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·8 mai 2025
Bahia valoriza posse, mas sofre para definir, aponta setorista

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·8 mai 2025
O próximo jogo do Flamengo é contra o Bahia, no Maracanã. A equipe de Filipe Luís tenta deixar o empate por 1 a 1 com o Central Córdoba na Libertadores para trás, em busca do topo da tabela do Brasileirão.
Para entender o que o Mengão pode esperar do adversário nessa partida, o MundoBola Flamengo conversou com Lucas Cezar, coordenador do Central do Bahia, especializado na cobertura do time baiano que vem jogar no Maracanã neste sábado (10), às 21h (horário de Brasília).
A principal característica do Bahia é a posse de bola, e de acordo com Lucas, a equipe tem um estilo de jogo de muita troca de passes.
"É um time que tem uma vocação bem destacada em relação à posse de bola. É um time que gosta de ter a posse. É um time que gosta de trocar passes. Circula bem a bola", avisa.
No entanto, o principal regente dessa troca é Caio Alexandre, que sofreu terceiro cartão amarelo no jogo passado e não enfrenta o Flamengo.
"Nessa fase ofensiva, na transição, posso destacar Caio Alexandre, que vai fazer uma falta imensa no time do Bahia. Porque é o ritmista. Ele pega a bola e vai distribuindo entre os meias", comenta.
Mesmo assim, o Bahia ainda tem Everton Ribeiro, nome conhecido da Nação e que pode ajudar bastante nessa troca de passes.
"Everton Ribeiro e o Jean Lucas tem um ano já de companheirismo. É um time que consegue fazer bem essa articulação com a troca de passes", diz.
Apesar dessa expectativa, o Bahia pode não colocar tanto medo por conta do ataque. Os centroavantes vivem seca de gols, o que é um alerta para a equipe no Maracanã.
"O Bahia tem uma dificuldade de definir. Os centroavantes do Bahia não estão vivendo uma boa fase. O José e o Lucho Rodrigues. Lucho, a última vez balançou as redes pelo Bahia foi na Copa do Nordeste, contra o Ceará, 3x2. A esperança do Bahia na parte ofensiva é o Erick Pulga", opina.
Outro ponto que pode facilitar a vida do Flamengo é uma desorganização defensiva constatada pelo jornalista na equipa do Bahia.
"Esse ano, o modelo de jogo do Bahia é diferente do ano passado. O Rogério Ceni traz um lateral para jogar por dentro, que é o Luciano Juba. Ele tem a liberdade muitas vezes de atacar pelo lado esquerdo ou pelo lado direito. Contra o Corinthians e contra o Mirassol, a assistência sai do lado oposto de onde ele ataca", comenta.
A questão é que isso faz com que o Bahia faça uma saída de bola com três jogadores, o que deixa a defesa exposta.
"O Bahia, com essa saída de três, acaba também expondo as costas laterais, deixando a zaga muito exposta. E nessa exposição, Ramos Mingo é bom na recomposição. É um jogador jovem, que vem do Defesa y Justicia. Mas os outros dois, Gabriel Xavier e David Duarte, não têm a mesma sintonia do Ramos Mingo", afirma.
Por fim, Lucas aponta a fragilidade defensiva como calcanhar de Aquiles que pode prejudicar o time diante do Flamengo, no Maracanã, elogiando apenas Ramos Mingo no sistema defensivo.
"Os atacantes dos adversários tem mais possibilidade do arremate ao gol. Então, essa transição defensiva do Bahia nem sempre é na mesma sintonia da transição ofensiva. Às vezes, em alguns momentos, exceto o Ramos Mingo, acaba sendo um pouco lento. E os laterais, como sobem muito para o apoio, acabam oferecendo as costas. Seria uma fragilidade do Bahia em relação ao aspecto defensivo", finaliza.
Flamengo x Bahia marca a tentativa da retomada da liderança, que foi perdida pelo Mengão na rodada passada, após o tropeço diante do Cruzeiro, fora de casa.