Equipa B na Supertaça? Benfica prepara gesto de força | OneFootball

O Benfica faz bem em manter a pressão sobre a Supertaça. Segundo a imprensa, o clube pondera apresentar-se com a equipa B ou sub-23. Se a opção de não comparecer trouxer desvantagens regulamentares – que, admito, não consultei – então que se leve uma equipa secundária. Mas que fique claro: isto não é um capricho, é uma posição política. E até deveria ser validada num referendo entre os sócios.

Não se trata de abdicar de um troféu por orgulho. Trata-se de proteger uma época inteira. A equipa principal corre o risco de jogar a 31 de julho, depois em agosto, e ainda com a possibilidade de disputar play-offs da Liga dos Campeões. Isso sim, coloca em risco todos os objetivos da temporada.

O Sporting recusa qualquer alteração. A FPF não se mexe. E a Liga já sabemos de que lado está: o calendário foi feito à medida dos de Alvalade. Começam fora com a desculpa das obras, mas não terão deslocações pós-Champions, ao contrário do Benfica, caso entre na prova. É mais um exemplo claro de como controlam tudo.

Os castigos anunciados? Só para enganar tolos. Não terão impacto real. E, como disse Varandas, tinha juízes na sua lista, preparem-se para novos “casos Palhinha”.

O Benfica, como sempre, tem de lutar sozinho. Mas tem de fazê-lo com inteligência. Bruno Lage, por exemplo, começou o trabalho com um gesto simbólico e certeiro: retirou as bolas da FPF do treino e colocou bolas da Liga dos Campeões. A mensagem passou. O grupo de trabalho percebeu o contexto e está alinhado.

É bom que a FPF comece a perceber a força do Benfica. Não pode ser o Antero Henrique a mandar no futebol português. Ninguém votou nele. E se o futebol nacional quer ter futuro, não pode continuar a ser governado por interesses obscuros.

A luta não é por um jogo. É pelo respeito ao clube com mais adeptos, mais títulos e mais peso no futebol português. Se a FPF quiser confronto, vai tê-lo. Mas o Benfica tem de saber jogar esta batalha com estratégia. E coragem.