Central do Timão
·16 de noviembre de 2025
Lateral do Corinthians projeta reta final da temporada e relembra melhores atuações pelo clube

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·16 de noviembre de 2025

Nas últimas semanas, o lateral-direito Matheuzinho, do Corinthians concedeu uma entrevista exclusiva à Central do Timão no CT Dr. Joaquim Grava e comentou sobre diversos assuntos, como o sonho de ser jogador profissional, reta decisiva da temporada, melhores momentos e atuações pelo clube, entre outros aspectos.
Em um dos momentos da conversa com a reportagem, o camisa 2 do Corinthians elegeu seus momentos mais marcantes pelo clube justamente nos clássicos contra o Palmeiras: a estreia com a camisa corinthiana no Derby pelo Paulistão 2024, o título do Campeonato Paulista deste ano e a classificação diante do maior rival na Copa do Brasil.

Foto: Reprodução/TV Central do Timão
Sonho de se tornar jogador de futebol
“Eu acho que as poucas pessoas têm essa oportunidade de estar vivendo o que eu estou vivendo. Primeiro, virar jogador de futebol já é muito difícil, coisa que muitas crianças tentam e infelizmente não conseguem. Eu fui abençoado por Deus por me proporcionar esse dom de poder chegar e ainda mais jogar no time do coração, que é algo que é mais difícil ainda, e você estar aqui e poder marcar 100 jogos, ter essa marca na carreira, ter essa marca no clube que você torce. Então, é algo que eu acho que são poucas pessoas que têm essa oportunidade. Eu sou muito privilegiado por poder estar vivendo esse momento.”
Mudança / Retorno de ‘Matheus França’ para Matheuzinho
“Na verdade não me incomodou, foi mais questão de reconhecimento, porque, querendo ou não, eu estava no cenário profissional há quatro anos, todo mundo me conhecia como Matheuzinho. Então, acho que a gente tentou mudar algo, que não deu certo, a gente viu que todo mundo que me reconhecia era Mateuzinho, até na própria transmissão, meus pais assistiam o jogo, falava que os narradores ficavam todos confusos. Então falei, cara, todo mundo me conhece assim, não tem porque mudar essa minha identidade, então a gente tentou algo que poderia ser diferente, mas não deu certo, então voltei de Matheuzinho e vai ficar.”
Pressão de atuar pelo Corinthians
“Eu acho que a partir do momento que você vem para um clube do tamanho do Corinthians, do tamanho que é a torcida do Corinthians, você está sujeito a essa pressão, porque são muitos jogos no ano. Então, dependendo de como for a temporada do clube, você vai ter mais crítica ou você vai ter mais elogio. E cara, acho que é bom jogar em um clube que tem a pressão, porque te tira da zona de conforto, te faz você melhorar a cada dia, te mostra que às vezes você não está dando certo, você tem que mudar alguma coisa. E se a fase de futebol é boa também, você está no caminho certo, é só manter. Então, é muito legal jogar em um clube que tem uma massa gigantesca, que tem a pressão como aqui no Corinthians tem.”
“Porque assim, tem que ter um psicológico, tem que estar bem mentalmente, porque não é fácil. Falar que é fácil é mentira, porque se você não está bem dentro de campo, as coisas pioram também na vida pessoal, que você não consegue render. Então, tem sempre os dois lados da moeda, né? Mas eu falo que jogar num time grande, jogar num time que tem uma torcida como a do Corinthians, acho que a melhor coisa é por um jogador de futebol para o alto nível. Daí, como eu falei, te tira da zona de conforto e te mostra que ou você está no caminho certo ou você tem que trocar algumas atitudes.”
Momentos marcantes – estreia pelo Corinthians num Derby pelo Paulistão 2024 – 2 x 2 e segundo jogo da final do Campeonato Paulista 2025
“Cara, eu acho que tem dois. Minha estreia, que é logo no Derby, foi um jogo de uma loucura, onde a gente ficou com menos dois jogadores, eu entro no intervalo, e a gente consegue empatar naquele gol lindo de falta do Garro, no final. Eu tava do lado dele, falei: ‘você vai chutar’ e ele falou: ‘vou’…Mas, pô, ele foi feliz, mas eu acho que na estreia e o segundo jogo da final, do Paulista.”
Gustavo Henrique goleiro no Derby histórico pelo Paulistão 2024 – dois a menos em campo
“Foi uma surpresa gigantesca. Nunca tinha visto o Gustavo Henrique) no gol. Na época que a gente jogava no Flamengo a gente fazia alguns rachões. Eu nunca vi o Gustavo no gol. Ele gostava de atacante, pra dar bicicleta, de bobeira. Mas no gol nunca tinha visto. Quando ele foi pro gol eu falei assim: ‘se ele tá ali a gente vai ter que se arriscar por ele e vamos se desdobrar por ele’. Porque se ele tá botando a cara pra ser goleiro, a gente tem que fazer alguma coisa pra ajudar ele. Foi um jogo de só loucura. Se for de última alternativa eu vou (no gol).”
