Zerozero
·13 de octubre de 2025
SAD do SC Braga com resultado negativo perto dos 11 milhões de euros

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·13 de octubre de 2025
O SC Braga revelou publicamente esta segunda-feira os resultados financeiros da sua SAD em 2024/25. Os minhotos apresentaram, neste período, um resultado líquido negativo de 10,985 milhões de euros.
Os minhotos apontam a última temporada como um momento de investimentos significativos, como a «aquisição de atletas de alto potencial» e a construção do Estádio Amélia Morais, que serve as equipas femininas e de formação do clube.
A estrutura da SC Braga SAD recorda também que as vendas de Roger Fernandes e Simon Banza, que geraram um valor superior a 40 milhões de euros, apenas vão ser contabilizadas nos resultados de 2025/26.
Os Gverreiros viram o passivo aumentar (100,763 milhões de euros), mas conseguiram apresentar uma verba de ativo recorde: 169,783 milhões de euros.
«A Sporting Clube de Braga – Futebol, S.A.D. (doravante abreviadamente designada “Braga SAD” ou “Sociedade”) vem apresentar os principais indicadores económico-financeiros referentes à época desportiva 2024/2025.
Num exercício marcado por um contexto de investimentos significativos – quer a nível desportivo com a aquisição de direitos de atletas de enorme potencial, quer a nível infraestrutural com destaque para a edificação do Estádio Amélia Morais – e de consolidação do seu projeto, a Braga SAD registou um EBITDA positivo de 6,162 Milhões de Euros e um resultado líquido negativo de 10,985 Milhões de Euros. Estes investimentos, naturalmente estratégicos para o crescimento futuro da Sociedade, acarretaram um acréscimo expressivo nas depreciações e amortizações registadas, o que contribuiu de forma significativa para o resultado líquido apresentado.
O resultado em apreço poderia ter sido facilmente revertido se a Administração da Sociedade tivesse aceitado propostas pelos direitos desportivos dos seus principais atletas. Contudo, tendo em conta a estratégia da Braga SAD, prevaleceu a vontade de preservar o talento interno e manter uma base forte e consolidada com vista a serem alcançados os objetivos propostos para o arranque de 2025/2026 (nomeadamente a entrada na UEFA Europa League). A corroborar a assertividade destas opções estão as vendas dos direitos desportivos dos atletas Roger Fernandes e Simon Banza (pelo valor conjunto superior a 40 Milhões de Euros), ocorridas no mercado de transferências último, mas já depois do fecho do exercício em apreço.
Note-se que os resultados líquidos da Braga SAD nos últimos exercícios económicos têm-se apresentado sobremaneira positivos – efetivamente, os resultados acumulados dos exercícios económicos anteriores excedem os 74,005 Milhões de Euros positivos – facto que ilustra o carácter excecional do resultado apresentado.
A Sociedade gerou rendimentos globais de 69,750 Milhões de Euros, um decréscimo comparativamente com o período homólogo, justificado, essencialmente, por força da participação na UEFA Europa League, por oposição à presença na UEFA Champions League conseguida na temporada 2023/2024. Os rendimentos operacionais (excluindo operações com direitos de atletas) atingiram os 34,526 Milhões de Euros.
Os gastos operacionais (excluindo operações com direitos de atletas) ascenderam a 62,041 Milhões de Euros. Pela sua representatividade, refira-se que os gastos com pessoal denotaram uma relativa estabilidade, fixando-se em 39,470 Milhões de Euros. Este valor inclui remunerações, prémios de assinatura e produtividade (individuais e coletivos) e respetivos encargos sociais, seguros, entre outros, com atletas, treinadores e staff que compõe as equipas da Braga SAD, nomeadamente formação (sub-15, sub-16, sub-17 e sub-19), equipa sub-23, equipa B e equipa principal, tanto masculino como feminino, e demais colaboradores.
No que se refere à posição financeira, o Ativo atingiu os 169,783 Milhões de Euros, o maior de sempre registado pela Sociedade, verificando-se um crescimento de 1,750 Milhões de Euros face à temporada transata. O investimento efetuado pela Braga SAD na sua Cidade Desportiva, nomeadamente no Estádio Amélia Morais, inaugurado em fevereiro de 2025, foi preponderante para o número apresentado.
De adicional importância no ativo da Sociedade, surgem os valores a haver de terceiros (em particular decorrentes da alienação de direitos de inscrição desportiva de atletas) e o valor do respetivo plantel – neste caso concreto, nunca deverá ser descurada a sua considerável subavaliação que, mensurado ao custo de aquisição, não reflete o seu efetivo valor de mercado, especialmente no que respeita aos jovens formados na Cidade Desportiva, inequivocamente um dos principais ativos da Sociedade.
Por sua vez, o Passivo ascendeu a 100,763 Milhões de Euros, denotando um acréscimo de 12,735 Milhões de Euros (14%) que deverá ser enquadrado, contudo, num contexto de investimentos relevantes quer no reforço do plantel principal da Sociedade (designadamente na aquisição da totalidade dos direitos económicos do atleta Ricardo Horta e na aquisição dos direitos de inscrição desportiva dos atletas Arrey Mbi e Roberto Fernandez), quer na melhoria das suas infraestruturas.
A Braga SAD concluiu a temporada 2024/2025 com Capitais Próprios positivos de 69,020 Milhões de Euros, cenário que permite uma autonomia financeira de 41%.»