Rui Jorge: «É um período anormal, mas estamos cá para estes desafios» | OneFootball

O selecionador nacional Sub-21 abordou, na Cidade do Futebol, as suas escolhas, os desafios da preparação e a evolução meteórica dos jovens no futebol moderno. A seleção vai realizar dois jogos de preparação, frente à Roménia e à Inglaterra.

Rui Jorge em discurso direto

Dificuldades em fazer a convocatória: «Foi de facto complicado. Estamos a falar de, sensivelmente, 13 jogadores que participaram na qualificação que não podem estar presentes. É um período anormal, mas estamos cá para estes desafios. Vamos nos preparar o melhor possível para uma situação que sabemos que vai ser extremamente dura. Mas compete-nos tentar arranjar a melhor solução possível.»

Transferência de Quenda: «Desejo-lhe a melhor sorte e é a prova que o talento em Portugal continua a existir. Somos um país formador por natureza.»

Objetivos da seleção: «O principal objetivo mantém-se intacto, que é mostrar a qualidade dos jogadores portugueses lá fora. Eu fico satisfeito quando vejo tantos jogadores com idade sub21 na nossa seleção principal, a ombrearem com os melhores jogadores do mundo, e é isso que nos guia como aqui como equipa técnica. De olhos postos no futuro! De resto, é tentar preparar este grupo que é muito diferente do habitual, vamos prepará-lo para algo difícil. Vamos enfrentar duas excelentes seleções, que venceram os seus grupos, portanto vamos preparar-nos e fazer o nosso melhor.»

Relação clubes e seleção: «Existem datas FIFA e, nessas datas, as seleções têm preferência sobre os jogadores. Existe uma data que não é FIFA, como é o caso da fase final do nosso Europeu este ano, em que os clubes é que têm a preferência. Nesta data específica que vamos entrar, nós poderíamos ter os jogadores connosco, mas faz parte do bom senso, sabendo que corro o risco de não os ter, tentar preparar já com aqueles que à partida estarão disponíveis. Já tinha alertado no estágio anterior e cabe-nos a nós preparar-nos. Mas nem tudo é mau, temos vários jogadores a terem oportunidade quando normalmente não têm.»

Mandato de Pedro Proença: «Estive na cerimónia e ouvi o que o presidente disse. Ainda não tive oportunidade de falar diretamente com ele, mas de qualquer forma o nosso trabalho prossegue como sempre. Só espero é que no final, a opinião de presidente sobre mim e a minha equipa técnica seja a melhor.»

Evolução dos jovens no futebol moderno: «No passado isso também já existiu, com os foras de série. Claro que hoje em dia os clubes trabalham melhor a formação e estamos a colher esses frutos. Jogadores mais novos e mais preparados mais cedo estão de facto a surgir. Portugal deve-se orgulhar dos quadros competitivos que conseguiu criar e os clubes do trabalho que têm desenvolvido.»

Segunda liga enquanto espaço competitivo: «É uma visibilidade diferente para mostrarem a qualidade que têm. Cabe-nos, quanto equipa técnica, observar as diversas competições para tentar trazer e proporcionar um bom espaço para esses jogadores.»