Zerozero
·7 avril 2025
Alvalade tem sido <i>casa de horrores</i> para o SC Braga: «Não vão mudar os princípios»

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·7 avril 2025
A temporada 2024/2025 está a entrar numa fase decisiva e todos os jogos até os instantes finais serão importantíssimos para os objetivos de cada equipa. Sporting e SC Braga vão enfrentar-se esta segunda-feira, no encontro que encerra a 28.ª jornada da Liga Portugal Betclic. Uma das partidas de maior destaque, após o duelo entre FC Porto e Benfica.
Rui Borges contra Carlos Carvalhal. Rui Silva contra Lukas Hornicek. Trincão contra Ricardo Horta. Vários são os embates de qualidade neste duelo no Estádio José Alvalade, que marcará a 163.ª edição desta 'guerra': 100 vitórias para o Sporting, 25 empates e 37 vitórias para o SC Braga. Um desnível acentuado, mas que os minhotos querem combater esta noite.
«Desnível acentuado» acaba por ser a melhor expressão para caracterizar as últimas deslocações bracarenses até à capital portuguesa. Não se lembra desses resultados? Puxemos a fita atrás e relembremos esses jogos. Iuri Medeiros, avançado do Hapoel Beer Sheva, ajuda-nos a fazer uma viagem ao passado e a perceber o porquê destas diferenças, pois já esteve nos dois lados da história.
O açoriano, atualmente com 30 anos, conta com um longo passado ao futebol lusitano, isto na medida em que vestiu as camisolas de FC Arouca, Moreirense, Boavista, Sporting e SC Braga: esteve presente em alguns dos últimos embates entre os dois emblemas referidos.
A grande curiosidade? Os últimos três jogos em Alvalade terminaram com vitórias incontestáveis por... 5-0. Apesar dos jogadores terem mudado ao longo dos meses, prevaleceu o poderio verde e branco com insistência.
«Sim, não há como esconder isso. Mas cada encontro tem a sua história. O SC Braga sabe que jogar em Alvalade é sempre muito difícil. Pese embora esses resultados, não vão abdicar dos seus princípios e vão até Lisboa tentar ganhar, não tenho qualquer dúvida. É um clube grande e não será surpreendente se chegar a um desfecho positivo.»
Ainda assim, essa tendência não é recente. Se formos mais atrás na história, mais concretamente até 2003 (ano de inauguração do Estádio José Alvalade), percebemos que os bracarenses só venceram em quatro ocasiões, apesar de terem disputado 24 partidas desde então - apenas dois empates. Tudo o resto? Vitórias contrárias.
O conjunto de Lisboa tem demonstrado larga superioridade perante o seu adversário, independentemente dos jogadores e técnicos envolvidos nos dois lados. Como é que Iuri Medeiros olha para este embate, novamente a vários quilómetros de distância do recinto desportivo português?
«O Sporting sabe que é muito importante ganhar, pois será uma partida fundamental para as contas do título. O SC Braga, por seu turno, irá dar tudo o que tem para tentar vencer, faz parte do ADN do clube, querem sempre jogar para ganhar. Estão no quarto lugar e querem chegar ainda mais longe no campeonato.»
Agora sim, uma pequena apresentação do antigo extremo do Sporting e SC Braga. Após três temporadas consecutivas em grande nível no norte do país, mais concretamente entre 2020 e 2023, decidiu dar um novo rumo à sua carreira e embarcar numa experiência no Al-Nasr, emblema dos Emirados Árabes Unidos.
Depois de 33 jogos, seis golos e duas assistências, apareceu o Hapoel Beer Sheva, equipa de Israel. Foi anunciado em janeiro de 2025 e encontra-se a dar os primeiros passos num conjunto que ocupa o segundo lugar da Liga Israelita. «Tem sido uma experiência interessante. Estou inserido numa liga que tem muita qualidade e jogadores com grandes valias. A cultura é diferente, portanto, tenho de me adaptar o melhor possível.»
«Encontrei jogadores como o Miguel Vítor, Hélder Lopes, Lucas Ventura ou o Ponck, que falam a mesma língua que eu. Isso acaba por facilitar a adaptação, ajudámo-nos uns aos outros num país distinto do nosso», referiu Iuri Medeiros, que enumerou os objetivos a atingir na presente temporada, que vão ao encontro do pensamento de SC Braga e Sporting.
«A principal meta a atingir passa por ganhar o máximo de jogos possíveis. Queremos vencer todas as provas em que estamos inseridos, ou seja, o campeonato israelita [n.d.r estão no segundo lugar] e a Taça de Israel [n.d.r carimbaram a passagem às meias-finais]», acrescentou o internacional pelas seleções jovens portuguesas.
«Problemas de adaptação? Não me recordo de nenhum porque já estive em vários países (Itália, Polónia, Alemanha e Emirados Árabes Unidos). A única coisa que me deixou um pouco com medo foi a guerra que está a acontecer, de resto, tudo tranquilo.»
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