Jogada10
·5 de mayo de 2025
Gabigol 2 a 1 em um Flamengo que é uma completa decepção

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·5 de mayo de 2025
Gabigol fez o gol no Flamengo, Cruzeiro 2 a 1. Óbvio. A velha lei do futebol. Derrota frustrante. Há uma diferença entre o Flamengo e o Palmeiras, cotados como os maiores favpritos ao título brasileiro. O time carioca não consegue justificar a fama, mostrando dificuldades na hora de confirmá-la. O time paulista não faz partidas brilhantes, mas marca gols e vence os jogos, daí a liderança. Levando-se em conta que não aproveita tudo que lhe sobra – torcida gigantesca e presente, CT de primeiro mundo, dinheiro em caixa e salários milionários em dia, muito blá-blá-blá – o Flamengo é uma completa decepção.
O Flamengo joga quarta-feira, pela Libertadores, contra o Central Córdoba, em Santiago del Estero, precisando, no mínimo, evitar a derrota. O Central Córdoba encerrou a participação no Torneio Apertura, o Campeonato Argentino do primeiro semestre, em 11º lugar no Grupo A, com derrota de 3 a 1 para o Banfield, em Lomas de Zamora. O time já havia perdido para o Independiente Rivadavia, por 2 a 1, no meio da semana, jogando em casa, tomando dois gols nos últimos 15 minutos. Apenas os oito clubes de cada chave garantem classificação à fase de mata-mata. O Flamengo apanhou do Central Córdoba no Maracanã. E como se nota, não há muita desculpa para sofrer novo revés, mesmo atuando com casa cheia no Estádio Madre de Ciudades.
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
O Flamengo não começou mal, mas tomou um gol aos 14 minutos – chute longo e falha de Rossi – e percebeu que a coisa dessa vez era séria, ou seja, precisava mostrar tudo que dele tanto se fala.
O problema é que o Cruzeiro, a partir daí, montou uma armadilha. Atraía o adversário, que trocava dezenas de passes sem objetivo, e entregava a bola ao time de Minas, que saía em contra-ataques velozes e ameaçadores. Com meia hora, Kaio Jorge, novamente de fora da área, mandou a pancada que o goleiro Rossi tocou, antes de bater no travessão. O Flamengo passou a depender de um brilho individual, pois não acertava mais nada. E o Cruzeiro não diminuía o ritmo. E só não ampliou porque – no aspecto técnico – o Rubro-Negro é superior. O entusiasmo e alguma limitação impediram vantagem maior.
Quando parecia que a equipe carioca não conseguiria encontrar a solução, surgiu o gênio de Arrascaeta, acertando de primeira, colocando no ângulo esquerdo a bola rolada por Gérson: 1 a 1. O empate quase nos acréscimos deu ao Flamengo a grande oportunidade de retomar a possibilidade de vitória.
O Flamengo recomeçou mais retraído, deixando o Cruzeiro com a bola, e havia uma distância entre os apoiadores e os atacantes, notadamente Pedro, o que não permitia que o time do Rio criasse chances. A equipe local, pelas circunstâncias, era mais perigosa, chegando à área com freqüência.
O Rubro-Negro era tímido no avanço dos laterais e errava passes no momento de concluir as jogadas ofensivas. Por volta dos 20 minutos, Filipe Luis trocou os atacantes. Mas continuou nulo. Aos 30, Rossi praticou duas defesas em um só lance, em chutes de Matheus Pereira e Kaio Jorge, e o resultado, ali, já representava bom negócio para o Flamengo, dada a situação, mas péssimo. Afinal, renegava a fama e o propósito de ser campeão. Time que deseja o título precisa ganhar os jogos mais complicados e os adversários mais difíceis.
Aos 34, Wanderson obrigou o goleiro a nova defesa. Surgiram novas trocas, e aos 41, em lance fortuito, Bruno Henrique incomodou Cássio pela primeira vez, no segundo tempo. Cássio pegou. Aos 43, Gabriel entrou em campo. Aos 49, Léo Pereira fez pênalti em Eduardo. Assim,aos 51, Gabriel cobrou, Rossi defendeu e o artilheiro apanhou o rebote: 2 a 1. A crise no Rubro-Negra, óbvia faz algum tempo, começou. Enfim, resta a eliminação na Libertadores. Que horas começa o velório?