Atraso em pagamento por Matheus Gonçalves reacende fantasma do 'Caso Hernane' | OneFootball

Uma nova transação com o futebol da Arábia Saudita volta a gerar dores de cabeça para a diretoria do Flamengo. O Mengão lida com o atraso no pagamento da primeira parcela referente à venda do meia-atacante Matheus Gonçalves para o Al Ahli. A informação é do portal "Paparazzo Rubro-Negro".

A situação contratual, que previa um acerto à vista e foi modificada para um parcelamento, agora se encontra em um limbo que pode levar o caso a instâncias jurídicas. A situação ressuscita na memória do torcedor rubro-negro o episódio envolvendo Hernane Brocador e o Al-Nassr, também da Arábia Saudita.

A informação é de que o Flamengo ainda não identificou em seus cofres o depósito da primeira das três parcelas anuais (2025, 2026 e 2027) pela transferência de Matheus Gonçalves. O prazo para a quitação desta primeira cota venceu no dia 30 de setembro.

Diante da ausência do montante, o departamento jurídico do clube já se mobiliza para as próximas ações, considerando seriamente a possibilidade de acionar a Fifa para garantir seus direitos.

O contrato firmado entre os clubes prevê uma cláusula de anulação caso o pagamento não seja efetuado até a próxima sexta-feira, dia 4 de outubro. Essa possibilidade, no entanto, é vista como o último recurso, uma vez que o desejo principal é receber os valores acordados.

Procurado para comentar o assunto, o advogado Marcos Motta, que atuou como intermediário na negociação, não se manifestou. O silêncio também prevalece na diretoria do Flamengo, que ainda não emitiu um comunicado oficial para explicar o ocorrido.

Calote na venda de Hernane Brocador

Em 2014, o Flamengo acertou a venda do então artilheiro do time, Hernane Brocador, para o Al-Nassr. O que parecia um negócio lucrativo se transformou em uma longa e desgastante batalha judicial.

O clube árabe simplesmente não honrou com os pagamentos, forçando o Flamengo a recorrer à Fifa e, posteriormente, à Corte Arbitral do Esporte (CAS). Foram anos de disputa nos tribunais até que o Rubro-Negro, após sucessivas vitórias legais e a ameaça de sanções desportivas ao Al-Nassr, finalmente conseguiu receber os valores devidos, já em 2018.

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