Bolívar x Atlético: coletiva de imprensa com Sampaoli | OneFootball

Pergunta: Queria que você avaliasse a partida, o Atlético sai na frente, com dois gols. Teve lance de pênaltis, expulsão, e o Bolívar consegue o empate. Como você avalia o jogo, colocando tudo na balança, principalmente a questão da altitude?

Sampaoli: “Bem, um jogo no qual o time tinha um plano, e o respeitou. Fez um primeiro tempo muito ordenado. O gol rápido do segundo tempo condicionou (o jogo) um pouco. Eu penso que tivemos a chance do gol com o Hulk que poderia ter nos dado a vitória. Creio que fizemos um jogo inteligente, e deixamos o confronto aberto para definir no Brasil”.

Pergunta: O que opina do seu adversário que, com 10 homens na segunda etapa, conseguiu o empate?

Sampaoli: “O de sempre, não? Mais além da dificuldade numérica, há uma condicionante físico que demanda muito no segundo tempo. Tivemos que fazer substituições obrigatórios, é muito difícil, te digo, jogar aqui, contra uma equipe que está acostumada, e que tem muitos ataques. Creio que, mais além de ter um homem a mais, nós conseguimos um bom resultado aqui. E agora é esperar o jogo de volta. Enfrentamos um adversário que conhece muito bem aqui, joga muito bem aqui, conhece o tempo da bola. Então, por isso, avaliamos que era melhor controlar um pouco o nosso jogo”.

Pergunta: O Bolívar também tem conseguindo vencer fora de casa. Como você avalia essa série para o jogo de volta?

Sampaoli: “Não está nada definido, nós temos que conseguir marcar a diferença lá (no Brasil), nos proteger, sabendo que esse rival também tem bom jogo quando está na condição de visitante, então, será uma partida decisiva, equilibrada, na qual teremos que estar muito bem para sustentar os nossos ataques contra um rival que joga, realmente, bem”.

Pergunta: Qual foi a mudança de mentalidade que os jogadores teve, já que no Brasileirão, não vinha de bons resultados? Hoje, mostraram outros semblante, se impondo aqui nas alturas…

Sampaoli: “Creio que estamos começando um trabalho. Hoje, valorizo muito a organização e o respeito por um plano para uma partida muito complicada. Normalmente, para qualquer equipe, toma tempo. Creio que a personalidade que tivemos para jogar me pareceu muito relevante e importante, é o que eu valorizo”.

Pergunta: Qual sensação te deixa pelo fato de não conseguir ganhar do Bolívar, mesmo com 11 contra 10…

Sampaoli: “É o que eu já dizia. Creio que nós seguimos respeitando o mesmo plano desde o início. Sabíamos muito bem que eles tinham bons cruzamentos com perna trocada, quando a bola chega nos pontos. Não conseguimos, nessa região, ter o controle da bola, devido ao cansaço do segundo tempo. A nossa última linha esteve bastante desgaste no cruzamento, e isso se passa sempre aqui. Com 11 ou com 10 (jogadores). Não creio que isso mude muito. De igual maneira, tivemos um par de ações ofensivas no segundo tempo, para fazer mais um gol, e não aproveitamos”.

Pergunta: Quando você assumiu, disse que não encontrou os níveis adequados nos jogadores. Sente que essa partida muda a avaliação? E no jogo do Brasil pela volta será completamente distinto?

Sampaoli: “Eu creio que, como disse recentemente, estamos recém-chegados. Hoje, a equipe mostrou personalidade e uma postura estrutural diferente. Creio eu que houve uma melhora, que a valorizamos, e creio que a partida de volta será tão difícil como essa de hoje, com diferentes matrizes na parte física, com mais equilíbrio, e na parte futebolista, com a esperança de que seja mais favorável a nós. E na parte tática, vamos ver como iremos planificar essa partida que será diferente, contra um rival que joga tranquilo e bem como visitante. Seguramente se estivermos ansiosos (no sentido de tomar decisões precipitadas no jogo de volta), vamos pagar (caro)”.

Pergunta: O Hulk teve a chance do terceiro gol e falhou. Além disso, você pensou em um Bolívar agressivo no segundo tempo?

Sampaoli: “O primeiro gol é no início do segundo tempo e fez o Bolívar se levantar, dar esperança a eles. E nós, à medida que a partida se transcorria, também havia o nosso desgaste, que impactou no nosso rendimento. Como digo, eu havia previsto trocas em alguns lugares do campo para dar frescor ao time, vendo a jogada clara, a última com o Hulk, que normalmente o Hulk converte, poderia ter saído a vitória. Mas também posso dizer que o Bolívar teve a dignidade e a valentia de buscar a partida com um jogador a menos. E seguimos mantendo o plano de estrutura defensiva e esperando algum contra-ataque”.

Fotos: Pedro Souza/Atlético

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