Melhores partidas individuais pelo Corinthians
“Eu acho que os Derbys desse ano ficaram marcados. A ida da das oitavas de finais da Copa do Brasil, pra mim esse jogo é isso. Eu joguei muito, acho que eu fui um dos melhores, mas também tem um jogo contra o Santos também, no Paulista. Não lembro se foi na fase de grupo ou na semifinal, que eu acho que acabei com o jogo também, mas acho que o Derby ainda se sobressai.”
Passe de Rodrigo Garro no lance que originou o gol de Memphis Depay no Derby pela Copa do Brasil
“É que o (Rodrigo) Garro, ele é um jogador que pensa muito à frente, então a gente que já está acostumado com ele. A gente sempre fica atento que qualquer bolinha que ele botar no chão, ele vai estar te vendo. Ou se a gente acompanha, ele está vendo outro jogador que está melhor posicionado, então foi algo que a gente conversou. A gente conversou, a gente não treinou, mas a gente conversou, falou assim: ‘se acontecer alguma falta, vamos jogar rápido, que o time deles demora um pouquinho para se reposicionar’. E aí não deu outra. A gente meio que deu um ‘miguezinho’ assim, peguei, deu o pico no fundo, ele me viu, e aí eu fui feliz e acertei aquele cruzamento. O cruzamento foi praticamente (para o Memphis Depay) perfeito.”
Relação com Bruno Henrique, do Flamengo, e solada na cabeça na semifinal da Copa do Brasil de 2024
“É um cara que eu tenho uma admiração, quando eu subi da base lá do Flamengo, ele foi um dos caras que mais me ajudaram. E fora que ele é um cara puro, mano. E logo depois do jogo, ele veio, ele me ligou. Eu falei: ‘mano, fica tranquilo que eu tô indo aí’. Eu fui lá no vestiário lá, conversei com ele. Acontece, né? Não foi na maldade. Quase arrancou minha cabeça, mas tudo bem. Mas foi na maldade não, cara. Foi um lance que, infelizmente, a gente tá propício acontecer ali durante o jogo, mas doeu. Doeu pra caramba.”
Gol contra o Athletico-PR, e, Itaquera, vitória por 5 x 2, reta final do Brasileirão 2024
“Foi um chute difícil, fora da área onde você tem que arriscar e ali foi uma jogada ensaiada até que a gente fez um dia antes e deu super certo e ainda consegui acertar lá na gaveta. Para mim, foi mais bonito com certeza.”
Empate dolorido em 2 x 2 com o Internacional, na Neo Química Arena. Faltando 10 rodadas, a equipe ainda estava no Z4 do Brasileirão
“Cara, nesse momento, acho que esse jogo aí até tem um vídeo que acaba o jogo, a gente, todo mundo desolado dentro do jogo. E aquilo ali demonstrou muito o que era o nosso momento, porque a gente estava se entregando tanto, treinando tanto. E a gente estava jogando bem e as coisas não estavam acontecendo. E por um deslize, a gente tomou um gol no último minuto. A única coisa que vinha na cabeça era: ‘sério que estava acontecendo isso com a gente?’. Depois a gente lutou tanto para conseguir os dois gols. E no finalzinho, precisava ser desse jeito. Porque cara, era o momento que a gente se perguntava. O que vai acontecer? A gente estava se entregando total, total, 100%.”
Família presente na final do Paulistão 2025, contra o Palmeiras
“A família toda presente no estádio, meus amigos também. Eu lembro que, assim, quando acabou o jogo, eu estava bem na frente do camarote que eles estavam. Eu virei pra eles, comecei a pular, a gritar. Depois veio a emoção total, comecei a chorar pra caramba. Foi tudo que a gente tinha vivido ano passado. Começo do ano muito bem, aquelas dúvidas, aquele carrossel de emoção. Então, cara, acho que primeiro eu comemorei muito. Eu olhei pra eles, vi que estava todo mundo feliz, estava todo mundo ali presente comigo. E depois, cara, eu só sabia chorar. Deitei no chão, chorei pra caramba. E depois foi comemorar, foi muito legal. Foi uma emoção diferente.”
Relação com a torcida do Corinthians
“A identificação que a torcida tem comigo não é a questão por eu ser corinthiano, mas eu acho que é como eles me enxergam dentro de campo, como se eles tivessem na arquibancada, não desistindo de ir em algum jogo, torcendo o jogo todo, assim, é como eles me veem dentro de campo. Sempre fui aquele cara aguerrido, que sempre luta por todas as bolas. Então, cara, eu acho que essa identificação que o torcedor tem comigo é mais por isso, pelo que eu entrego dentro de campo. Claro que o sentimento corinthiano também ajuda, mas assim, pressão nenhuma, porque eu vim aqui, cara, pra mostrar o meu futebol, pra eu ser feliz aqui, pra eu conseguir desfrutar. Eu já realizei meu sonho, mas não vim com essa pressão de, cara, ‘tem que dar certo de qualquer maneira, porque senão os corinthianos nunca vão gostar de mim’. Não, nunca pensei nisso, eu vim leve. Vim aqui para realizar meu sonho e vim aqui para jogar o meu futebol.”
