Deus me Dibre
·8 de junio de 2025
Rafael Menin fala sobre insucessos e afirma que no lado financeiro “Galo acabou andando de lado”

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·8 de junio de 2025
A tão aguardada entrevista coletiva com um dos acionistas da SAF do Atlético, enfim aconteceu. Na manhã do último sábado (07), Rafael Menin, empresário e um dos sócios majoritários da SAF alvinegra, conversou com os jornalistas por quase 3 horas na Arena MRV.
Dentre muitas perguntas, o tema mais abordado, como não poderia ser diferente, acabou sendo a parte financeira do clube.
Menin começou reconhecendo os erros na projeção do pagamento da dívida atleticana: “Apresentamos no final de 2020 ou começo de 2021, não me lembro bem, uma projeção para o pagamento da dívida em 5 anos. Esse foi um dos erros nossos! Houve uma conjuntura externa, que mudou. A (taxa) Selic subiu muito, o futebol ficou mais caro”.
O acionista citou onde aconteceram os erros da gestão atleticana:
Existia (uma projeção) para venda de atleta e compra de atleta, isso ficaria no positivo e no período foi negativo. Essa é por exemplo, uma área que tivemos insucesso. Se a gente pegar os atletas que compramos em 2020, Guilherme Arana, Allan, Savarino, Dylan Borrero, Marrony e outros tantos, imaginávamos que compraríamos por “X” e iríamos vender por “2x”.
“Acabamos comprando muitos atletas e esse investimento não é que vendemos pela metade, mas no somatório geral, a gente acabou gastando R$900 milhões em atletas mais base e vendemos pouco mais de R$400 milhões. Então essa acabou sendo uma área do clube que não funcionou bem”, complementou Menin.
Além do investimento para comprar atletas, a atual gestão atleticana teve outros problemas nos últimos anos que atrapalharam na quitação da dívida do clube: “Tem também a Arena MRV, onde o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) no período bateu quase 50% do que tínhamos no contrato, fez com que a Arena ficasse muito mais cara. Foi outra conjuntura externa e que os números não bateram”.
Para finalizar, Menin fez um “apanhado geral” do problemas enfrentados pelo clube nos últimos anos e voltou a reconhecer que a gestão teve “um insucesso”:
O investimento que foi feito em infraestrutura, na montagem do elenco, na Arena MRV, Centro de Treinamento e folha, ele acabou sendo muito superior ao que a gente previa no Galo Business Day. Além claro do juros que poderia ter subido, para 7% ou 8%, mas não para 14%. Foi uma somatória de fatores. Acho que o Galo mudou de patamar, mas no financeiro, o Galo acabou andando de lado. O aporte de R$1 bilhão foi feito à vista, mas ainda assim a divida onerosa ela está mais ou menos igual a que estava no final de 2019. Por culpa nossa, pela conjuntura do futebol que ficou mais caro, pela conjuntura financeira do país e pelo custo da Arena. Quando a gente soma todos esses fatores, de fato tivemos um insucesso. Isso é dado e não adianta querer brigar com isso!