O “polvo” dinamarquês e a muralha polaca: os novos pilares do FC Porto | OneFootball

A nova época do FC Porto começou com uma profunda renovação do plantel. André Villas-Boas tinha prometido levar a cabo o maior mercado de transferências da história do clube e essa promessa foi cumprida, com resultados evidentes.

A SAD trabalhou com rigor durante o último verão e Francesco Farioli conseguiu compor uma equipa competitiva. Antes do empate sem golos no Clássico com o Benfica, o FC Porto tinha vencido todos os encontros oficiais disputados, alcançando a liderança do campeonato e a primeira posição do grupo na fase de liga única da Liga Europa.

Entre as contratações, Victor Froholdt tem-se destacado. Desconhecido da maioria dos adeptos nacionais, o médio impôs-se rapidamente no onze dos dragões e soma um golo e três assistências em dez jogos. A sua entrega e a capacidade de nunca dar um lance por perdido conquistaram os adeptos, que já lhe chamam o ‘polvo’ dinamarquês.

Outro reforço em destaque é Alberto Costa. Depois de se evidenciar no Vitória SC e de passagens pela Juventus, regressou a Portugal pelo FC Porto. O lateral-direito distingue-se pela velocidade e pelo contributo ofensivo, contabilizando já cinco assistências em sete jogos.

Jan Bednarek e Jakub Kiwior trouxeram a consistência que faltou ao eixo defensivo na época anterior. Bednarek assumiu-se como referência da defesa, com grande sentido de antecipação e posicionamento, enquanto Kiwior acrescentou qualidade de passe e saída com bola. Com a dupla de centrais polacos formada, os azuis e brancos ainda não sofreram golos.

Mais recuado, Pablo Rosario tem sido o canivete suíço do FC Porto. Recrutado ao Nice, tem sido utilizado como lateral-direito, exibindo solidez e chegando mesmo a marcar, o que demonstra a sua polivalência. Na baliza, João Costa ainda não se estreou neste regresso ao Dragão. Dominik Prpić soma cinco encontros, mas tem sido preterido por Kiwior e Bednarek.

No meio-campo, para além de Froholdt, Gabri Veiga assumiu um papel relevante. Depois da passagem pela Arábia Saudita, o espanhol regressou ao futebol europeu e recuperou as exibições do tempo no Celta, sendo o principal criativo da equipa, com um golo e três assistências em nove jogos.

Na frente, Borja Sainz, Luuk de Jong e Yann Karamoh têm sido as opções ofensivas. O extremo espanhol, contratado ao Norwich, trouxe novas soluções ao treinador Francesco Farioli, sendo uma dor de cabeça para as defesas adversárias e já contabilizando dois golos e duas assistências.

Por seu lado, o avançado veterano neerlandês, que surpreendeu no jogo de apresentação, encontra-se actualmente lesionado, embora já tenha marcado pelo clube, enquanto o francês, contratado após o fecho do mercado por estar livre, aguarda a estreia pela nova equipa.

Três meses após o início oficial da época, este “novo” FC Porto tem mostrado capacidade dentro e fora de portas, posicionando-se como um candidato sério ao título nacional e com ambições na Europa.