Marcos Rocha explica saída do Atlético e revela que se ofereceu para voltar ao clube neste ano | OneFootball

“A fase que eu fui ganhar dinheiro foi no Palmeiras. No Atlético, o começo foi difícil. Por ser da base, muitas vezes eu não tinha a valorização que merecia. Eu era referência na lateral, já estava sendo convocado para a Seleção Brasileira, mas muitas vezes traziam jogadores da minha posição, ganhando mais do que eu. Sempre tinha aquela indireta: ‘Ah, você é da base, não sei o quê’. Prometeram casa, nunca veio. Nunca ganhei luva de renovação. Todo mundo vê minha história vitoriosa, mas foi na cara da coragem. Quando um jogador vai renovar, tem que ter luva, valor… comigo não aconteceu.” No meio de 2017, um diretor, que eu prefiro não citar o nome, ligou pro meu irmão. Eu tava sem empresário, e a gente dentro do carro. A ligação caiu direto no viva-voz. Aí eu falei: atende. Ele disse: ‘A gente não quer mais seu irmão. Tá acabando com o time. Temos números que mostram que prejudicou o Atlético’. Nisso, a lágrima começou a cair. Comecei a chorar dentro do carro. Falei: ‘Não acredito que estão fazendo isso comigo’. Já tive carro quebrado, confusão, briguei com torcida, mas sempre firme, honrando a camisa. Cheguei à Seleção, cheguei a tudo.”

“Eu já tinha trabalhado com Roger Machado no Atlético. Quando ele foi pro Palmeiras, em dezembro, me ligou: ‘Rocha, quer vir?’ Eu falei: ‘Que dia?’.”

“O Atlético foi o clube que me deu tudo. Fui criado lá, nasci lá dentro. Tenho respeito e carinho. Fiquei chateado em alguns momentos porque até no Palmeiras cheguei a pedir pra voltar, mas falaram que eu não fazia mais parte do planejamento, que eu não tinha mais a cara do time. Mesmo assim, torço muito pelo Galo. Este ano, quando o Palmeiras falou que não ia renovar comigo, liguei para o Galo, mas o Cuca não deixou. Ele disse: ‘Não, tem dois laterais aqui, não precisa dele’. Depois ele acabou saindo, foi demitido depois da eliminação do Atlético para o Cruzeiro na Copa do Brasil. Aí entrou Sampaoli. Lá está o Saravia e o lateral que era do Curitiba, muito bom, fez excelente Série B, e o Atlético buscou ele. Mas aí surgiu a oportunidade de ir pro Grêmio. O meu empresário falou: ‘Ó, o Grêmio te quer?’ Eu falei: ‘É lá mesmo. Eu vou, tô feliz.’

Ver detalles de la publicación