Jogada10
·23 de septiembre de 2025
Roberto Assaf: Vasco 1 x 1 Reservas de Filipe Luis. Vitória do Palmeiras

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·23 de septiembre de 2025
O Flamengo, com um time cheio de reservas, obra do técnico que vai embora até o fim da próxima semana, empatou por 1 a 1 com o Vasco. Deu aquele auxílio para que o Palmeiras em breve assuma, sem largar mais, a liderança do Brasileiro, que conquistará com pelo menos cinco rodadas de vantagem.
O Flamengo agora enfrenta o Corinthians em São Paulo. O compromisso com o Estudiantes, quinta-feira, é apenas para cumprir tabela e evitar a desfiliação à Confederação Sul-Americana. O clube conseguiu entregar a vaga aos argentinos dentro do Maracanã, em jogo que poderia ter disparado uma goleada que garantia a classificação, mas o desastre foi quase total. Hoje foram dois pontinhos de graça para os paulistas.
Para Roberto Assaf: Filipe Luís segue errando na estratégia. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Filipe Luis hoje iniciou o seu repertório de bobagens antes da partida, escalando um time reserva para disputar um clássico, o que é inadmissível em qualquer situação. Formou uma equipe sem muita solução, o que deixou evidente, assim que a escalação foi divulgada, que as possibilidades de quebrar a cara em duas frentes, no Brasileiro e na Libertadores, era provável. O curioso é que a direção do clube havia anunciado, antes do começo, que a competição nacional era prioridade.
O problema é que o desespero vai tomar conta de todos, e a aparente mudança de planos deixou a situação na temporada ainda mais complicada, pois se a eliminação no torneio continental é uma formalidade, o desempenho no Brasileiro tende cair cada vez mais, não só pela fragilidade do time que foi para o duelo com o rival, mas pelo que a tabela oferece de dificuldade. O Rubro-Negro enfrenta Corinthians, Bahia, Botafogo, Fortaleza, São Paulo, Atlético Mineiro e Mirassol – todos fora de casa, além do Sport, em Recife, jogo atrasado do primeiro turno.
A política de misturar atletas a cada partida, sem qualquer critério, levará ao fechamento do ano sem mais títulos e a uma cobrança óbvia, sem explicações razoáveis. Vale destacar que o prejuízo não é necessariamente do torcedor, que fica aborrecido após os fracassos.Mas vai cuidar da vida, e sim dos interesses que giram entre a direção e os patrocinadores, que são muitos e valiosos, e que perderão faturamento e prestígio.
Na realidade, o mais incrível é que o torcedor se deixa iludir pela propaganda – jornal, rádio, TV, internet – da mídia, que vive de audiência, e lota em sequência o Maracanã, sem perceber que o Flamengo é um time comum. E que acumula um punhado de resultados medíocres, que vence eventualmente jogos no limite, por contagens apertadas. Mas quase sempre suportando pressão dos adversários, dentro e fora de casa, obtendo resultados – não é exagero – milagrosos. Um exemplo notável foi a vitória de 1 a 0 sobre o Deportivo Tachira, no Maracanã. Diante de um tiroteio do fraquíssimo time venezuelano, que desperdiçou três chances claras no fim, em compromisso que valia a classificação para a fase de mata-mata da Libertadores. Lamentável.
Jogo – Ao contrário do que aconteceu nas últimas partidas entre os adversários, o Vasco decidiu arriscar um confronto equilibrado. Aproveitou, quem sabe, o fato de o Flamengo lançar reservas, e não conseguiu ameaçar.Ms que complicou após tomar um gol aos 10 minutos, quando Léo Jardim soltou uma finalização de Bruno Henrique nos pés de Carrascal: 1 a 0.
Seria necessário, a partir dali, criar até mais que o time atual de São Januário, efetivamente limitado, permite. Mas o que ocorreu é que o efeito é contrário. Ou seja, a partir da metade do primeiro tempo o Rubro-Negro vai cedendo e o adversário, não importa qual, começa a ameaçar.
O Vasco não se abalou com o placar adverso. Aos 24, Rossi fez defesa espetacular em cabeçada de Puma Rodriguez. Aos 29, a testada foi de Rayan, que igualou: 1 a 1. Os comandados de Filipe Luis, ali, já não viam a cor da bola. É o que se diz: basta, a qualquer equipe que enfrenta o Flamengo, decidir atacá-lo, que pode vencê-lo. Aos 35, Robert Renan foi obrigado a sair – por contusão – e deu a vaga a Lucas Oliveira.
O time da Gávea já tinha problemas para superar o meio do campo. Mas é fato que fama criada desde os tempos de Jorge Jesus – que já foram embora faz tempo – mantinha o Vasco cauteloso. Logo, não acontecia nada. Era aguardar as modificações do intervalo. Mas Filipe Luis ampliou o seu repertório, pois não mexeu na equipe, mantendo jogadores medíocres em campo. O Vasco trocou Nuno Moreira por Andrés Gomez, que é, teoricamente, mais ofensivo.
O que houve de interessante, até os 10 minutos, foi o chutão para o alto de Allan, que poderia ter proporcionado uma oportunidade ao adversário. O técnico tirou Ayrton Lucas – com amarelo – e Éverton Cebolinha – estava jogando? – pôs Viña e Samuel Lino. Enquanto isso, Arrascaeta e Pedro no banco… Aos 14, furada espetacular de… Allan. O curioso é que o Vasco, que parecia corajoso, deixava a bola com o Flamengo, que tinha maior posse, mas se enrolava para chegar à área do adversário. Até que aos 19, Saúl acertou o travessão.
Curioso, como dito, é que o Vasco assumiu a retranca, apostando em contra-ataques. E eis que Filipe Luis lançou Arrascaeta e Pedro. É impossível entender as razões para não colocar titulares desde o começo. O desgaste acaba sendo maior. São 30 do segundo tempo, o Flamengo precisa ganhar, e a correria, absurda, passa a ser obrigatória. Depois ficam perguntando porque Jesus ganhava… Entrou Luiz Araújo. Eo Allan ficou.
Aos 35, o Vasco conseguiu uma finalização, de Matheus França, que Rossi pegou, além de dois escanteios e um chutaço, para fora, de David. O Rubro-Negro não consegue concluir os ataques. Filipe Luis, com cara de paisagem, imagina, assim se espera, a vida em Istambul. Aos 44, Pedro, livre errou. O Vasco também quase fez. Mas não fez. E a coisa chegou ao fim.
Dois pontos para o Palmeiras, o provável campeão. Quem sabe essa semana passamos algumas informações sobre a maravilhosa Buenos Aires, para que a delegação do Flamengo não desperdice a chance de desfrutá-la, sem perder tempo com esse compromisso com o Estudiantes, mera formalidade. São poucas cidades do mundo tão espetaculares como a capital da Argentina.