Um resumo do que foi a reunião do Conselho Deliberativo do Inter | OneFootball

O Conselho Deliberativo do Internacional viveu uma noite movimentada nesta segunda-feira (10), marcada por debate intenso, rejeição à proposta de reforma estatutária e protestos de torcedores nas dependências do Beira-Rio. Em sessão extraordinária conduzida pelo presidente do Conselho, Gustavo Juchem, os conselheiros votaram contra o texto elaborado pela Comissão Permanente de Assuntos Legislativos, Estatutários e Regimentais (CPALER). O resultado foi expressivo: 221 votos contrários, 55 favoráveis e cinco abstenções, totalizando 281 votos registrados por meio do aplicativo do órgão.

A proposta, que buscava atualizar pontos do estatuto do clube e modernizar práticas de governança, foi defendida pelo presidente da CPALER, Ricardo Ferreira Breier, e pelo conselheiro Leonardo Aquino Bublitz de Camargo, redator do texto. Segundo ambos, o projeto foi construído com base em 229 sugestões enviadas por conselheiros e associados, com o objetivo de aprimorar os mecanismos de gestão e transparência. Apesar dos esforços da comissão, a proposta enfrentou forte resistência de grande parte dos conselheiros, que argumentaram falta de consenso e necessidade de ajustes mais amplos antes de qualquer votação definitiva.

Durante a reunião, uma proposta de adiamento da votação, sugerida por uma comissão especial que analisava modelos de governança e financiamento, também foi rejeitada pela maioria, o que manteve o cronograma original da deliberação. Ao todo, oito conselheiros se manifestaram na tribuna — sete contrários e apenas um favorável ao novo texto.

Fora do Salão Nobre, o clima foi de tensão. Um grupo de torcedores conseguiu ultrapassar o bloqueio de segurança e protestou contra a gestão de Alessandro Barcellos, lançando notas falsas de dinheiro e entoando gritos de “Fora Barcellos”. A segurança do clube conteve os manifestantes e impediu a entrada deles no local.

Com o resultado, o estatuto do Internacional permanece inalterado, e a CPALER deve agora reavaliar os pontos mais criticados antes de uma possível nova tentativa de reforma em 2026.