MundoBola Flamengo
·20 de noviembre de 2025
Presidente do Vila Nova dispara contra decisão do STJD sobre Bruno Henrique: 'Merecia ser punido com rigor'

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O julgamento recente do atacante Bruno Henrique no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) continua repercutindo nos bastidores do futebol brasileiro.
Após o camisa 27 do Flamengo ser absolvido da acusação de manipulação de resultados e punido apenas com uma multa de R$ 100 mil por conduta contrária à ética desportiva, Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova-GO, fez duras críticas à decisão.
Em entrevista à E"SPN", o mandatário do clube goiano, que foi o autor da denúncia que desencadeou a Operação Penalidade Máxima, desabafou sobre o que considera um cenário de impunidade e falta de isonomia na justiça desportiva.
Bravo utilizou como exemplo o caso de Gabriel Domingos, ex-jogador do Vila Nova. Domingos foi punido com 720 dias de suspensão e multa de R$ 80 mil por ter emprestado sua conta bancária, mesmo sem provas de que ele tenha atuado diretamente em manipulação em campo. Para o dirigente, a diferença de tratamento em relação a Bruno Henrique é evidente.
"Eu vi o julgamento todinho. Alegou-se ali, na matéria de defesa, a atipicidade de puni-lo da forma como deveria. Mas num caso semelhante, havia também ali um atleta, o Gabriel Domingos, que também não tinha atipicidade nenhuma para puni-lo, porque ele teria emprestado a conta."
"Não foi encontrada prova nenhuma nesse sentido. Ele foi punido por 720 dias. Então, dentro desse contexto, por que não puni-lo [o Bruno Henrique]?", questionou Hugo Jorge.
O presidente do Vila Nova reforçou que o atacante rubro-negro deveria ter sofrido sanções mais pesadas, alegando que houve vazamento de informações sensíveis por parte do jogador.
"Tem que punir com rigor, porque o que ele fez? Um vazamento de uma informação sensível. A partir do momento que ele vai, ele passa a informação de um fato controlado que vai acontecer. Ele participou indiretamente, sim, da posse e merece ser punido e punido com rigor", afirmou.
Hugo Jorge Bravo foi além e questionou a composição e os critérios dos auditores do STJD, sugerindo que há um peso diferente para atletas que disputam a elite do Campeonato Brasileiro em comparação com os de divisões inferiores.
"A punição ficou muito mais branda do que outros atletas de outras divisões. [...] Tem que se questionar os auditores do STJD do porquê. [...] Julgar uma matéria desportiva requer uma propriedade muito grande, requer coerência, requer senso de justiça, requer coragem de ser imparcial", disse o dirigente.
Para o dirigente, a multa de R$ 100 mil aplicada a Bruno Henrique não possui caráter pedagógico e, na visão dele, acaba por favorecer a reincidência de casos semelhantes no esporte, visto que o lucro potencial com apostas pode superar o valor da punição.
"Você tem que encarecer ele... você pega um caso igual ao Bruno Henrique, vaza uma informação sensível para a família ganhar dinheiro em banca de aposta. Custou R$ 100 mil. É muito lero-lero a imagem. Que imagem, rapaz! [...] Na minha opinião, esse tipo de pena favorece o cometimento de ações criminosas como essa", disparou.
Ao fim da entrevista, Bravo defendeu que qualquer atleta envolvido direta ou indiretamente com esquemas de apostas deveria ser banido do futebol, independentemente de seu status ou clube.
"Todo mundo que se envolve com isso aí tem que ser banido de forma definitiva, porque ele está indo no sentido contrário do que tem de mais puro no esporte, que é a imprevisibilidade do resultado", finalizou.
O Flamengo e a defesa de Bruno Henrique sustentam que não houve manipulação e que a justiça foi feita com a absolvição da denúncia principal, mantendo o foco do atleta na reta final das competições.









































