World Sevens Football: a festa do futebol feminino no Estoril, com Benfica e outros emblemas icónicos | OneFootball

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·23 de mayo de 2025

World Sevens Football: a festa do futebol feminino no Estoril, com Benfica e outros emblemas icónicos

Imagen del artículo:World Sevens Football: a festa do futebol feminino no Estoril, com Benfica e outros emblemas icónicos

O Estádio António Coimbra da Mota foi o palco escolhido para acolher a primeira edição do World Sevens Football, o mais recente torneio de elite do futebol feminino. Este evento distingue-se por ter um formato inovador, sendo disputado em futebol de 7 e não no tradicional futebol de 11.

Benfica, Ajax, Roma, Bayern München, Manchester CityManchester UnitedPSG e FC Rosengard, clubes de renome, entraram em competição com o objetivo de conquistar o troféu e um prémio monetário de cerca de 4,5 milhões de euros.


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Esta prova surge também como uma espécie de aquecimento para a final da UEFA Women's Champions League, que colocará frente a frente o FC Barcelona e o Arsenal neste sábado, no Estádio José Alvalade.

Desta vez, o relvado da Amoreira apresentava-se em dimensões reduzidas, adaptado ao formato de futebol 7. No entanto, isso não comprometeu a qualidade dos jogos. Todas as equipas participantes disputaram dois encontros decisivos esta quinta-feira - as últimas duas jornadas da fase de grupos - ficando as eliminatórias definidas ao final do dia.

O ambiente nas bancadas manteve-se animado desde o primeiro apito. Os apaixonados por futebol mostraram-se incansáveis no apoio às equipas. No final de cada jogo, era habitual ver uma verdadeira enchente de fãs a pedir camisolas e acessórios às futebolistas.

Este modelo de competição mantém os adeptos em constante expectativa. As substituições frequentes, aliadas ao campo mais compacto, tornam mais fácil chegar à área adversária. Quando a isso se junta o talento de algumas das melhores jogadoras do mundo, o resultado é um espetáculo único - emoção minuto a minuto.

Fase de grupos definidas: não há surpresas

Depois de um primeiro dia marcado por jogos intensos e equilibrados (Manchester City 4-0 Rosengard; Roma 2-3 Manchester United; Ajax 2-4 Bayern München; PSG 2-1 Benfica), uma coisa tornou-se evidente: a luta para acabar no topo dos grupos iria ser até à última jornada. Sem tempo para grandes pausas, as jogadoras mantiveram-se a um nível competitivo elevado ao longo do segundo dia de prova.

Grupo 1

O Manchester City bateu o Ajax nas grandes penalidades (2-2, 6-5 g.p.) e garantiu um lugar nas meias, enquanto o Bayern assegurou a qualificação ao vencer o Rosengard por 4-0. Na segunda sessão, os bávaros voltaram a brilhar ao derrotar o Man. City por 3-1. Já entre as equipas eliminadas, o Ajax superou o Rosengard por 2-0, com destaque para a jovem Lily Yohannes, de apenas 17 anos, que assinou uma exibição memorável - um autêntico pesadelo para as adversárias.

Grupo 2

No grupo do Benfica, o PSG venceu a Roma por 2-1, com destaque para Romée Leuchter, que marcou o golo decisivo nos minutos finais e garantiu a passagem do seu clube às meias-finais. No segundo jogo, frente ao Manchester United, o conjunto francês voltou a empatar, mas acabou derrotado nas grandes penalidades (2-2, 7-6 g.p.), encerrando a fase de grupos com uma prestação competitiva, mas sem novo triunfo.

Outro aspeto que se destacou nos jogos desta quinta-feira foi a arbitragem. Diversas juízas estiveram em campo no Estádio António Coimbra da Mota, mantendo um critério uniforme ao longo do dia. O estilo de arbitragem mais permissivo contribuiu para um jogo mais fluido, com menos interrupções e vários momentos de futebol com nota artística.

SL Benfica - Manchester United: força inglesa

O Benfica entrou para o segundo jogo da fase de grupos com a obrigação de vencer, caso quisesse manter vivo o sonho de marcar presença na final four. A derrota na jornada inaugural frente ao PSG (1-2) deixou as contas complicadas.

Antes do torneio, em declarações ao site oficial do clube, a treinadora Filipa Patão mostrava confiança: «Temos a ambição de deixar uma excelente imagem da parte do Benfica e de Portugal.»

