Zerozero
·5 de marzo de 2025
Foi <i>Conquistador</i> e esteve no Benito Villamarín: «Não há muita diferença entre Betis e Vitória SC»

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·5 de marzo de 2025
O regresso ao Estádio Benito Villamarín, quase 12 anos depois da única aparição naquele recinto é, muito possivelmente, o maior desafio do Vitória SC na irrepreensível campanha europeia realizada até aqui. As renovadas esperanças para bater o pé ao Betis, depois do inesquecível embate de 2013, serão enfatizadas pela falange de Conquistadores que certamente viajará com a equipa, mas a circunstância levou o zerozero a ir ao encontro de Jean Barrientos, talentoso médio que sentiu bem de perto as emoções vitorianas no mítico anfiteatro andaluz.
O contacto estabelecido com o atual jogador do Larissa foi tão imediato como acessível, fazendo lembrar a delicadeza com que este tratou a bola no período em que pisou os relvados portugueses: «Podemos falar, claro! É uma honra ser lembrado e falar do Vitória SC.»
Melhor reação era impossível de imaginar! 96 jogos expressados e sumariados na emoção de meia dúzia de palavras posteriormente desenroladas em deliciosas memórias.
Uma retrospetiva plena, que não deixou de parte algumas considerações que os atuais 34 anos trouxeram como suplemento de uma carreira que, entretanto, ganhou raízes na Grécia.
«Foi a melhor equipa onde já joguei. Cheguei lá muito novo e sem experiência nenhuma. Foi um erro muito grande da minha parte ir para o Vitória SC sem me aperceber do quão grande é o clube», enquadrou o uruguaio.
«Com mais experiência, acho que podia ter corrido muito melhor, podia ter permanecido por mais tempo. Não fui bem aconselhado... Só quando fui embora é que me apercebi da grandeza do clube, mas tenho muito boas recordações», desenvolveu em tom de desabafo.
Uma dessas recordações acabou por ser a tal campanha europeia de 2013/14. O terceiro lugar na fase de grupos da Liga Europa não permitiu o acesso à fase a eliminar como na atualidade, mas as lembranças reavivadas por Barrientos são tudo menos de desilusão.
«Jogámos contra equipas muito fortes: o Lyon, Betis... O Betis em casa é uma equipa muito experiente e competitiva. Tinham uma equipa de qualidade. Lembro-me que fizemos um jogo taticamente bom, tentámos criar situações, tal como eles, que jogavam em casa. Estivemos muito compactos», reavivou.
Apesar de toda a postura revelada, o golo de Álvaro Vadillo fez desmoronar todas as boas intenções vitorianas: «Foi difícil para eles! Estávamos com a ânsia de ganhar e e mostrar a Portugal, aos adeptos e ao Vitória a nossa capacidade para ganhar.»
«A cidade de Sevilha é só futebol. Têm o Sevilla e o Betis! Foi uma emoção muito grande jogar num estádio cheio de gente e daquela dimensão. Estava muito gente fora [do estádio] também e foi incrível jogar contra uma das cinco ou seis maiores equipas de Espanha!», acrescentou.
Sobre a preparação para jogos desta magnitude, o criativo uruguaio não poupou no detalhe de uma cidade e um clube tão próprios.
«Os jogos europeus são diferentes dos da Liga. As gentes do Vitória SC percebem isso e estão sempre a puxar e a incentivar. A preparação é diferente porque percebes a importância que tem tanto para o clube como para a cidade. Está toda a gente a olhar para ti. Acho que é uma oportunidade que os jogadores do Vitória SC vão aproveitar ao máximo. Vai ser um grande jogo», assinalou.
«Acho que podem sair de Sevilha com um bom resultado. Sigo muito o clube, deixei muitos amigos em Guimarães e vi o último jogo contra o FC Porto. Fizeram um jogo incrível e até podiam ter ganho! O Vitória SC é uma equipa com uma atitude muito grande, se conseguirem ter essa atitude vão sacar um resultado positivo. Depois, há que ganhar cá em Portugal!», assegurou com palavras de quem segue de perto a realidade dos minhotos.
A concluir sobre a colisão luso-espanhola que se avizinha, Barrientos reforçou a crença no seu ex-clube: «Neste momento, não há muita diferença entre o Betis e o Vitória SC.»
Esgotadas as previsões, a conversa não terminou sem as derradeiras recordações do seu passado como Conquistador: «O momento mais alto foi aquele jogo contra o SC Braga [n.d.r Taça de Portugal 2012/13], não só pelos dois golos, mas também pela equipa experiente e cheia de jogadores de seleção que eles tinham... Fui de férias a Guimarães e as pessoas ainda se recordavam de mim! E olha que o Barrientos de há dez anos não tinha o cabelo grande como agora [risos].»