Zerozero
·4 de diciembre de 2025
Rio Ave em alerta: dezenas de despedimentos no emblema dos Arcos

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·4 de diciembre de 2025

«De forma abrupta» e sem qualquer «aviso prévio», dezenas de trabalhadores da SAD do Rio Ave foram despedidos nos últimos dias, confirmou o zerozero junto de alguns desses elementos.
A decisão foi tomada pelo investidor Evangelos Marinakis e comunicada diretamente pelo CEO da sociedade vilacondense, Ignacio Beristain.
As primeiras vítimas deste despedimento coletivo foram os funcionários que se encontravam a recibos verdes. No dia 1 de dezembro, feriado, todos eles receberam uma chamada telefónica a dar conta da decisão, sem qualquer explicação adicional.
As equipas de Sub19, Sub17, Sub16, Sub15 e Sub14 perderam vários elementos das respetivas técnicas, de um dia para o outro, o que coloca desde já em causa o normal funcionamento destes escalões.
Treinadores de guarda-redes, analistas, preparadores-físicos e outros técnicos não escaparam a esta política agressiva do milionário Marinakis. Nesta quinta-feira, o número de rescisões forçadas já atingia as três dezenas mas, advertem-nos, o número subirá «nos próximos dias».
A extinção de postos de trabalho não se limitou às equipas técnicas da formação. O scouting, o departamento de marketing, a Comunicação e os assessores da presidência também estão a ser afetados.
O ambiente no histórico emblema dos Arcos, como é fácil perceber, está completamente deteriorado. A insegurança é total e ninguém se sente a salvo, com o dia-a-dia a ser vivido na angústia do próximo telefonema, do próximo despedimento.
Segundo nos garantem, apenas os colaboradores diretos do futebol profissional parecem, para já, estar a salvo.
Evangelos Marinakis, excêntrico proprietário do Olympiakos (desde 2010) e do Nottingham Forest (2017), adquiriu 80 por cento do capital da SAD do Rio Ave no final de 2023.
Fundador e chairman da Capital Maritime & Trading Corp., o grego possui uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões de euros.
Alexandrina Cruz, presidente do clube e da SAD, considerou a chegada de Marinakis aos Arcos «uma oportunidade única» para o redimensionamento do Rio Ave. Os sócios deixaram-se convencer pelos números e objetivos apresentados: investimento de 20,5 milhões de euros, redução do passivo, muitos reforços e melhoria das infraestruturas.
Dois anos depois, é seguro afirmar que poucos dos desígnios foram alcançados.
Há menos de dois meses, a SAD publicitou um prejuízo de 19,3 milhões de euros - um dos motivos para estes despedimentos, dizem-nos -, ao mesmo tempo que a equipa navega nas águas anónimas do meio da tabela: 11º em 23/24, 11ª em 24/25 e... 11º na atual edição.
Reforços, sim. Muitos, abundantes.
O grupo foi radicalmente alterado e em dois anos entraram mais de 40 atletas, entre empréstimos e contratações definitivas - o investimento supera já os dez milhões de euros.
Em relação às infraestruturas, pouco se sabe. O Rio Ave continua a ter apenas uma bancada para acolher espetadores e está a construir atrás de uma das balizas um edifício pré-fabricado que servirá de apoio a todo o futebol profissional.
Falta falar da comunicação com os associados. Esta é a vertente mais fácil de definir, a confiarmos nas informações recebidas: inexistente.









































