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·30 de octubre de 2025

O muro de Avellaneda: Rossi brilha, Flamengo segura o Racing e avança à final da América

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Em um jogo de nervos à flor da pele, o Flamengo garantiu sua vaga na grande final da Copa Libertadores da América 2025 ao empatar por 0 a 0 com o Racing Club, no Estádio Presidente Perón, em Avellaneda. O resultado, somado à vitória por 1 a 0 no Maracanã, foi suficiente para confirmar a classificação rubro-negra e, mais do que isso, consolidar a imagem de um time que amadureceu, que sabe sofrer e que aprendeu a transformar pressão em combustível.


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A partida foi tudo o que se esperava de uma semifinal continental: tensa, intensa e repleta de histórias dentro do campo. Com mais de trinta minutos jogando com um a menos, o Flamengo precisou unir disciplina tática, concentração e sangue frio para conter o ímpeto argentino. No fim, o empate teve gosto de triunfo, daqueles que não saem apenas no placar, mas ficam gravados na memória coletiva.

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Se há um nome que pode ser destacado nesta classificação, ele veste luvas. Agustín Rossi foi o herói silencioso de Avellaneda. Diante da pressão incessante do Racing, o goleiro argentino mostrou reflexos impressionantes e uma serenidade que beirou o absurdo. Foram defesas decisivas, uma delas em chute à queima-roupa, que parecia destinado ao fundo das redes.

Mais do que evitar o gol, Rossi simbolizou o espírito de resistência de um Flamengo que se recusa a ceder. Sua atuação fez lembrar os grandes arqueiros da história do clube, que, em momentos críticos, mantiveram o time vivo nas batalhas continentais. Ao apito final, o goleiro ergueu os braços e olhou para o céu, não só pela defesa, mas pelo destino que, mais uma vez, o coloca como peça-chave em uma campanha histórica.

Filipe Luís e o DNA de quem entende o jogo

No banco, Filipe Luís deu uma aula de leitura e serenidade. Em uma temporada que marca sua ascensão como técnico, o ex-lateral demonstrou o que sempre teve de melhor como jogador: a inteligência tática. Seu time não foi brilhante no ataque, mas foi impecável no controle emocional e na ocupação dos espaços.

Mesmo quando a expulsão mudou o cenário da partida, o Flamengo manteve postura. Recuou, é verdade, mas sem abdicar de sua proposta de jogo. O treinador ajustou o time com sabedoria, explorando o relógio e a experiência de seus líderes. Em momentos assim, não se trata apenas de jogar futebol, trata-se de entender o futebol. E isso, Filipe Luís parece dominar com maestria.

Durante boa parte da partida, o Racing encurralou o Flamengo. A torcida argentina fez seu papel, transformando o “El Cilindro” em uma panela de pressão. Mas o time brasileiro mostrou maturidade. Soube esfriar o jogo, cadenciar o tempo e valorizar cada posse de bola.

Essa capacidade de “sofrer jogando” é o que diferencia times promissores de campeões. O Flamengo de 2025 parece ter assimilado as lições das últimas temporadas: não basta ter talento; é preciso ter casca. Cada dividida, cada defesa, cada alívio na zaga foi um tijolo na construção dessa classificação.

O empate levou o Flamengo à quinta final de Libertadores de sua história e à quarta desde 2019. Um número que o coloca entre os clubes sul-americanos mais constantes da era recente. A hegemonia brasileira na competição tem, no time rubro-negro, um de seus pilares.

Mais do que isso, o Flamengo atingiu uma marca simbólica: mesmo jogando mais de trinta minutos com um jogador a menos, não sofreu gol fora de casa em uma semifinal continental. É o retrato de um elenco que aprendeu a equilibrar espetáculo e resultado, brilho e sobriedade.

Para a torcida, é mais uma prova de que o projeto iniciado anos atrás se mantém sólido. O clube segue entre os protagonistas do continente, com estrutura, elenco e mentalidade para continuar no topo.

Agora, o Flamengo mira a final com a confiança de quem já conhece o caminho. Mas o desafio será manter a intensidade emocional após uma classificação tão desgastante.

O elenco, experiente e vitorioso, tem consciência de que cada Libertadores escrita nos livros rubro-negros veio com doses generosas de suor e drama. A de 2025 não é diferente.

Se o destino reservar o troféu, este título será lembrado não apenas pelo brilho técnico, mas pela força coletiva. Pela forma como um time inteiro defendeu um sonho com unhas, luvas e alma.

E quando os jogadores deixaram o gramado de Avellaneda sob vaias, sabiam: cada apito, cada grito, cada defesa e cada segundo de resistência os aproximaram de algo maior.

Um time que não desiste. Um técnico que acredita. Um goleiro que defende com o corpo e o coração. E uma nação que, do outro lado da fronteira, voltou a acreditar que o céu da América pode ser rubro e negro mais uma vez.

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