A vontade de vencer foi grande, mas a de se complicar foi maior | OneFootball

A vontade de vencer foi grande, mas a de se complicar foi maior | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: MundoBola Flamengo

MundoBola Flamengo

·22 septembre 2025

A vontade de vencer foi grande, mas a de se complicar foi maior

Image de l'article :A vontade de vencer foi grande, mas a de se complicar foi maior
Image de l'article :A vontade de vencer foi grande, mas a de se complicar foi maior

A decisão de poupar jogadores, ainda mais quando se trata de um clássico, é dessas que quase sempre jogam o treinador naquele famigerado abismo entre ser chamado de besta ou de bestial. Se der certo foi uma decisão brilhante, que garantiu os pontos sem cansar jogadores essenciais, se der errado a pessoa se complica pelos dois lados, porque não só o resultado não veio como ainda surge mais pressão para o jogo seguinte, aquele pro qual a galera foi poupada.

Então quando Carrascal abriu o placar neste domingo, diante do Vasco, o cenário era tudo que Filipe Luís poderia querer. Uma possível vitória, a manutenção da distância em relação ao Palmeiras na liderança e ainda por cima poupando titulares como Arrascaeta, Pedro, Léo Pereira e Varela? Tudo certo, nada de errado, absolutamente o sonho de todo treinador.


Vidéos OneFootball


Porém não foram preciso mais de vinte minutos pra uma jogada bisonha da nossa defesa colocar tudo a perder. Bola alta na área, Rossi estava ao mesmo tempo indeciso, branco e nulo, Carrascal não subiu e por alguma razão Ayrton Lucas já se encontrava dentro do gol. Resultado? Empate do Vasco, dois pontos sendo jogados no lixo, a decisão de poupar jogadores que 30 segundos atrás era brilhante agora já se tornava questionável, se bobear temerária.

No começo do segundo tempo a situação era bem parecida. Um Flamengo perdido em campo não criava grandes jogadas, mantendo um jogo equilibrado com um Vasco tecnicamente inferior, mas que tentava igualar as ações através da disposição e da vantagem numérica, já que a equipe cruzmaltina entrou em campo com 11 seres humanos enquanto o escrete de Filipe Luís se apresentava com 10 jogadores e Allan, a primeira criatura do reino Monera a disputar uma partida com a camisa rubro-negra.

Então chega a hora de despoupar os atletas poupados. Primeiro entra Samuel Lino, aí Vina ganha oportunidade, depois Arrasca e Pedro e então até Luiz Araújo. E ainda que o time tenha sim subido de produção e finalmente começado a criar mais chances - ainda que dando espaços para o adversário - nada disso foi o bastante para resolver a partida e garantir a vitória que o Flamengo precisava.

O cenário então acaba não sendo dos melhores. A distância para o Palmeiras no Brasileirão? Virtualmente não existe mais, já que são dois pontos de vantagem com um jogo a mais. A pressão para a Libertadores? Ainda maior, além da certeza de que o árbitro provavelmente será Juan Sebastian Verón, o presidente do Estudiantes, usando uma peruca loira. O trauma de quem precisou testemunhar Allan em campo com a camisa do Flamengo durante dois tempos inteiros? Incomensurável, se tratando de um filme de terror mais longo até do que “O massacre da serra elétrica” (83 minutos) ou “A Bruxa de Blair” (89 minutos).

Todas situações absolutamente contornáveis, claro. Ainda enfrentamos a equipe paulista em pleno Maracanã, já demonstramos uma grande superioridade técnica diante dos adversários argentinos, assim que a ONU aprovar a transformação do Flamengo em nação simbólico-cultural poderemos pedir uma extradição simbólico-cultural do volante Allan. Mas ainda assim, pra um clube que está mesmo priorizando o Brasileiro, certos moles não podem ser dados. E perder pontos assim, pra uma equipe como o Vasco, com certeza está nessa lista.

À propos de Publisher