BOMBA: A ALIADOS, BELMONTE FALA QUE NÃO SERÁ INDICADO POR CASARES À SUCESSÃO E NÃO GARANTE PERMANÊNCIA NO FUTEBOL EM 2026 | OneFootball

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·20 septembre 2025

BOMBA: A ALIADOS, BELMONTE FALA QUE NÃO SERÁ INDICADO POR CASARES À SUCESSÃO E NÃO GARANTE PERMANÊNCIA NO FUTEBOL EM 2026

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Apesar da sinalização pública de trégua interna, vazada propositalmente por pessoas de dentro do São Paulo após a informação de que o presidente Julio Casares mobiliza a sua ‘tropa de choque’ para poder aprovar o projeto de parceria para investimentos em Cotia, a verdade é o clima político do clube continua efervescente.

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou com pelo menos cinco fontes, todos conselheiros ligados ao grupo político de Carlos Belmonte, o atual diretor de futebol jogou a toalha e comunicou o que já se previa: não deverá ser o indicado de Casares à sucessão na presidência, nas eleições previstas para ocorrerem no fim do ano que vem.


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Diante desse cenário, Belmonte não teria demonstrado a menor empolgação em continuar como diretor de futebol do Tricolor para 2026. E a seus aliados escancarou que a vontade seria de deixar o posto imediatamente, mas não o fez por pedidos internos dos funcionários do CT da Barra Funda.

O grupo político de Belmonte revela muito pouco dos seus planos para o futuro. Entre outras chapas que apoiam Casares, há a certeza de que o diretor de futebol deve mobilizar uma tentativa de candidatura própria, mesmo sem apoio do mandatário, dada a sua força interna no Conselho Deliberativo.

Enquanto partidários que permanecem fiéis ao presidente tricolor possuem ampla aceitação com os sócios. no órgão que define as coisas no clube é Belmonte quem tem relevância.

CRISE INTERNA

Chegou-se a uma trégua após o mandatário prometer uma definição sobre o nome até março.

Fontes ligadas à diretoria propagam que o encontro serviu para “acalmar o clima” e evitar que a crise de gestão que Casares atravessa, pressionado e cobrado pela torcida na internet, influencie dentro de campo, em momento no qual o São Paulo luta nas quartas de final da Copa Libertadores contra a LDU, do Equador.

Na verdade, o dirigente quer reverter o quadro negativo que possui hoje no Conselho Deliberativo para aprovar o Fundo de Investimento em Participações (FIP), nome pomposo dado por Casares para batizar o projeto que busca captação de recursos em troca do repasse de porcentagens das promessas da base e que tem no bilionário grego Evagelius Marinakis o seu maior interessado.

Para isso, se comprometeu a não vazar informações a jornalistas próximos e pessoas da diretoria e de dentro do clube sobre seus planos para quem se sentará na cadeira no seu lugar.

Trocando em miúdos, a trégua casarista teve como alvo uma só pessoa: Carlos Belmonte. O diretor de futebol é o maior pretendente ao posto de mandatário, é quem mais tem apoio interno no Conselho e clube, mas sabe que está desprestigiado ‘com o chefe’. Os sinais, inclusive, são de uma debandada do seu grupo e outros partidários, o que prejudicaria – E MUITO – Casares em votações internas no seu último ano de mandato.

Belmonte se viu ‘entregue aos leões’ após a debandada de jovens revelações de Cotia adoradas pela torcida e vendidas a preços irrisórios. Foi supostamente ofendido em uma mensagem enviada por engano por um funcionário do São Paulo onde seria alvo de uma suposta ‘fake news‘ plantada (o profissional alegou se tratar de uma brincadeira). E virou alvo principal das principais torcidas organizadas do clube.

‘Forçado’ a aceitar as desculpas por parte do funcionário, Belmonte percebeu que é praticamente carta fora do baralho de Casares para a indicação à sua sucessão na presidência. E agiu nos bastidores, chegando a ameaçar deixar a diretoria de futebol para concentrar sua atuação no Conselho, alinhando-se a pessoas de oposição ao presidente.