Sonho pelo título da Copa do Brasil
“Eu acho que a Copa do Brasil é mais um, como que eu posso dizer, é um algo a mais pra gente querer demonstrar no Brasileiro. Porque assim, a gente sabe que se a gente não conseguir performar no Brasileiro, a gente não vai chegar preparado pra Copa do Brasil. Sim. Então, cara, mesmo que falte um mês ainda pra Copa do Brasil, a gente sabe que se a gente entregar muito bem, continuar ganhando, vencendo, jogando bem, a gente vai chegar muito mais preparado, muito mais confiante, muito mais com a torcida do nosso lado, com todo mundo do nosso lado, com um espírito de vencedor um pouco maior.”
“E que se a gente largasse o brasileiro, jogasse por jogar, e não, faltando uma semana a gente vai se preparar pra Copa do Brasil. Não, eu acredito que a gente está com uma mentalidade só em evoluir. Ir manter o nosso nível de futebol que a gente sabe. Se a gente manter o nível, continuar ganhando, continuar vencendo, o nosso futebol vai chegar muito forte na Copa do Brasil que com certeza é o maior objetivo que a gente tem esse ano.”
Volta dos instrumentos e bandeiras das organizadas do Corinthians nos estádios
“Estava sentindo saudade. A torcida organizada merece, até a galera que talvez venha muito torcedor de fora, merece ver esse espetáculo que é. Porque cara, é lindo. Eu acho que todo jogador gosta de ter a torcida do teu lado cantando, bateria. É um espetáculo, né? Então assim, imagina pra um cara que mora longe de São Paulo. Tem uma oportunidade na vida de vir na arena. E se não tem a bateria, a torcida não está conseguindo entregar aquele espetáculo que sempre entrega. É chato, né? Então assim cara, é muito bom. Ajuda a gente também dentro de campo, que faz uma pressão do caramba pro adversário.”
Como é jogar contra a torcida do Corinthians? – Partida de volta da final da Copa do Brasil 2022 contra o Flamengo
“Um jogo que eu fiquei marcado assim, claro, talvez o corintiano seja ruim, foi na Copa do Brasil (de 2022). A hora que o Giuliano faz o gol de empate. Bom, o que a Gaviões fez foi bizarro. Estava dentro do campo. Mano, o silêncio no Maracanã, a torcida gritando, só dava para escutar a torcida do Corinthians. Aí acabou indo para os pênaltis e a gente ganhou. Mas assim, acho que aquele jogo lá, foi legal. Os caras são embaçados de verdade.”
Única experiência na arquibancada como torcedor do Corinthians – 2008, em Londrina
“Acho que foi o primeiro jogo que eu tive presente como torcedor de verdade mesmo, foi lá em Londrina até com o Marília, e acho que foi essa, foi o único jogo que eu fui como torcedor, depois não deu certo pra ir mais, mas aquele jogo lá foi muito legal que ali que eu entendi o que era ser corinthiano, como que a galera se desdobrava pra assistir o jogo do Corinthians. No jogo, choveu pra caramba, começou a chover granizo, a torcida levantou bandeira. Então, assim, deu pra ver o amor pela pela camisa dos torcedores, o amor entre os torcedores assim, acho que esse jogo ficou muito marcado.”
Projeção da reta final temporada – Brasileirão e Copa do Brasil
“Acho que da posição minha é só manter o que eu venho fazendo, graças a Deus eu estou muito bem, consegui encontrar meu caminho, acho que é só manter que está tudo certo, claro que temos que sempre pensar em evoluir. Eu acho que se eu manter o nível daqui até o final do ano vou conseguir entregar o que o Corinthians merece, e pro grupo eu acho que é isso cara. Como eu te falei, jogo a jogo no Brasileiro sabendo que a gente pode alcançar o lugar maior do que a gente está hoje na competição e pra chegar preparado que o final do ano se Deus quiser a gente vai terminar o ano com dois títulos que eu acho que faz tempo que não acontece.”
Números de Matheuzinho pelo Corinthians
Contratado no início de 2024 após passagem vitoriosa no Flamengo, o camisa 2 assumiu a titularidade absoluta da posição no meio do ano passado e foi importante na arrancada da equipe no último Brasileirão e no título Paulista de 2025, contra o Palmeiras.
Até o momento, são 102 jogos (78 como titular) – 44 vitórias, 27 empates e 31 derrotas – 52 % de aproveitamento. Além disso, são cinco gols e sete assistências. Em 2025, são três tentos e quatro passes para gol. Seu contrato se encerra em dezembro de 2028.
Confira abaixo a entrevista na íntegra à Central do Timão
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