Francesco Farioli revolucionou o FC Porto em apenas 2 meses | OneFootball

Em apenas dois meses, Francesco Farioli alterou profundamente o futebol do FC Porto, que na época anterior não havia brilhado. O treinador italiano chegou, impôs-se e convenceu, somando quatro vitórias em outros tantos jogos oficiais. Ainda há caminho a percorrer, mas já é evidente que o perfil desta equipa difere claramente daquele orientado primeiro por Vítor Bruno e depois por Martín Anselmi na época 2024/25.

Uma análise pormenorizada, com base nos dados estatísticos da ‘Goalpoint’, mostra que o FC Porto privilegiou a qualidade em detrimento da quantidade. Comparativamente com a época passada, os dragões realizam menos ações por jogo, mas aumentaram ligeiramente as ações na área contrária, o que indica processos mais eficientes. As ocasiões criadas por encontro cresceram cerca de 0,81, os remates subiram 2,2 por jogo, a percentagem de remates convertidos em golo aumentou 3,3 pontos percentuais e os remates enquadrados aumentaram 1,42 por jogo.

A produtividade ofensiva melhorou também nas bolas paradas: o FC Porto de Farioli passou a ser especialmente perigoso nos cantos, com a eficácia na cobrança a elevar-se para 42% de ganhos no primeiro toque, face aos 28% da época anterior. Quanto aos cruzamentos em bola corrida, que a equipa explorava muito em 2024/25 (14,13 por jogo), estes reduziram para 8,25 por jogo, mantendo, contudo, uma taxa de sucesso semelhante.

Registou-se ainda uma diminuição no recurso às bolas longas (menos 12 por jogo) e nas trocas de flanco (menos 4 por jogo), o que torna o jogo mais simples e associativo. Os passes verticais também caíram de forma significativa (menos 23 por jogo), reduzindo o risco e contribuindo para menos erros na construção.