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·23 de noviembre de 2024

Oposição do Palmeiras emite nota de repúdio contra presidente do CD por “omissão” no processo eleitoral

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A chapa de oposição do Palmeiras, “Palmeiras, Minha Vida é Você!”, encabeçada pelo candidato à presidência Savério Orlandi, protocolou na Secretaria Geral do clube uma nota de repúdio pelo que considerou ser uma “omissão” do presidente do Conselho Deliberativo, Alcyr Ramos, no processo eleitoral.

O pleito para definir o novo presidente do Palmeiras acontece neste domingo, em assembleia para os sócios do clube social, das 8h às 17h (de Brasília). Savério Orlandi concorre à cadeira presidencial contra Leila Pereira, que tenta a reeleição.


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Assinam a nota de repúdio também os candidatos a vice-presidentes da chapa: Luiz Osvaldo Pastore (primeiro vice), Roberto Silva (segundo vice), Luciana Santilli (terceira vice) e Felipe Giocondo (quarto vice).

A chapa de oposição aponta que o sistema de votação não está em conformidade com o estatuto, falha na formalização de regras para as eleições deste ano, além do que entende ser cobrança de valores excessivos para ações nas campanhas e censura na divulgação das propostas da chapa de oposição.

“Como é possível que, menos de 12 horas após o referido encontro, a Chapa 100 (da situação) já estivesse com materiais de campanha e estrutura de divulgação pronta para iniciar seus trabalhos? A impressão transmitida, cada vez mais cristalina, é de que as regras impostas por essa presidência (do Conselho Deliberativo) ou não foram planejadas de maneira isonômica, ou foram comunicadas de maneira antecipada a uma das Chapas”, diz parte da nota.

“Não importa se por conivência, ausência de conhecimento específico da matéria ou omissão, esta Presidência (do Conselho Deliberativo), na condução do processo eleitoral, ignorou as responsabilidades do importante cargo que lhe foi atribuído. As eleições se encerram no próximo domingo, mas a história continuará sendo escrita. Nela, seguramente, haverá espaço para as honrosas páginas daqueles que defenderam nossa instituição nos momentos mais difíceis e também para recordar e responsabilizar aqueles que se omitiram ou se acovardaram diante das suas responsabilidades e deveres”, segue o documento.

Confira a nota de repúdio completa:

Novembro de 2024 – Os integrantes da Chapa 200, encabeçada pelo Conselheiro Savério Orlandi e os seus quatro vices, bem como seus coordenadores e apoiadores, vêm por meio desta carta repudiar, com imensa revolta e indignação, o tratamento que foi dispensado pela mesa diretora deste Conselho Deliberativo ao processo eleitoral cujo ato final será realizado no próximo 24 de novembro de 2024 com a votação dos associados.

A Chapa 200, como é sabido, obteve grande apoio dos Conselheiros do Conselho Deliberativo, com mais de 30% de votos favoráveis, para participar dessas eleições. É também representante de milhões de torcedores que não são associados ao clube, mas que devem ter seus anseios atendidos e respeitados.

Apesar disso, desde o início deste processo eleitoral, a Chapa 200 não vem recebendo o tratamento isonômico necessário para o bom andamento do pleito e os fatos incontestáveis que explicitam o viés da atuação desta Presidência avolumam-se a cada dia.

Some-se a isso o absoluto e inapropriado informalismo com o qual a organização do pleito vem sendo tratada. Esta Presidência tem se esquivado, não se sabe se por omissão ou mesmo por absoluta falta de letramento sobre os princípios eleitorais basilares, de estabelecer regras e procedimentos claros e justos.

