Retrospectiva Kings League Brasil: G3X vai do favoritismo ao tropeço inesperado | OneFootball

A estreia da G3X no primeiro split da Kings League Brasil foi marcada por grandes expectativas, um início promissor e, no fim, uma queda surpreendente que frustrou torcedores e abriu espaço para reflexões dentro do projeto liderado por Gaulês e Kelvin Oliveira.

Favoritismo e peso da experiência

Antes mesmo da bola rolar, G3X e Furia eram tratados como os “bicho-papão” da competição. Diferentemente das outras equipes, os dois já haviam disputado o Mundial de Clubes em 2024, acumulando bagagem, estrutura e elenco de ponta. Não à toa, o imaginário popular já projetava uma final entre eles.

E a fase regular confirmou parte desse favoritismo. A G3X terminou na segunda colocação, com sete vitórias e apenas duas derrotas em nove jogos. Afinal a equipe terminou com 54 gols marcados e 30 sofridos, desempenho que garantiu a segunda melhor defesa da liga e uma campanha sólida.

Lesões e reinvenção do elenco

O caminho, no entanto, foi turbulento. O time perdeu logo na terceira rodada seu maestro, Andreas, que lesionou o ombro contra o Funkbol e ficou fora de todo o split. Já Kelvin, presidente e estrela do time, iniciou o torneio no departamento médico por conta de um problema muscular. Seu retorno aconteceu apenas na sexta rodada, diante do Dendele. Mesmo longe dos 100%, mostrou seu peso: marcou gols em todos os jogos que disputou.

Sem suas duas referências, a G3X precisou buscar soluções. E encontrou. O jovem Kenu, draftado, surgiu como revelação com oito gols, enquanto Ton, vindo do futsal, brilhou com 10 gols e cinco assistências. Na defesa, o goleiro Igor Rezende teve atuações tão consistentes que acabou eleito o melhor goleiro do split.

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Jogos marcantes e tropeços na Kings League Brasil

Durante a primeira fase, a equipe foi superior à maioria dos adversários. Um dos momentos mais celebrados foi justamente o retorno de Kelvin diante do Dendele. Até então, sua participação se resumia ao “pênalti do presidente”, mas o camisa 9 finalmente voltou a decidir dentro de campo.

As duas derrotas, porém, também ficaram na memória. Primeiro, no clássico contra a Furia, em duelo eletrizante que terminou 9 a 7 e foi considerado um dos melhores jogos da Kings League Brasil. Depois, já classificada, caiu para o Nyvelados, por 5 a 4, em jogo sem maiores pretensões.

Queda precoce e frustração

Quando chegou a fase decisiva, o favoritismo virou pressão. Nas quartas de final, a G3X enfrentou o Dendele e acabou surpreendida: derrota dura por 8 a 4, que ainda trouxe mais um revés — Kelvin voltou a sentir lesão e deixou o jogo mancando.

A eliminação não significou apenas o adeus ao título, mas também a ausência no Mundial de Clubes de 2025, um dos principais objetivos da temporada. Assim, para quem projetava, no mínimo, uma final contra a Furia, a queda precoce foi um choque.

G3X teve primeiro split abaixo na Kings League Brazil – Foto: QSI Quality Sports Images

Lições e futuro na Kings League Brasil

Apesar do tropeço, a campanha deixou sinais de esperança. O surgimento de nomes como Kenu e Ton, somado ao retorno próximo de Kelvin e Andreas 100%, dão ao time perspectivas melhores para o próximo split.

Com a base mais estruturada, experiência acumulada e a vontade de provar que ainda é o grande bicho-papão da Kings League, a G3X promete chegar mais forte para a sequência da temporada — e, dessa vez, com a lição de que favoritismo não ganha jogo.

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