Vazou-se que os planos de Casares seriam o de indicar a seu posto Márcio Carlomagno, atual CEO do clube e que nos últimos tem se tornado um braço-direito do presidente, montando uma espécie de ‘chapa puro-sangue’ ao lado do presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres Abreu, e da diretoria social Mara Casares, sua ex-mulher. Isso desagradou outras correntes internas, como a chapa de Antônio Donizete Gonçalves, o Dedé do Social, diretor do social tricolor, e Douglas Schwartzmann, atual responsável pelas categorias de base.

O ENREDO DA CRISE

Empossado diretor de futebol por ser o principal articulador da eleição de Casares em 2021, Belmonte sempre conviveu com críticas externas e acusações de estar ilegalmente no cargo, já que isso desrespeitaria o estatuto do clube. Na ocasião, o dirigente surfava um grande sucesso dentro do Morumbi. Impulsionado pelas vitórias do time de basquete que ajudou a ressuscitar, se tornou líder de um dos maiores grupos políticos são-paulinos.

Para Casares, sua presença no departamento mais importante do São Paulo era questão essencial para ter amplo apoio no Conselho Deliberativo e desmobilizar de vez a oposição.

Os primeiros rachas vieram em 2022. Aliados de Belmonte foram contrários à mudança no estatuto que permitiu Casares se reeleger. O motivo, óbvio, era o de ser o diretor de futebol como presidente. E o seu grupo, então uma espécie de ‘centrão são-paulino’, sofreu baixas importantes. Douglas Schwartzman, atual diretor da base e figura crucial na política são-paulina, e seus aliados foram os primeiros. Cardeais, como o ex-presidente Fernando Casal del Rey, ainda formaram uma base aliada importante e evitaram uma crise maior.

Superada o primeiro entreveiro, o já mais enfraquecido grupo político de Belmonte entrou em rota de colisão com Casares desde o início dessa segunda gestão. Seja por perderem postos importantes (o presidente bancou a manutenção de Olten Ayres como mandatário do Conselho, algo que eles queriam), seja pela crise financeira que o São Paulo se meteu.

Sem diminuir sua dívida, pelo contrário, aumentando-a em quase R$ 1 bilhão, Casares acertou o fundo de investimento da Galápagos e implantou um teto de gastos que desagradou Belmonte no futebol. O final do ano passado foi marcado por troca de informações. De um lado, jornalistas que possuem o Morumbi como fonte correram para propagar que Belmonte estava com os dias contados. Do outro, da Barra Funda vieram as informações de que Casares tinha o sonho de transformar o São Paulo em SAF onde ele seria o CEO.

De certa forma, escancarou-se à torcida o clima de suposta harmonia total entre clube e futebol e desde então atitudes demonstraram as coisas de forma mais que clara, quase sempre com Belmonte sofrendo pancadas.

Em meio às notícias sobre a situação financeira, o futebol foi responsabilizado pelo estouro de R$ 43 milhões acima do previsto no primeiro semestre de 2025. Já o setor comandado pelo futebol, localizado na Barra Funda, considera o orçamento irreal e aponta a ausência de investimentos para montar o elenco.

De um lado, Barra Funda correu para vender joias e deixar claro que a ordem é apertar o cinto. Do outro, Casares tomou à frente de algumas decisões do futebol e chegou a fazer anúncios de contratações e renovações antes do próprio clube.

O episódio da mensagem errônea mandada pelo diretor de comunicação do clube, José Eduardo Martins, é considerada ‘a cereja do bolo’. Casares foi direto internamente ao dizer que não demitiria o profissional, como queriam apoiadores de Belmonte, que ressentido, acatou a ‘ordem’ de ficar quieto sobre o ocorrido, engolindo seco o ocorrido, até como forma de blindar o elenco antes da decisão na Copa Libertadores. Terminado o jogo, contudo, a bola de neve interna não para de crescer. E talvez só mudanças possam evitar que ela desmorone de vez a gestão Casares em sua reta final.

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