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·23 de noviembre de 2024

Jogadores do Corinthians mostram apoio a Augusto Melo em nota oficial: “Sincero e profissional”

Imagen del artículo:Jogadores do Corinthians mostram apoio a Augusto Melo em nota oficial: “Sincero e profissional”

Diversos jogadores do elenco do Corinthians mostraram apoio público ao presidente Augusto Melo na noite deste sábado. O mandatário, que terá seu impeachment votado pelo Conselho Deliberativo na próxima quinta-feira, foi chamado de “justo, sincero e profissional” pelos atletas.

Entre os jogadores que publicaram a nota oficial de apoio a Augusto estão: Matheus Donelli, Igor Coronado, André Ramalho, Talles Magno, Fagner, Matheus Araújo, Breno Bidon, Giovane, Matheuzinho, Hugo, Ryan, José Martínez, Maycon, Alex Santana, Charles, Pedro Henrique, Pedro Raul, Romero, Gustavo Henrique, Félix Torres e Yuri Alberto.


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“Com todas as dificuldades enfrentadas ao longo do ano, ele tem sido justo, sincero e profissional para honrar os compromissos do clube. O Corinthians e sua Fiel Torcida estão acima de qualquer disputa política”, escreveram os jogadores na nota.

Além dos vários atletas, torcidas organizadas do Corinthians se mostraram contrária à votação do impeachment de Augusto no Conselho.

Internamente, há uma preocupação que o processo de impeachment atrapalhe o planejamento do time para a temporada de 2025. O Corinthians vive momento de alta no Campeonato Brasileiro e busca uma vaga para a próxima Copa Libertadores.

Veja a nota oficial de jogadores do Corinthians:

“Nós, atletas do elenco masculino do Corinthians, gostaríamos de declarar nosso apoio ao presidente Augusto Melo. Com todas as dificuldades enfrentadas ao longo do ano, ele tem sido justo, sincero e profissional para honrar os compromissos do clube. O Corinthians e sua Fiel Torcida estão acima de qualquer disputa política. Por isso, o elenco está alinhado com o presidente e a diretoria de futebol para recolocar o Time do Povo no caminho das conquistas”.

Votação do impeachment de Augusto

Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, marcou a reunião de votação do impeachment de Augusto Melo na última quinta-feira. Os conselheiros do clube vão definir no próximo dia 28 (quinta-feira), no Parque São Jorge, se concordam ou não com a destituição do mandatário corintiano. A primeira chamada da convocação será às 18 horas (de Brasília), enquanto a segunda será às 19 horas.

Caso a maioria simples no Conselho aprove o impeachment de Augusto, o presidente será afastado imediatamente do cargo, que será assumido de forma temporária por Osmar Stabile, primeiro vice-presidente do clube. A votação no Conselho será secreta.

Além disso, se o Conselho der parecer positivo quanto ao impeachment de Augusto, Romeu terá de definir uma data para a Assembleia Geral, que é a última instância do processo de destituição, com a participação dos associados do clube. Segundo apuração da Gazeta Esportiva, a Assembleia só deve ocorrer em 2025, ainda sem data definida

Nesse cenário, Augusto permaneceria afastado de suas funções até a divulgação do resultado final da Assembleia Geral. Se os sócios endossarem que ele deve deixar o cargo, o mandatário será definitivamente destituído.

Se o impeachment não passar no Conselho Deliberativo, o caso será encerrado e Augusto Melo continuará normalmente no cargo de presidente. Isso, no entanto, não exclui a possibilidade de um novo processo de afastamento no futuro.

Entenda os motivos

No último dia 12 de agosto, a Comissão de Justiça do Corinthians entregou um relatório para o Conselho Deliberativo a respeito de investigações sobre alguns temas que envolvem a gestão de Augusto, como as negociações com a VaideBet (ex-patrocinadora máster) e a Gazin (empresa de colchões que tem espaço no uniforme de treino).

