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·22 de septiembre de 2025

O braço direito de Mourinho é o braço direito da formação do Benfica

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José Mourinho. Um nome impossível de passar despercebido. O palmarés recheado de conquistas nas competições internas e internacionais definem uma carreira perseguida pelo sucesso. No entanto, seguindo uma expressão clássica, a verdade é que 'ninguém ganha sozinho'.

Durante múltiplos anos, nos célebres tempos áureos do Special One, Rui Faria foi o braço direito do renomado técnico. Atualmente, é João Tralhão o segundo elemento da hierarquia, ocupando uma cadeira de alto grau de responsabilidade. A parceria em questão arrancou na presente temporada, ainda em solo turco, ao serviço do Fenerbahçe.


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Quando nada faria prever, Tralhão - tal como o seu superior - regressou agora a uma casa que conhece como a palma da sua mão: foram 17 anos de águia ao peito, entre 2001 e 2017. O treinador luso vagueou entre os diferentes escalões de formação do emblema da Luz, auxiliando no crescimento de muitos talentos.

A escadaria do Seixal em busca da oportunidade

João Tralhão ingressou nos encarnados como treinador estagiário dos sub-9, numa equipa técnica encabeçada por Helena Costa - atual diretora desportiva do Estoril Praia. A boa impressão deixada numa primeira instância permitiu-lhe integrar as fileiras do clube em definitivo.

Após três épocas como adjunto, assumiu o papel de técnico principal dos sub-10, em 2005/06. Já nos sub-11, com 26 anos, Tralhão orientou jovens promessas como Gonçalo Guedes, João Carvalho ou André Horta, que vieram a escrever belas páginas no futebol sénior.

Em 2007/08, foi atribuída ao mister uma missão distinta, tendo este assumido, temporariamente, a pasta de Preparador Físico da equipa principal. Contudo, apesar destes recorrentes votos de confiança, ainda faltavam ao nosso protagonista títulos como homem do leme. Este pequeno vazio foi coberto em 2013...

João Cancelo, Fábio Cardoso, Bernardo Silva, Hélder Costa, entre tantos outros nomes conhecidos no paradigma português celebraram a conquista do Campeonato Nacional Sub-19. Os 30 pontos obtidos na Fase de Apuramento de Campeão - mais um do que o FC Porto, segundo classificado - foram suficientes para despoletar a festa dos meninos do Seixal.

Os desgostos na Youth League e a parceria com uma lenda

Tralhão voltou a vencer o título de juniores na época 2017/18, com uma nova fornada de pupilos. No entanto, as suas maiores proezas nas camadas jovens do emblema da Luz acabaram sempre com um desfecho amargo. Na primeira edição da história da Youth League, o técnico guiou o Benfica a vitórias convincentes sobre o Austria Wien, o Manchester City e o Real Madrid nas eliminatórias da prova.

Todavia, no final da competição internacional, o glorioso caiu perante o Barcelona, num jogo onde Munir El-Haddadi foi protagonista. Em 2016/17, Tralhão teve uma nova oportunidade de levantar o troféu. Porém, a turma lusa, formada por Rúben Dias, Florentino Luís, Gedson Fernandes, Jota e a estrela João Félix, voltou a sair derrotada no derradeiro encontro, desta vez frente ao Red Bull Salzburg.

A vasta passagem no ninho do Seixal foi de sucesso, porém, tudo tem um fim. Em outubro de 2018, Thierry Henry foi recrutado pelo Monaco com o intuito de mudar o ciclo negativo de resultados. A lenda do Arsenal estendeu a mão a Tralhão para o mesmo o acompanhar no banco de suplentes como adjunto - um papel muitas vezes repetido no seu currículo. Contudo, o antigo internacional francês ficou longe de conseguir acordar os monegascos do pesadelo.

No seu primeiro teste como técnico principal, Henry desapontou: os rouge et blanc somaram apenas quatro triunfos em 20 aparições, registo negativo que valeu o despedimento da equipa técnica. Contudo, depois de uma pausa na carreira, Tralhão voltou a ter a porta aberta em Portugal, mais precisamente no segundo escalão nacional.

Tralhão, o dinamizador das tréguas com o ninho?

Em 2020/21, o treinador sucedeu a Quim Machado no comando técnico do Vilafranquense, naquela que seria a sua primeira aventura como treinador principal no futebol sénior. Porém, a experiência não correu como esperado: o técnico de 45 anos somou apenas três vitórias - só duas na II Liga -, nos 17 jogos ao leme das Piranhas do Tejo.

Seguiu-se, no ano que se sucedeu, um regresso à função de treinador adjunto, com o futebol turco a ser o destino. João Tralhão tornou-se o braço direito de Nuri Sahin, nos primeiros passos do antigo meio-campista como técnico. As boas indicações geradas pela equipa técnica no Antalyaspor carimbaram o bilhete para um colosso europeu.

Sahin regressava, assim, ao Borussia Dortmund - emblema alemão onde escreveu as principais páginas como jogador -, acompanhado pelo parceiro português. No entanto, o treinador de 37 anos teve claras dificuldades em incorporar o seu modelo ofensivo nos die borussen, acabando por ser demitido em janeiro de 2025. Agora, com a máquina do tempo parada em setembro de 2025, o protagonista está de regresso a uma casa que conhece bem.

A verdade é que Bruno Lage não conseguiu ser o elo de ligação entre a academia do Seixal e a equipa A do Benfica. No sentido inverso, apesar das notórias dificuldades nas mais recentes paragens da sua trajetória, Tralhão já provou ser um perito em lapidar jóias.

Como tal, o técnico de 45 anos poderá ser o dinamizador da ressureição na aposta vincada na formação - estratégia que já desencadeou sucesso desportivo e financeiro às águias. Resto agora esperar para ver se existirá uma mudança de paradigma, com um olhar mais atento ao ninho.

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