Esporte News Mundo
·15 de octubre de 2025
Veja crimes da denúncia do MP contra Andrés Sanchez e gerente do Corinthians

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·15 de octubre de 2025
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O promotor Cássio Roberto Conserino, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), concedeu, nesta quarta-feira (15), uma coletiva de imprensa no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste da capital paulista, para detalhar a investigação sobre irregularidades financeiras no Corinthians durante a gestão de Andrés Sanchez.
O MPSP agora aguarda a decisão da Justiça de São Paulo, que pode acatar a denúncia ou determinar seu arquivamento.
Segundo o promotor, o Ministério Público ofereceu denúncia contra o ex-presidente e o atual gerente financeiro do clube, Roberto Gavioli, pelos crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário.
“Andrés Navarro Sanchez e Roberto Gavioli, respectivamente ex-presidente e atual gerente financeiro do Sport Club Corinthians Paulista, são denunciados por possíveis crimes de apropriação indébita agravada, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário. Há também pedido de constituição do crédito tributário em relação ao senhor Andrés, uma vez que a conduta descrita na denúncia resultou em acréscimos patrimoniais ilícitos. No direito tributário, é uniforme o entendimento de que são tributáveis os proventos de qualquer natureza, independentemente da origem”, explicou Conserino.
“Trocando em miúdos, trata-se de denúncia com dois crimes antecedentes, apropriação e falsidade de documentos fiscais, que podem, posteriormente, configurar sonegação fiscal“, complementou.
Cássio Conserino afirmou ainda que as diligências prosseguirão e que a gestão de Duílio Monteiro Alves (2021–2023) será o próximo foco das investigações.
Em nota, o Corinthians informou que afastou Roberto Gavioli de suas funções, por tempo indeterminado e sem remuneração, para que o dirigente possa defender-se da denúncia feita pelo MPSP.
Além disso, o Alvinegro afirmou que está acompanhando a denúncia envolvendo o ex-presidente, colocando-se à disposição das autoridades.
A defesa de Andrés Sanchez disse que foi “surpreendida” com o oferecimento da denúncia. Além disso, os advogados informaram que houve um excesso na acusação.
O Sport Club Corinthians Paulista informa que afastou de suas funções nesta quarta-feira (15) – por tempo indeterminado e sem remuneração- o superintendente financeiro do Clube, Roberto Gavioli, para que o mesmo possa defender-se da denúncia oferecida pelo Ministério Público.
O Corinthians esclarece ainda que acompanha com atenção a denúncia envolvendo o ex-presidente Andrés Navarro Sanchez, colocando-se à disposição para fornecimento de documentos e informações necessárias ao Ministério Público e órgãos internos do clube como Conselho Deliberativo, CORI (Conselho de Orientação), Conselho Fiscal e Comissão de Ética.
A Diretoria Executiva do Corinthians reforça seu comprometimento na colaboração com as investigações do Ministério Público e dos órgãos internos do clube.
A defesa de Andrés Navarro Sanchez, representada pelo advogado Fernando José da Costa, informa que foi surpreendida com o oferecimento de uma denúncia distribuída em apartado, sem juntada ao procedimento investigatório ao qual possui acesso. O teor da acusação só se tornou conhecido após coletiva de imprensa convocada pelo promotor responsável, que anunciou a denúncia por supostos delitos de apropriação indébita, crimes tributários e lavagem de capitais. A defesa destaca, desde já, a inépcia da peça acusatória e o evidente excesso na imputação, reiterando que a inocência de Andrés será comprovada ao longo do processo, agora presidido pelo imparcial Poder Judiciário
Há menos de um mês, o MPSP havia solicitado à Justiça o afastamento de Andrés Sanchez, Augusto Melo e Duílio Monteiro Alves, os três últimos presidentes do clube, dos conselhos deliberativo e de orientação do Corinthians.
Em julho, extratos bancários vazados nas redes sociais mostraram movimentações financeiras de Andrés Sanchez. O ex-presidente admitiu ter utilizado um cartão corporativo do clube para despesas pessoais em 2020, mas afirmou ter ressarcido o valor aos cofres corinthianos após o episódio.