Abel Braga causa polêmica com frase homofóbica, vira alvo de críticas e corre para pedir desculpas  | OneFootball

A reapresentação de Abel Braga ao Sport Club Internacional, neste domingo, transformou-se rapidamente em um dos episódios mais comentados — e também mais polêmicos — do futebol brasileiro em 2025. O treinador multicampeão, convocado de última hora para tentar salvar o clube do rebaixamento nas duas rodadas finais do Brasileirão, acabou protagonizando uma fala homofóbica durante sua coletiva oficial, gerando forte repercussão nas redes sociais, na imprensa e entre torcedores.

Tudo aconteceu quando Abel, ao comentar bastidores da conversa com D’Alessandro e a dinâmica do vestiário no período de sua chegada, fez referência à camisa rosa utilizada pelo elenco no mês de outubro, durante a campanha de conscientização sobre o câncer de mama. A frase do treinador chocou:

“Eu fiz uma brincadeira, no fundo ele (D’Ale) deu esporro em todo mundo. Eu falei: ‘Pô, eu não quero a porra do meu time treinando de camisa rosa, parece time de viado’.”

A declaração rapidamente viralizou e gerou críticas imediatas, especialmente diante da relevância do Outubro Rosa e do avanço das discussões sobre respeito e inclusão no esporte. A pressão cresceu em minutos. Internautas cobraram posicionamento do clube e chamaram atenção para o peso de um discurso preconceituoso vindo de um profissional que retorna justamente para tentar unir e mobilizar o ambiente em um momento crítico.

Percebendo a repercussão negativa, Abel Braga recuou poucas horas depois e publicou um pedido de desculpas nas redes sociais. Em nota curta, o treinador tentou estancar a crise:

“Colorados e coloradas, em primeiro lugar reconheço que não fiz uma colocação boa sobre a cor rosa durante a minha coletiva. Antes que isso se prolifere, peço desculpas. Cores não definem gêneros. O que define é caráter. O Internacional precisa de paz e muito trabalho. Vamo, vamo Inter!”

O pedido de desculpas não eliminou o debate, mas abriu margem para que o foco — ao menos internamente — volte para o campo, onde Abel terá a missão mais difícil de sua carreira: evitar o segundo rebaixamento do Inter. Contudo, a polêmica já marca sua oitava passagem e adiciona mais tensão ao ambiente que ele tenta reconstruir em poucos dias.