fazendo boa tabela com Erick Belé pela esquerda de ataque e, dentro da área, finalizando cruzado sem chances para Vega. O Cerro tentou reagir com investidas pelos lados, mas não conseguiu ameaçar. As Crias da Academia, sem alarde, ampliaram, aos 13, quando Erick Belé pegou rebote do goleiro. O time brasileiro ainda asssutou em cabeceios de Diogo e Rafael Coutinho, aos 36 e 39 minutos, respectivamente. O duelo teve muitas faltas e discussões na primeira etapa, obrigando o árbitro a parar o jogo com frequência.
Na volta do intervalo, o Palmeiras valorizou a posse de bola, buscando administrar a vantagem. Embora o Cerro tenha conseguido algumas chegadas, quem voltou a balançar a rede foi o Verdão. Com inspiração em Valdívia, Riquelme Fillipi avançou do campo defensivo em contragolpe letal e deu um chute no vácuo para driblar Vera e anotar o seu segundo gol na noite.
O duelo também ficou marcado por um gesto racista contra jogadores do Verdão. Aos 34 minutos do segundo tempo, a transmissão da Conmebol flagrou um torcedor com uma criança no colo rente ao alambrado imitando gestos de macaco em direção a Figueiredo, que saía do campo após substituição. Após o apito final, Luighi também foi alvo de atos racistas e avisou à arbitragem. O duelo ficou interrompido por alguns minutos. Na entrevista pós-jogo ainda no gramado, Luighi não conteve o choro e desabafou.
“Você não vai perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo. Até quando a gente vai passar por isso? Até quando? O que fizeram comigo foi um crime. Você ainda vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso, a CBF, sei lá quem… Não ia perguntar sobre isso, né?! O que fizeram comigo foi um crime. Aqui é formação. A gente tá aprendendo aqui”, disse, com a voz embargada.