Pelo apoio nas bancadas, as águias venceriam todos os jogos, já que a presença da equipa gerava entusiasmo imediato no público. Todavia dentro das quatro linhas, a realidade mostrou-se bem mais dura e exigente.

O Manchester United entrou com tudo e abriu o marcador logo no primeiro minuto. Celin Bizet recebeu no meio-campo, ultrapassou Marit Lund com um chapéu e, ainda de fora da área, assinou um dos golos mais bonitos do torneio.

A pressão inglesa manteve-se constante. Apesar de algumas boas investidas ofensivas por parte do Benfica, a superioridade das red devils era evidente. O marcador chegou aos 3-0, antes de Andreia Norton reduzir com um golo de honra que refletiu, ainda que parcialmente, o esforço das lisboetas.

A verdade é que a intensidade do United parecia de outro nível. As jogadas ofensivas fluíam com naturalidade e a organização defensiva dava a sensação de um verdadeiro muro frente ao ataque encarnado. O Benfica mostrou alma e deixou tudo em campo, mas a eficácia do adversário acabou por ditar o desfecho (3-1).

Benfica - Roma: balde de água fria

Apesar de ambas as equipas já estarem eliminadas, o jogo foi um dos mais emocionantes do torneio - algo inesperado, dado que nada de significativo estava em disputa. Ainda assim, o encontro foi impróprio para cardíacos.

O Benfica abriu o marcador perto dos 10 minutos, por intermédio de Catarina Amado. Após uma bola pingada na área, a jogadora portuguesa aproveitou a recarga do próprio remate para bater a guarda-redes adversária.

A dois minutos do fim, a Roma beneficiou de uma grande penalidade e Alaya Pilgrim empatou com um remate fortíssimo. No minuto seguinte, Evelyne Viens concretizou a reviravolta no marcador.

Com pouco tempo por jogar, os adeptos encarnados já mostravam desânimo, mas, nos últimos suspiros, Jody Brown restabeleceu o empate (2-2) após uma boa combinação entre as duas Andreias.

No prolongamento, Cristina Martín-Prieto insistiu em várias ocasiões, mas sem sucesso. No desempate por penáltis, Andreia Faria falhou a sua tentativa e Emilie Haavi selou a vitória das giallorossi (2-2, 0-1 g.p.).

Voz às protagonistas

Christy Ucheibe, jogadora do Benfica, comentou o duelo frente ao Manchester United na zona mista: «Foi um jogo duro contra uma das melhores equipas do mundo. Tentámos dar o nosso melhor. É futebol, podemos ganhar ou perder.»

A defesa encarnada aproveitou ainda para falar sobre a prova: «Penso que este é um bom torneio e quero agradecer a quem o tornou possível. Fizeram um ótimo trabalho.»

Após as três derrotas, a treinadora Filipa Patão refletiu sobre a prestação da equipa e o valor da experiência: «Faz parte do nosso crescimento e da nossa caminhada. Precisamos deste tipo de jogos», afirmou, conforme pode ver no vídeo abaixo.

De recordar que, tal como o zerozero confirmou, Filipa Patão deixará o comando técnico do Benfica com efeito imediato.

Evelyne Viens, jogadora do Roma, deixou elogios à formação lisboeta: «No ano passado, o Benfica fez um grande trabalho na Champions. É uma equipa habilidosa», afirmou.

Último dia coroa o campeão

O último dia do World Sevens Football, esta sexta-feira, 23 de maio, promete ser em grande. Com as meias-finais definidas (Bayern-PSG e Manchester United-Manchester City), as vencedoras disputarão a final, enquanto as perdedoras lutarão pelo terceiro lugar.

O dérbi de Manchester, agendado para as 15 horas, será certamente um dos pontos altos do dia. Depois de uma temporada equilibrada na WSL, onde os reds venceram uma partida e a outra terminou empatada, United e City voltam a medir forças, agora num contexto mais imprevisível como o futebol 7. A rivalidade mantém-se intacta e qualquer detalhe poderá ser decisivo para que uma das equipas garanta presença na final.

Na outra meia-final, Bayern e PSG (16h30) protagonizam um duelo entre duas equipas com histórico europeu. As alemãs chegam com a melhor média ofensiva do torneio, enquanto as francesas apostam na experiência. Os jogos de ambas equipas têm sido verdadeiros shows e este embate promete.

E no Estoril, onde bem perto se joga no casino, só uma equipa vai sair com o jackpot. No fim do dia, alguém vai dar cartas... e ser coroada campeã.

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