Coluna do Fla
·9 de agosto de 2025
Sensação do Mirassol, Chico da Costa relembra “noites inesquecíveis” contra Fla e aponta vantagem para jogo do Brasileirão

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·9 de agosto de 2025
Contratado pelo Mirassol no meio do ano, Chico da Costa é a sensação do time do interior paulista neste Brasileirão. Com quatro gols em cinco jogos, o centroavante vai reencontrar o Flamengo neste sábado (09), a partir das 18h30 (horário de Brasília), no Maracanã. O atacante enfrentou o Mais Querido duas vezes, no ano passado, quando defendia o Bolívar (BOL), na Libertadores. Apesar de uma vitória e uma derrota, o atleta tratou como “noites inesquecíveis” as batalhas continentais.
Foto: Divulgação/ Mirassol
Além disso, Chico da Costa falou, com exclusividade para a reportagem do Coluna do Fla, sobre o jogo de logo mais, pela 19a rodada do Brasileirão. O atacante reconhece que o fato de o Mirassol ter apenas uma competição para jogar pode ser um diferencial no embate deste sábado (09), mas valorizou o poder do elenco do Flamengo como um cuidado que o time paulista precisa ter.
— Eu acho que a questão física, as pessoas não veem, mas a gente que sente na pele, assim, é complicado estar jogando fim de semana, meio de semana e com viagens, né? Então, acredito que a gente possa estar melhor descansado, mas isso nunca quer dizer mais preparado, né? Porque tem outros fatores, além do fator físico, que são essenciais durante o jogo —, disse Chico da Costa, ao Coluna do Fla.
— Podemos falar que, talvez, a gente esteja mais descansado, né? Mas “melhor preparado”, a gente só vai ver dentro de campo. Por isso, no Brasil, é tão importante ter um elenco, por esse calendário maluco, quantidade de viagens, em jogo. É muito importante ter um elenco forte, e a gente confia no nosso elenco. Mas a gente também consegue olhar para o elenco do Flamengo e saber que eles também estão muito preparados —, acrescentou o atacante.
Foto: Divulgação/ Bolívar
Apesar de ser brasileiro, Chico da Costa enfrentou o Flamengo apenas duas vezes na carreira, pelo Bolívar, na primeira fase da Libertadores do ano passado. Na altitude, os donos da casa ganharam por 2 a 1, com direito a gol do atacante do Mirassol logo com dois minutos. Já no Maracanã, o Mengão atropelou e fez 4 a 0. Ao ser questionado pelo Coluna do Fla se os embates do ano passado trazem alguma lição, o centroavante preferiu não destacar um nome, e sim o conjunto rubro-negro.
— O jogo de hoje, eu acho que a gente não pode se preocupar em tomar cuidado com um jogador. O Flamengo só é o Flamengo pelo conjunto que tem, e não é de hoje, é de muitos anos. Além de ter, em cada setor do campo, recursos individuais muito bons também, o conjunto é muito bom, é muito bem treinado. E é o Maracanã também. Então, é um baita cenário: o time está preparado, está motivado, sabe o que tem que fazer —, comentou Chico.
— E o alerta não sou eu que preciso dizer. Cada um tem consciência do que tem que fazer hoje, está todo mundo confiante, todo mundo unido também. E jogar no Maracanã é sempre um sinônimo de felicidade pelo que representa esse estádio, e não só para o Flamengo, mas para todo o Brasil —, pontuou.
Foto: Divulgação/ Conmebol
Depois dos confrontos na Libertadores do ano passado, Chico da Costa acabou negociado com o Cerro Porteño (PAR), onde fez 45 jogos e dez gols. Por isso, o centroavante não enfrentou o Flamengo nas oitavas de final, quando o sorteio colocou novamente o Bolívar no caminho rubro-negro. Apesar de ter sofrido goleada na primeira fase, o centroavante guarda boas memórias dos duelos.
— Falar desses dois jogos do Flamengo é importante para mim, porque eu acho que, principalmente o jogo da ida, em La Paz, foi muito especial, um jogo que a gente precisava ganhar. Eu acabei fazendo o gol muito rápido, era aniversário da minha avó também, consegui lembrar de dedicar o gol pra ela, e meu pai estava me assistindo também em La Paz, me visitando junto com meu irmão. E também pela questão do Bruno Sávio (meia do Bolívar): a mãe dele tinha falecido poucos dias antes do jogo, ele não conseguiu viajar para o Brasil, ficou em La Paz, entrou no jogo, deu assistência para mim e conseguiu fazer o gol da vitória também. Eu tenho um carinho muito grande pelo Bruno, então lembro dessa noite em La Paz como uma noite muito especial —, relembrou Chico.
— São coisas que não acontecem sempre. O jogo do Maracanã, eu tenho boas lembranças também, apesar do resultado. Eu lembro da alegria que a gente tinha no vestiário, da oportunidade de jogar não só contra o Flamengo, no Maracanã, mas numa quarta-feira em noite de Libertadores. Acho que o Flamengo conseguiu matar o jogo no começo e não deu tempo para que a gente se equilibrasse emocionalmente na partida, ou que eles mesmos se desestabilizassem um pouco, porque o Flamengo precisava ganhar para somar no grupo e se classificar. Acho que foi uma noite bem bonita também —, recordou o atacante do Mirassol.
“Falar sobre estratégia é complicado, porque a gente vai acertando detalhes a cada jogo, dependendo do rival. Mas, no final das contas, acho que são detalhes. O Mirassol tem uma identidade de jogo que é importante não mudar por completo. A gente pode aceitar algumas mudanças, dependendo de cada jogo, mas sem perder a nossa essência. A gente espera fazer um bom jogo no Maracanã, sem perder a nossa essência. Independentemente da estratégia, acho que é importante não perder a nossa essência”.
“Olha, eu não tive a oportunidade de acompanhar com tanta frequência o arranque do campeonato, porque estava fora, mas, quando chegou a proposta do Mirassol na minha mesa e eu pude realmente dar uma olhada no que o Mirassol vinha fazendo, é um trabalho, assim, invejável, muito organizado e, talvez, surpreenda as pessoas que não acompanham”.
“Mas acho que, quem está ali no dia a dia, vendo o trabalho e tal, não é nenhuma surpresa, se não são os frutos que nós estamos colhendo daquilo que a gente vem plantando. O trabalho é muito sólido, é muito forte, a gente trabalha de forma inteligente também, a gente sabe o que quer. Então, acredito que seja uma surpresa para o Brasil, seja uma surpresa em questão de favoritismos, mas, para os profissionais que trabalham no Mirassol – jogadores, corpo técnico, staff, diretoria – não é nenhuma surpresa”.
“E voltar, foram muitas coisas. Primeiro, casualidade. Eu acabei não jogando muito esse semestre no Cerro (Porteño), tive lesões. Falei com o treinador e a gente decidiu que seria melhor eu buscar meus passos, sair por empréstimo, já que o Cerro Porteño comprou meu passe do Bolívar há um ano, então não ia se desfazer de um jogador assim. Apareceu a proposta do Mirassol, eu estava com saudade do Brasil, essa é a verdade, querendo me provar também na Liga Brasileira”.
“Então, juntou tudo certo no tempo certo, coincidiu, juntou também um clube como o Mirassol, que vinha fazendo uma boa campanha, tem uma estrutura muito boa, um projeto esportivo muito bom. E eu cheguei, cheguei motivado, feliz de estar de volta no Brasil depois de tanto tempo, com saudade do Brasil, saudade de casa, a saudade da minha família. Então, foram vários fatores que fizeram possível a minha chegada”.
Foto: Divulgação/ Cerro
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