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·13 septembre 2024

Análise: equilíbrio nos duelos com o Galo não mascara deficiências do São Paulo

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Marcelo Baseggio

O São Paulo está eliminado da Copa do Brasil. Após o empate sem gols com o Atlético-MG nesta quinta-feira, o time comandado pelo técnico Luis Zubeldía se despediu da competição e, embora tenha protagonizado dois jogos bastante equilibrados contra o adversário, algumas deficiências expostas preocupam a torcida antes dos confrontos pelas quartas de final da Libertadores, contra o Botafogo.


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Sim, o Tricolor jogou de igual para igual com o Atlético-MG, que investiu muito mais para montar um elenco estrelado e brigar por todas as competições do calendário. No jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, no Morumbis, no qual o Galo saiu vitorioso por 1 a 0, graças a um gol nos acréscimos do segundo tempo, o São Paulo foi até superior, tendo as melhores chances, mas não as convertendo.

Só que esse equilíbrio contra o Atlético-MG não mascara algumas deficiências demonstradas pelo São Paulo. O Tricolor não foi capaz de incomodar o sistema defensivo do Galo ao longo dos 90 minutos nesta quinta-feira, na Arena MRV. A única oportunidade clara de gol dos visitantes aconteceu no segundo tempo, com Luciano saindo cara a cara com Everson, que fez a defesa com a perna.

Chegando no último trimestre do ano, o São Paulo ainda precisa ser mais eficiente e impor seu jogo longe do Morumbis. Como mandante, o time comandado por Luis Zubeldía tem sido bastante consistente, tropeçando raramente. Mas, fora de casa, Lucas, Calleri, Luciano e companhia ainda deixam a desejar.

Muito dessa falta de criatividade tem a ver com o meio-campo do São Paulo, que caiu de nível com as lesões de Pablo Maia e Alisson, dupla de volantes titular e que era o “motor” do time de Luis Zubeldía. Sem eles, o treinador foi obrigado a encontrar outra solução, apostando na experiência do veterano Luiz Gustavo e no futebol promissor de Damián Bobadilla, que foi reserva nesta quinta-feira, dando lugar a Liziero.

É fato que o São Paulo sente muito a falta de Pablo Maia e Alisson, mas ambos não têm a menor chance de voltar aos gramados neste ano. Desta forma, Zubeldía tem a obrigação de fazer o meio-campo render mais, fazendo a bola chegar da defesa para o ataque com mais qualidade e eficiência. Falta movimentação, falta velocidade nos passes e visão de jogo. É preciso ousar mais, chamar a responsabilidade.

Elenco e comissão técnica terão muitas lições para tirar da eliminação para o Atlético-MG na Copa do Brasil já visando o mata-mata contra o Botafogo pelas quartas de final da Libertadores. O buraco, inclusive, será mais embaixo, já que o adversário do São Paulo no torneio continental é o líder do Campeonato Brasileiro e o time que, talvez, jogue o melhor futebol do País na atualidade.

Resta saber se Luis Zubeldía e seus jogadores conseguirão juntar os cacos da eliminação na Copa do Brasil para manter vivo o sonho do tetracampeonato da Libertadores. É o grande objetivo do São Paulo na temporada e, para que seja alcançado, o time terá de produzir muito mais, sobretudo ofensivamente.

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