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·28 août 2025
Caminho inverso: Alta rotação no futebol saudita abre espaço para retorno de jovens para a Europa

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Há pelo menos três temporadas, a Arábia Saudita se tornou o novo "eldorado" do futebol, primeiro com contratações de nomes experientes de impacto e, em seguida, com apostas em jogadores prodígios. Porém, o dinheiro interminável para investir, aliado ao número limitado de vagas para estrangeiros, impulsionou uma alta rotação nos clubes e abriu uma nova perspectiva no mercado.
Nesta janela de transferências, o futebol europeu aproveitou as oportunidades de mercado do mundo árabe para recuperar talentos "perdidos" para os petrodólares e pavimentou um caminho de retorno ao Velho Continente.
Um dos primeiros nomes a desembarcar de volta, também foi um dos precursores da ida de joias europeias para a Arábia Saudita. Em 2023, Gabri Veiga surpreendeu ao rechaçar o interesse dos gigantes europeus para atuar no Al Ahli.
Dois anos depois, o meia de 23 anos se tornou novamente pioneiro por fazer o caminho inverso, aceitando uma redução superior a metade do seu salário, para retornar à Europa, reforçando o Porto nesta temporada.
Campeão da Liga dos Campeões da Ásia, Gabri Veiga se despediu do Al Ahli com 14 participações em gols, sendo oito gols e seis assistências, em 46 jogos na última temporada. Apesar dos números convincentes para o meia, pesou para o espanhol o desejo de voltar a um futebol mais competitivo para entrar no radar da seleção.
Embora titular na equipe, o time saudita também não fez cerimônia para liberar o jogador por um valor inferior ao pago ao Celta de Vigo, dois anos antes. Além disso, o Al Ahli repôs a saída de Gabri Veiga com a chegada de Enzo Millot, promovendo uma rápida rotação de jovens.
Com a porta aberta pelo espanhol, outros nomes jovens também aproveitaram a oportunidade nesta janela para retornar ao futebol europeu.
Jhon Durán permaneceu apenas seis meses no Al Nassr e até justificou o seu alto investimento, mas não durou muito tempo fora da Europa. Mesmo com 12 gols em 18 jogos, a joia colombiana preferiu sair por empréstimo para o Fenerbahçe.
Apesar do prejuízo momentâneo, o Al Nassr não economizou para repor a saída com as chegadas de Kingsley Coman e João Félix.
O próximo nome a repetir os passos de Veiga e Durán será o argentino Ezequiel Fernández. A cria do Boca Juniors, no entanto, deixará lucro ao futebol saudita. Único dos três nomes a ser buscado diretamente na fonte sul-americana, Equi Fernández foi contratado na temporada passada por 15 milhões de euros, valor da multa rescisória, e será vendido pelo Al Qadisiyah ao Bayer Leverkusen por quase o dobro do valor.
Apesar da reta final da janela, outras joias ainda podem pintar no Velho Continente. Marcos Leonardo é um dos nomes dispostos a ampliar a lista de retornos, após ficar fora dos planos de Simone Inzaghi no Al Hilal.
O atacante brasileiro também apresentou bons números na sua temporada de estreia, mas virou mais uma vítima da alta rotação de contratações no futebol saudita.
Nesta semana, o São Paulo sondou a contratação do Menino da Vila, mas esbarrou nos valores que são considerados "padrão europeu", destino que tem as portas abertas para o brasileiro.
Entretanto, apesar da Europa intensificar o interesse em jogadores do futebol saudita, que tiveram boa passagem no Velho Continente, o mercado ainda segue restrito aos clubes do "segundo escalão europeu".
Se em outrora, os prodígios despertaram o interesse nos clubes da primeira prateleira, agora, os mesmos jogadores precisarão provar o seu valor em outros mercados antes de entrarem novamente no radar.
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