Portal dos Dragões
·10 de enero de 2025
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Com apenas 20 anos, uma das mais recentes promessas do FC Porto reflete sobre a sua trajetória desde a formação até ao plantel principal. Entre estreias nervosas, momentos marcantes e a exigência dos treinadores, o jovem atleta partilha as lições aprendidas e a mentalidade necessária para representar um dos maiores clubes de Portugal.
O jovem recorda com minúcia as suas primeiras experiências no futebol sénior. “Na Youth League, tinha 15 anos e sete meses quando joguei contra o Atlético de Madrid. Era muito jovem, mas não sentia tanto nervosismo como hoje em dia”, confessou. Atualmente, o nervosismo é uma constante antes de entrar em campo, mas rapidamente se dissipa quando o jogo começa. “Dentro de campo, sentimos uma certa calma porque estamos a fazer o que amamos.”
A sua estreia na equipa principal ocorreu numa fria noite de outubro de 2023, na Taça de Portugal. “Contra o Vilar de Perdizes, fiquei muito nervoso quando o mister me chamou. Entrei apressadamente e nem sabia o que pensar”, revelou. Já na Liga, a sua primeira oportunidade surgiu em abril de 2024, mas o jovem prefere deixar a avaliação do seu desempenho para o treinador. “Não sou treinador, não sei o que o mister viu em mim na altura.”
Ao longo da sua trajetória, teve a oportunidade de trabalhar com treinadores como Capucho, Folha e Sérgio Conceição, cada um com uma abordagem única. “O Capucho foi mais na Youth League, o Folha foi dos que mais me ensinou, passando ideias de jogo mais maduras. O Sérgio era muito exigente, fazia-nos puxar por nós próprios e isso é algo que levo comigo”, destacou.
Um dos momentos mais marcantes foi a sua titularidade na Supertaça, num jogo repleto de emoções. “Estava nervoso, como todos antes de uma final, mas entrámos com a convicção de que íamos ganhar. Apesar do início complicado, a confiança transmitida pelo mister ao intervalo deu-nos a força necessária para a reviravolta.”
Relativamente à decisão de partilhar o conteúdo da palestra ao intervalo, que resultou numa reprimenda pública de Sérgio Conceição, o jovem reconheceu o erro. “Quis partilhar algo curioso com os adeptos, mas acabei por revelar algo confidencial. Não o fiz com má intenção e o mister compreendeu.”
Para o jovem, o apoio dos adeptos é fundamental. “São o 12.º jogador em campo, apoiam-nos de forma constante em casa e fora. É sempre uma grande ajuda.” Dentro do Estádio do Dragão, sente-se invencível. “Aqui somos o FC Porto. Esta casa é nossa e ninguém vem aqui derrubar o FC Porto, por assim dizer.”
A ligação à história do clube também é algo que valoriza. “Desde a formação, falam-nos de figuras como João Pinto, Jaime Magalhães e Paulinho Santos. São lendas que nos ajudam a entender a mística do clube.”
Com Vítor Bruno, a competição entre laterais é vista como uma oportunidade para o crescimento. “Ele quer puxar por mim e pelo João [Mário], que é espetacular. Esta competição saudável leva-nos ao limite e ajuda-nos a melhorar.”
Apesar de ainda estar a dar os primeiros passos na equipa principal, o jovem demonstra maturidade e foco, pronto para solidificar o seu lugar no clube que considera como a sua casa. “Quero jogar à bola e vencer. Não importa onde jogue, até podia ser a guarda-redes. O importante é ajudar o FC Porto a triunfar.”