MundoBola Flamengo
·15 octobre 2025
Ataque do Flamengo é mais ou menos produtivo sem Pedro? Veja os números

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·15 octobre 2025
O Flamengo se prepara para as semanas mais críticas da temporada de 2025. Os confrontos contra Botafogo e Palmeiras pelo Brasileirão, seguidos pela semifinal da Libertadores contra o Racing, definirão o rumo do clube nas principais competições.
No entanto, a equipe chega a este momento crucial com um problema evidente: a queda de produtividade de seu ataque. E os números recentes sugerem que a ausência de Pedro entre os titulares é um fator determinante para a má fase.
Durante a pausa para a Data Fifa, o técnico Filipe Luís teve a missão de reorganizar um setor que, apesar de somar 108 gols no ano, perdeu completamente o rumo. Nos últimos cinco jogos, o time marcou apenas três gols e sofreu quatro, vencendo apenas uma partida, com dois empates e duas derrotas. Em três dessas partidas, o ataque passou em branco.
A oscilação é nítida quando se compara com o período anterior, quando o Flamengo acumulou oito vitórias em nove jogos. O que mudou? A utilização de Pedro.
A análise dos últimos jogos expõe uma correlação direta entre a presença do centroavante e o poder de fogo da equipe.
Filipe Luís tem demonstrado que não considera Pedro um titular absoluto. Nos últimos 11 jogos, o treinador escalou diferentes formações ofensivas, com a trinca Plata, Pedro e Samuel Lino sendo a mais repetida, mas ainda assim em apenas quatro ocasiões. O ponta-esquerda Lino é o único com status de titular incontestável, tendo atuado em 10 dessas partidas.
A preferência do técnico por variações táticas já levou Bruno Henrique e Plata a serem improvisados como centroavantes, como nos jogos contra Cruzeiro e Corinthians. Na partida em São Paulo, inclusive, Pedro sequer saiu do banco de reservas.
Questionado sobre a escolha de jogar sem um centroavante de ofício, Filipe Luís defende suas decisões com base na estratégia para cada adversário.
"Tudo vai em função do nosso plano de jogo, das características que eu acredito que a equipe precisa para vencer. Independente dos números, dos nomes, idade, isso não importa. É a opção que eu acredito que a equipe precisa e qual o caminho para vencer", explicou o comandante após o empate com o Cruzeiro.
A relação entre os dois já teve momentos de tensão. Em julho, o treinador criticou publicamente a postura de Pedro nos treinos, afirmando que o jogador "deveria ser a solução, não o problema" e que seria titular "quando quisesse".
Embora a situação tenha sido contornada, o fato é que o clube buscou no mercado um atacante com características diferentes, indicando um desejo do comando por outras opções para a função.
Diante da sequência de jogos mais importante do ano, Filipe Luís se vê diante de um dilema: insistir em suas convicções táticas e variações ou se render aos números, que mostram um Flamengo muito mais letal e vitorioso quando seu camisa 9 está em campo. A resposta começará a ser dada já na quarta-feira (15), contra o Botafogo, às 19h30 (horário de Brasília).