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·19 de agosto de 2025
Presidente do Fluminense surpreende e elogia coragem do Flamengo em debate sobre estádio próprio

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·19 de agosto de 2025
Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt citou o Flamengo ao comentar a possibilidade de construir um estádio para o rival. A fala aconteceu em entrevista ao "Penido's Podcast", e deixou claro que o dirigente pensa em permanecer no Maracanã por muito tempo.
"É um delírio o Fluminense pensar no seu estádio em Laranjeiras, jogar além do Maracanã, em outro estádio no Rio? Olha, vou ser muito sincero. Acho que penso em um Fluminense com erros, acertos, defeitos e qualidades. Sempre pensei um Fluminense do tamanho que é. Gigantesco, enorme", disse.
Ao falar sobre o Maracanã, Mário ressaltou a capacidade do estádio e a situação atual do Fluminense. Junto ao Flamengo, o Tricolor gerencia o estádio mais popular do Rio de Janeiro até 2044.
"Grandes são os outros. Acho que nós temos um estádio que quando está cheio, vai dar 70 mil pessoas. Nós temos hoje, mais ou menos, uns 40 mil sócios-torcedores. É um estádio que o Fluminense tem por 20 anos", salientou.
Em uma análise sincera, Mário ressaltou as dificuldades em torno da construção de um estádio. E ainda disse que o Flamengo, enquanto avalia o cenário, tem sido bem honesto com o prejuízo que a obra pode trazer.
"Vou dizer uma coisa que talvez ninguém tenha coragem de dizer. Aliás, eu acho que o Flamengo está tendo um pouco dessa coragem agora. De dizer isso agora, nesse momento que se discute a questão do estádio do Flamengo", destacou.
Ao se aprofundar no assunto, Mário detalhou alguns dos custos que os clubes precisam arcar com os estádios. A construção é só uma parte da questão, já que é necessário recolher dinheiro que pague por essa obra no final — e muitas vezes, com restrições.
"Construir um estádio e fazer ser rentável é muito difícil. O preço que se investe num estádio e o que ele gera de receita depois, pensando que a cada jogo você vai ter que vender. Vai ter que vender na construção do estádio, as cadeiras cativas — que você tem sempre 10% do visitante", disse.
Além disso, Mário Bittencourt ainda citou as taxas envolvidas no futebol brasileiro. O presidente explicou que, com os gastos subindo, os clubes precisam recorrer a maneiras alternativas de cortar gastos — algo que o presidente do Fluminense não quer fazer.
"Mais um pedaço que você tem que deixar sem ocupar, por causa de questões de segurança. Imaginar as taxas que se paga no futebol brasileiro, tudo isso. Construir um estádio e fazer depois com que esse estádio seja superavitado. Aí, começam a apelar para campo sintético, show, um monte de coisa", admitiu.
Mário ainda ressaltou que vários clubes tiveram dificuldades para arcar com os custos do projeto. Como exemplo, citou Palmeiras (que tem o Allianz Parque controlado pela WTorre) e Grêmio (que viu um torcedor comprar o estádio e doá-lo à instituição).
"A maioria das arenas não está se aguentando. Outras pessoas estão comprando arenas de clubes. Isso está acontecendo agora, no Rio Grande do Sul. O próprio Palmeiras tem um modelo com a WTorre, em que a WTorre manda mais do que o Palmeiras. O calendário tem que ser submetido à WTorre", criticou.
Por fim, o dirigente disse ver o Fluminense com o "melhor estádio do mundo". Mário ainda ressaltou a acessibilidade do Maracanã e deixou claro que não pensa em construir algo no momento.
"É muito difícil o preço por assento, que a gente chama, ficar de pé no futuro. O Fluminense já tem, na minha opinião, o melhor estádio do mundo em termos de história, tamanho, grife. Qual estádio do mundo você chega de ônibus, trem, metrô, a pé, de carro? O Maracanã é magnífico, fabuloso", elogiou.
E, apesar da rivalidade dentro dos campos, Mário fez questão de elogiar a relação com o Flamengo. O dirigente tricolor chegou a chamar Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, de amigo. E garantiu que as disputas entre os dois ficam dentro de campo.
"Somos amigos, dividimos o Maracanã de maneira harmoniosa. É saudável essa relação. Já era na gestão Landim, e é tão harmoniosa quanto na do Bap. O Bap é um cara maravilhoso, muito inteligente. Eu me dou bem com ele, toda a diretoria. A gente se mata no campo, né? Fora, somos harmoniosos", finalizou Mário.
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