Papo na Colina
·24 mars 2025
Álvaro Pacheco solta o verbo ao falar sobre passagem pelo Vasco

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·24 mars 2025
Em entrevista ao portal O Jogo, o técnico Álvaro Pacheco expressou sua frustração com o curto período em que comandou o Vasco. Sua trajetória no clube foi marcada por turbulências internas e instabilidade nos bastidores, fatores que, segundo ele, foram determinantes para sua saída precoce.
Apesar da expectativa inicial e das promessas de um projeto sólido, a realidade se mostrou bem diferente. Desde os primeiros dias, Pacheco percebeu dificuldades para implantar sua filosofia de jogo e consolidar um grupo coeso. No comando da equipe, ele esteve à frente em quatro partidas, somando um empate e três derrotas – uma delas, a goleada histórica sofrida para o Flamengo no Clássico dos Milhões.
Crise nos bastidores dificultou trabalho de Pacheco
O treinador português chegou ao Vasco em um momento conturbado, em meio ao embate jurídico entre a 777 Partners e o presidente Pedrinho. Embora o clube garantisse que a disputa não interferiria no projeto esportivo, a realidade foi outra. Apenas três dias após sua chegada, a justiça brasileira determinou o afastamento da 777 da administração da SAF, alterando completamente o cenário.
Diante dessa reviravolta, a nova gestão passou a reformular a estrutura do futebol, desligando diversos profissionais ligados à antiga administração. Entre eles, Álvaro Pacheco, que acabou demitido antes mesmo de ter tempo para aplicar suas ideias e promover mudanças no time.
Foto: Matheus Lima/Vasco
Falta de coesão no elenco também foi um desafio
Além da crise institucional, Pacheco também identificou falta de unidade dentro do elenco. O técnico encontrou um grupo com talentos individuais, mas sem um senso de coletividade bem definido. Sua intenção era justamente fortalecer o espírito de equipe e criar uma identidade de jogo mais sólida.
“Era um plantel que precisava de ajustes, e isso foi conversado. Mas senti que o grupo estava dividido por diversos fatores. Minha missão era unir os jogadores e reforçar a importância do coletivo. Havia muito potencial”, declarou o treinador.
Apesar dos obstáculos, Álvaro Pacheco afirma que não se arrepende de ter aceitado o convite do Vasco. Ele ressalta que confiava no projeto da 777 Partners e que, caso tivesse o respaldo prometido, poderia ter feito um trabalho bem-sucedido.
“Se fosse hoje, aceitaria novamente. Fui com a ilusão de algo que me garantiram. Quando se entra em um projeto, é essencial sentir apoio e ter liberdade para implementar suas ideias. Sentia que teria isso com a 777. Mas a situação mudou rapidamente e o projeto desmoronou”, concluiu.
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