Jogada10
·2 de septiembre de 2025
João Pedro revela conexão com o Maracanã, palco do jogo da Seleção

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Após Jean Lucas, foi a vez do atacante João Pedro conceder entrevista coletiva pré-treino da Seleção Brasileira na Granja Comary, nesta terça-feira (2/9). Aos repórteres presentes na sala de imprensa, o jogador do Chelsea reafirmou sua conexão com o Maracanã, palco de seu primeiro gol como profissional e do próximo compromisso do Brasil, e também revelou que quase optou por abandonar o futebol.
“O Maracanã é um estádio muito especial para mim. Foi aonde eu comecei. Foi aonde eu fiz meu primeiro gol, minha estreia, meu primeiro hat-trick. Então poder estar vestindo a camisa da Seleção e, se Deus quiser, poder jogar, vai ser um momento muito especial, não só para mim como para minha família. E que possa sair o primeiro gol também, que é um momento que eu venho sonhando bastante. Mas eu segui trabalhando e que eu sei que tá cada vez mais perto”, iniciou.
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Sincero, João Pedro revelou que já pensou em parar de jogar futebol. Ele relembrou das dificuldades no início pelo Fluminense, mas que, com a ajuda da família, persistiu no sonho de se tornar jogador.
“Eu acredito que o apoio da minha família foi essencial. Teve um momento na base que eu pensei em parar de jogar futebol porque a vida estava num momento difícil. Eu não estava tendo tanta oportunidade no Fluminense, mas eu acredito que minha mãe foi uma guerreira ali, esteve comigo em todos os momentos. Então, eu acredito que hoje ela me vendo na TV, eu acho que ela sente muito orgulho de mim, e sempre quando eu visto a camisa da Seleção, eu sei que eu estou representando ela, mas não só ela, como o país”, disse.
Assim, o camisa 20 do Chelsea deu um recado aos mais jovens para que não desistam dos seus sonhos. Afinal, ele quase desistiu, mas agora é um atacante da Seleção Brasileira.
“Para todos os jovens que acreditam no seu sonho, como um dia foi o meu estar vestindo a camisa da Seleção, acreditem nos seus sonhos porque nada é impossível. E tem que persistir. Porque imagina se lá atrás eu tivesse parado e desistido do meu sonho, hoje em dia não estaria na posição que eu estou hoje, jogando para um grande clube, representando a maior Seleção do mundo. Então é persistência, foco, que no final tudo dá certo”, afirmou.
João Pedro, do Chelsea, falou bastante sobre a carreira e sonho de jogar a Copa – Foto: Rafael Ribeiro / CBF
Então, eu sou um jogador jovem que busca sempre estar em evolução. Vocês me acompanham um pouco mais agora com essa ida para o Chelsea, mas eu acredito que eu sou o mesmo João Pedro de sempre. O garoto que tem sonhos e busca alcançá-los. Graças a Deus, estou cada vez mais perto dos objetivos que eu tenho desde criança. Um já foi cumprido, que é estar aqui na Seleção. Agora eu tenho que buscar o meu gol, seguir trabalhando, conquistar o meu espaço, estar cada vez me firmando mais. Eu acho que o João Pedro de dois anos atrás era um menino que buscava estar aqui. Hoje, graças a Deus, eu acredito que eu seja um dos jogadores mais vistos na Europa, mas eu tenho que seguir com os pés no chão, seguir trabalhando. Amadurecendo, evoluindo sempre, tentando para dar certo.
Então, eu acredito que a primeira convocação sempre tem aquela ansiedade, aquele nervosismo que é normal, porque a gente sabe do tamanho que é a Seleção Brasileira, não só aqui no Brasil, mas também no mundo. Mas eu acredito que, como a Seleção vem passando um processo, o jogador também vem passando um processo. O jogador precisa de tempo. A gente tem casos e casos. Enfim, mas eu acredito que cada vez que eu venho aqui eu sempre estou mais preparado e, graças a Deus, venho com uma posição diferente, mas também sabendo que eu preciso trabalhar bastante, porque a gente tem dez meses aí para Copa do Mundo.
Então, eu sou um nove mais versátil, não só aquele que fica preso dentro da área, eu gosto de ter liberdade para jogar, eu acho que esse é o meu estilo de jogo, busco sempre estar muito ativo em campo, não só esperando aquele último passe, o último chute para o gol, mas sim podendo ajudar o time a criar jogadas e também finalizar. Mas, como vocês me acompanham bastante, eu consigo jogar como um 10 também, mas também tenho esse faro de gol, então eu acho que isso para o futebol europeu tem sendo muito importante, você pode ver que hoje em dia na Europa não tem o 9 fixo. Eu acredito que isso ficou para trás, acho que o futebol vem evoluindo, os jogadores também. E eu ainda não tive uma conversa sobre minha posição com o Ancelotti. Mas eu acredito que se ele me convocou é porque ele vem gostando do que eu venho fazendo lá fora e a tentar pôr em prática aqui.
Então, eu acredito que eu sou o mesmo João Pedro do Brighton. A única coisa que mudou é, claro, que quando você vai para um clube do tamanho do Chelsea, você tem jogadores melhores ao redor, você tem mais visibilidade, mas eu acredito que quando eu fui convocado pelo Brighton, a Seleção já via o potencial em mim. Fui para o Chelsea, fui campeão. No período curto que eu estava de férias, fui para lá, fui campeão, demonstrei um futebol que eu já vinha demonstrando no Brighton, mas com um pouco menos de visibilidade. Já dei outras entrevistas falando que eu estava esperando por esse momento. Então, eu acredito que as pessoas me veem com outros olhos, que eu aproveitei a oportunidade de chegar ao Chelsea e demonstrar um futebol que eu já vinha demonstrando há muito tempo, mas não tinha tanta visibilidade.
Eu tive um período no Brighton que, perto da convocação, eu tomei um cartão vermelho e fiquei de fora. Eu acredito que não ter jogado no final da temporada me prejudicou um pouco, que é normal, mudança de treinador. E o treinador claro que vai estar observando os jogadores, e ele tem os jogadores dele de confiança, que ele já trabalhou, é normal. Mas essa minha vinda agora é uma oportunidade. Todo mundo tem um sonho de estar na Copa do Mundo. Em questão dos concorrentes, eu procuro trabalhar, fazer meu trabalho, porque quando você foca muito em outra pessoa você acaba esquecendo de si. Então, eu procuro fazer meu trabalho lá na Inglaterra, no meu clube, porque eu sei que eu estou sendo visto. Eu acredito que no final, a decisão do treinador, depende se você está bem, se você está mal, é decisão dele. Mas eu acredito que ele sempre fará o melhor para a Seleção Brasileira. Então, se eu estiver numa performance boa, fazendo boas assistências, eu acredito que vou conseguir voltar aqui.
Eu acho que eu estou muito tranquilo com tudo que eu venho vivendo porque, como você falou no meu começo, o Fluminense foi bom. Mas depois eu tive essa passagem no Watford (ING), joguei a Segunda Divisão. Para muitos, eu era ‘louco’ porque eu vinha bem no Fluminense, saí muito jovem, mas eu acredito que eu fiz o caminho certo. E, no final, deu tudo certo, estou no Chelsea, estou na Seleção, confiante, feliz. Eu acho que é só o começo de uma história linda que tá por vir pela frente, não só com a camisa da Seleção, mas também com a camisa do Chelsea.