Posteriormente, Augusto e pessoas que são ou foram ligadas à gestão foram ouvidas pela Comissão de Ética. Além do presidente, Armando Mendonça (segundo vice-presidente), Rozallah Santoro (ex-diretor financeiro), Yun Ki Lee (ex-diretor jurídico), Fernando Perino (ex-integrante do departamento jurídico), Marcelo Mariano (diretor administrativo) e Rubens Gomes (ex-diretor de futebol) foram investigados internamente.

Augusto entregou sua defesa à Comissão de Ética no final de setembro. No dia 26 de agosto, de forma paralela à investigação, um grupo de conselheiros enviou ao Conselho um requerimento que solicita a destituição de Melo.

O documento, de autoria do “Movimento Reconstrução SCCP”, conteve mais de 50 assinaturas, número mínimo para que a solicitação fosse apreciada pelo presidente do CD.

O documento pede “tramitação sucinta” e se apega, principalmente, ao Artigo 106, “b” e “d”, do Estatuto do clube, além da Lei 14.597/23, referente a nova Lei Geral do Esporte, que dispõe sobre crimes de “Lavagem” ou ocultação de bens.

Art. 106 – São motivos para requerer a destituição do Presidente e/ou dos Vices:

b) ter ele acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians.

d) ter ele infringido, por ação ou omissão, expressa norma estatutária.

Em 19 páginas, que detalham acontecimentos recentes promovidos pela atual gestão, o requerimento se apoia em fundamentos que objetivam apontar eventuais problemas e condutas temerárias da gestão após avaliação dos seguintes casos:

-“Laranja” na intermediação da VaideBet.

-Depoimento de Cassundé à Polícia, refutando ter feito intermediação.

-Debandada de dirigentes, perda do patrocínio e prejuízo moral.

-Depoimento de Armando Mendonça à Polícia, apontando omissão dos gestores.

-Agressão de Augusto a um torcedor do Cruzeiro, em MG, com prejuízo a imagem da instituição.

No requerimento, conselheiros afirmam o Corinthians como “vítima de crimes cometidos pelos próprios dirigentes” e ainda reforçam a intenção de se obter para o clube o devido “ressarcimento do prejuízo em razão do pagamento errôneo à malfadada empresa que nunca intermediou a confecção do contrato com a antiga patrocinadora”.

Versão de Romeu Tuma Júnior (presidente do Conselho Deliberativo)

Romeu se manifestou a respeito da reunião marcada para a votação do impeachment de Augusto Melo. O conselheiro vitalício disse que o órgão fiscalizador listou “diligências policiais estaduais e federais de teor gravíssimo” por parte da gestão atual e que deu andamento no processo “pela questão de tranquilidade da gestão e por obrigação estatuária e legal”.

Romeu alegou que alguns temas que evolveram o clube ganharam notoriedade na imprensa e geraram preocupação no Conselho. Na visão do mandatário do órgão fiscalizador, “não foi possível ignorar a urgência dos fatos”.

O presidente do órgão fiscalizador entende que a reunião para a votação de impeachment é a forma de direcionar o processo de forma “regular e regimental” e defende que a instituição foi preservada durante a investigação do Conselho.

Versão de Augusto Melo

O mandatário classificou a decisão de Romeu Tuma Júnior, que preside o órgão fiscalizador, como “golpe”, já que alega que não teve seu direito de defesa garantido. Na visão de Augusto, o processo em andamento é um “desrespeito” ao clube.

“Essa situação é um desrespeito e um afronto à Instituição. Um presidente ser impeachmado sem a chance de defesa é a prova da falta de democracia, que nós corinthianos defendemos”, escreveu Augusto.

Augusto também defende que a decisão de marcar a votação do impeachment no próximo dia 28 (quinta-feira) vai conturbar a equipe na reta final do Campeonato Brasileiro, assim como o planejamento para a temporada de 2025

O presidente do Timão alega que não há provas contra seu mandato. O dirigente relembrou que a Comissão de Ética do Conselho recomendou que o processo em relação ao “caso VaideBet” fosse arquivado até a conclusão da apuração da Polícia Civil.

“Não admitirei que cassem o meu mandato sem que tenha sido garantido o meu direito de defesa. Tenho a certeza que a verdade prevalecerá e que todos aqueles que querem impedir a profissionalização do Corinthians serão derrotados”, comentou Augusto.

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