São Paulo x Atlético Nacional: O pesadelo Borja, erros de arbitragem e expulsões tricolores marcaram último duelo pela Libertadores-16 | OneFootball

Um jovem Calleri até marcou no confronto, mas acabou eliminado (Foto: Friedemann Vogel/Getty Images)

MARCIO MONTEIRO

O São Paulo de 2016 vinha embalado. Comalguns nomes de peso no elenco, como Ganso, Lugano, Michel Bastos e uma ainda jovem revelação, Calleri, o time do então bicampeão da América Edgardo Bauza criou casca durante a Libertadores daquele ano e chegou na semifinal favorito, deixando a torcida esperançosa por mais um título. Mas tinha pela frente um perigoso Atlético Nacional.

O primeiro jogo era no Morumbi, para abrir boa vantagem no confronto. O Tricolor, no entanto, sentia a baixa de seus dois grandes criadores à época, Ganso, pelo meio, e Kelvin, ponto arisco que se destacou pelo time naquela Libertadores.

UM PESADELO CHAMADO BORJA

A 1ª etapa foi de domínio são-paulino, mas que enfrentava um grande time como rival. Foram do Tricolor as melhores chances, obrigando boas defesas do goleiro Armani. No segundo tempo, o zagueiro Maicon, reforço que custou uma fortuna ao clube, meteu a mão na cara do rival Borja e acabou expulso. Jogadores, torcedores e até veículos de imprensa, no entanto, acharam certo exagero a punição.

O atacante colombiano levou só cartão amarelo na confusão e continuou em campo. E decidiu o jogo. O primeiro gol de Borja veio aos 36 minutos do 2º tempo, oito minutos após a expulsão de Maicon. Pouco depois, aos 43, após outra grande jogada do Nacional, o artilheiro foi as redes de novo.

Borja aterrorizou a defesa tricolor e marcou os quatro gols do Atlético Nacional (Foto:/Getty Images)

VALENTE, MAS ELIMINADO NA COLÔMBIA

A decisão ficou para o estádio Atanasio Girardot, em Medellín, com o São Paulo precisando de no mínimo dois gols. Com Lugano no lugar do suspenso Maicon e mudanças de Bauza no ataque, Calleri marcou logo aos 8 minutos, após cruzamento de Michel Bastos.

Mas o dono daquela Libertadores estava imparável. Ainda na primeira etapa, Borja empatou o jogo e virou em cobrança de pênalti na segunda etapa, decretando a vitória dos colombianos por 2 a 1, 4 a 1 no agregado da semifinal, eliminando o valente São Paulo.

ERROS DA ARBITRAGEM E MAIS EXPULSÕES

Já nos minutos finais do 1º tempo, o são-paulino Hudson se preparava para chutar ao gol, quando Bocanegra o derrubou na área. Pênalti claro que o juiz não assinalou, que fez com que os jogadores do Tricolor fossem irritados aos vestiários.

Outro lance que gerou revolta na equipe do Morumbi foi lance no segundo tempo, em um cruzamento do Nacional para a área tricolor, que o árbitro assistente marcou mão do lateral esquerdo Carlinhos. Por reclamação, Lugano recebeu cartão amarelo, e Borja marcou de pênalti.

Depois, nova confusão com os são-paulinos indignados, e Lugano e Wesley acabaram expulsos de campo. O São Paulo deixou o estádio eliminado e indignado com tudo que aconteceu no gramado. O Atlético Nacional, que foi realmente o melhor time naquele ano, acabou campeão da Libertadores 2016.

A história pode ser reescrita na noite desta terça-feira (12), quando o Tricolor visita os rivais colombianos no estádio Atanasio Girardot, em Medellín, a partir das 21h30 (de Brasília).