Futebol profissional reestruturado: Villas-Boas assume o mercado e aproxima-se do treinador | OneFootball

“É tempo de tomar uma atitude firme”, afirmou André Villas-Boas a 22 de junho, após uma derrota humilhante no Mundial de Clubes contra o Inter Miami. O presidente do FC Porto já contemplava a substituição do treinador, com a saída de Martín Anselmi, além de outras mudanças na estrutura desportiva, que impactarão diversos setores do clube.

Um dos aspectos mais evidentes desta reestruturação é a situação de Andoni Zubizarreta. O diretor desportivo deixou de comparecer a eventos públicos, como a apresentação de Francesco Farioli ou a oficialização de novos jogadores [como no caso de Borja Sainz], e, nos últimos tempos, o seu papel foi reduzido a algumas colaborações, sem uma participação ativa na formação do plantel para a época 2025/26. Zubizarreta deverá deixar o FC Porto após apenas um ano, e, segundo O JOGO, não haverá um substituto para a sua posição, ou seja, não será nomeado um novo diretor desportivo.

Apesar disso, o presidente do clube decidiu que Tiago Madureira mudará de funções. O vice-presidente da área de “Negócio e Expansão Internacional” será responsável pela gestão de todas as operações desportivas, com ênfase no futebol, abrangendo, assim, todas as áreas, um papel que será mais abrangente do que o que Zubizarreta exercia. Simultaneamente, Jorge Costa terá um papel mais reforçado como diretor do futebol profissional, aumentando a sua influência no dia a dia da equipa e no acompanhamento técnico das equipas. A estrutura desportiva contará ainda com Henrique Monteiro, que continuará a exercer a função de gestor executivo, cada vez mais próximo do plantel principal, como se pôde observar nos primeiros dias de trabalho no Olival.

Villas-Boas pretende assumir uma função mais ativa na gestão do futebol, especialmente no que diz respeito ao mercado de transferências, além de se aproximar mais do treinador, Francesco Farioli. É importante notar que esta reestruturação na área do futebol profissional inclui ainda mudanças na estrutura de suporte ao futebol em várias áreas. Algumas dessas alterações já foram implementadas, enquanto outras ainda se encontram em desenvolvimento.

Como já foi mencionado, Tiago Madureira deixará a gestão dos negócios e da expansão internacional da marca FC Porto, que, segundo O JOGO, será agora gerida diretamente pela nova “Sociedade Porto Staco”, resultante da cisão da Porto Comercial e que servirá como veículo para a parceria estratégica com a Ithaka. A empresa responsável pela exploração do Estádio do Dragão e pela bilhética – que tem Miguel Reis Pinto como diretor-geral – terá a sua estrutura reforçada para lidar com estas questões mais abrangentes. Todas estas mudanças foram planeadas nas últimas semanas, com André Villas-Boas a decidir avançar logo após o Mundial.