É possível citar, de forma muito resumida – sempre em nosso desfavor e carreando-nos sucessivos prejuízos, uma variedade de absurdos e despropósitos que temos testemunhado -, entre os quais:

– Essa Presidência vem sendo alertada há mais de dois anos [a] que o sistema de votação não está em conformidade com o que rege o Estatuto da SEP, nada tendo feito para regularizar tal situação;

– Não há uma página escrita, um e-mail, ou qualquer formalização das regras de disputa. Esta presidência furtou-se de estabelecer de maneira clara e inequívoca orientações para as chapas sobre o que seria ou não permitido. Não houve formalização, por exemplo, de datas, valores e outras diretrizes imprescindíveis ao trabalho da Chapa 200, inviabilizando, como via de consequência, o bom, correto e igualitário [b] andamento do pleito;

– Esta Presidência convocou uma única reunião, em que estiveram presentes representantes das chapas, e jamais fez constar em ata escrita os tópicos discutidos. Por que não houve formalização do encontro e nem a convocação de nova reunião, como solicitamos, para a discussão e aprimoramento dos pontos sugeridos e definição conjunta das regras do pleito por parte desta Presidência?

– Como é possível que, menos de 12 horas após o referido encontro, a Chapa 100 já estivesse com materiais de campanha e estrutura de divulgação pronta para iniciar seus trabalhos? A impressão transmitida, cada vez mais cristalina, é de que as regras impostas por essa presidência ou não foram planejadas de maneira isonômica, ou foram comunicadas de maneira antecipada a uma das Chapas.

– Houve verdadeiramente, em algum momento, a elaboração de regras e orçamentos feitos de maneira a não onerar excessivamente uma das chapas postulantes à presidência? Os valores estipulados para construção das estruturas de campanha e locação de espaços no clube são excessivos e não possuem qualquer lastro comercial, inclusive em relação à própria empresa contratada para a montagem dos stands. Como se não bastasse, mesmo o pedido para apresentação das planilhas de composições dos custos unitários, algo óbvio por si só e que a Mesa Diretora do CD se comprometeu a encaminhar, acabou em menos de 6 horas inexplicavelmente sendo objeto de uma mudança de entendimento, quando nos foi afirmado, sem qualquer justificativa, que não mais seriam nos enviadas.

– A presidência deste E. Conselho feriu de morte até mesmo procedimentos consagrados em eleições anteriores, quando censurou e impediu a divulgação de material de campanha da Chapa 200 que deveria ser enviado aos associados, contrariando o acordado em discussão, em uma clara afronta ao princípio mais básico de neutralidade e impedindo que os eleitores obtivessem acesso a informações essenciais para o exercício de uma escolha informada sobre o futuro do Clube;

– E, o que é mais grave, a conduta de não encaminhar e/ou participar diretamente pelo Canal Oficial as 11 propostas e a breve apresentação dos componentes da Chapa 200 e de suas qualificações, violou flagrante e irreparavelmente o direito dos associados em ter a si franqueado o acesso às informações indispensáveis ao processo eleitoral, do qual ele é o destinatário final, na medida em que é justamente ele quem vota, escolhe e decide quem presidirá o clube!

Presidir o Conselho Deliberativo do Palmeiras é uma imensa responsabilidade. Requer daqueles que ocupam este importante cargo coragem e bravura para assegurar isonomia no tratamento dos diversos espectros políticos existentes no Clube, notadamente no momento de disputa eleitoral. Exige, sempre e em qualquer caso, a defesa intransigente dos Conselheiros, incluindo a garantia de suas prerrogativas, mormente da sua independência. É necessário atuar com honradez, caráter e cuidado em relação a uma instituição que move o coração de milhões de pessoas. É mandatório ao Presidente do Conselho Deliberativo que tenha plena ciência da sua obrigação em assegurar aos companheiros de Conselho o respaldo para exercerem sem restrição suas funções, inclusive ao participarem das eleições diversas conduzidas pelo CD.

Lamentamos profundamente constatar e assim poder afirmar que não é isso que temos observado. Não importa se por conivência, ausência de conhecimento específico da matéria ou omissão, esta Presidência, na condução do processo eleitoral, ignorou as responsabilidades do importante cargo que lhe foi atribuído.

As eleições se encerram no próximo domingo, mas a história continuará sendo escrita. Nela, seguramente, haverá espaço para as honrosas páginas daqueles que defenderam nossa instituição nos momentos mais difíceis e também para recordar e responsabilizar aqueles que se omitiram ou se acovardaram diante das suas responsabilidades e deveres

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