Coluna do Fla
·25 de marzo de 2025
Ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello apresenta projeto para criar a “Lista Suja do Racismo no Futebol”

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·25 de marzo de 2025
Devido aos constantes casos de racismo no futebol brasileiro, o ex-presidente do Flamengo e atual deputado federal, Eduardo Bandeira de Mello, apresentou um Projeto de Lei a ser votado. Dessa forma, a ideia é criar um cadastro nacional de equipes punidas por práticas de racismo.
Dessa forma, o Projeto de Lei 1069/2025 propõe a criação da ‘Lista Suja do Racismo no Futebol’. A iniciativa busca coibir casos de discriminação no esporte, garantindo maior transparência e punições mais eficazes para clubes envolvidos em episódios de racismo.
Em resumo, pelo projeto, clubes e entidades incluídos na lista ficarão impedidos por dois anos de firmar contratos com o poder público. Além disso, não vão poder receber patrocínios governamentais, subvenções ou benefícios fiscais. Por fim, a inclusão no cadastro será condicionada à existência de decisão condenatória em processo administrativo, judicial ou da justiça desportiva.
Além da penalização, o texto prevê um canal de denúncias para garantir a segurança e o anonimato dos denunciantes. Inclusive, a divulgação das ações adotadas pelos clubes para combater o racismo e conscientizar seus torcedores.
“Infelizmente, o futebol brasileiro ainda é palco de episódios de racismo, e as punições aplicadas até hoje têm se mostrado ineficazes. O objetivo desse projeto não é apenas penalizar, mas induzir mudanças culturais profundas no esporte, incentivando os clubes a adotarem medidas concretas de conscientização e combate ao preconceito”, destacou Bandeira de Mello.
Em suma, a proposta de Eduardo Bandeira de Mello também prevê que os clubes possam ser excluídos da lista antes do prazo de dois anos. Isso se ficar comprovado a implementação de ações efetivas contra a discriminação.
“Essa não é uma medida apenas punitiva, mas também educativa e transformadora. Queremos que os clubes sejam agentes ativos no combate ao racismo, promovendo um futebol mais inclusivo e respeitoso. O futebol é paixão nacional e deve ser um ambiente de união, não de exclusão. Com essa medida, damos um passo importante para garantir que o racismo não tenha espaço dentro e fora dos campos”, concluiu Bandeira de Mello.
Vale ressaltar que a proposta de Eduardo Bandeira de Mello, agora, tramita na Câmara dos Deputados. Outro ponto que merece destaque é que a ideia do ex-presidente do Flamengo surgiu logo após os mais recentes casos de racismo no futebol.
Isso porque, durante sorteio da fase de grupos da Libertadores da América, o presidente da Conmebol, após fazer longo discurso sobre os casos de racismo na competição, foi racista. Na ocasião, Alejandro Domínguez disse que a principal competição do continente sem os clubes brasileiros seria “como Tarzan sem Chita. Impossível”.