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·14 décembre 2025
Campeão em 1997, Iser Bem correrá 100ª edição da São Silvestre com o filho: “Será especial”

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Campeão inédito da Corrida Internacional de São Silvestre em 1997, Émerson Iser Bem escreveu seu nome na história da prova e espera passar o legado para seus filhos. Mais de 20 anos depois, com tatuagem, coque e barba longa, o agora ex-atleta vivia e expectativa de correr a 100ª edição com o filho, sonho que será concretizado no próximo dia 31 de dezembro.
Na última sexta-feira, acompanhado do filho mais novo, Iser Bem esteve presente na homenagem da Câmara Municipal de São Paulo à Corrida de São Silvestre. O ex-atleta também foi rapidamente condecorado e destacou a emoção do momento, sobretudo por ter deixado o garotinho de 13 anos orgulhoso.
“É muito gratificante, uma emoção muito bacana. Eu trouxe meu filho mais novo. Ele ficou super emocionado, porque ele tem pouca idade, ainda não tem a menor ideia do que foi. Ele estava super empolgado com tudo. Para mim também foi bom, porque são muitas histórias sendo contadas, muitos momentos relembrados. É uma prova especial, não só porque um dia eu venci. Eu corro sempre que eu posso, esse ano vou correr de novo, dessa vez com meu filho de 18 anos, e será especial por isso também”, contou o corredor em entrevista à Gazeta Esportiva.
Émerson Iser Bem surpreendeu e ganhou a São Silvestre em 1997, superando o pentacampeão Paul Tergat. Diante do exemplo dentro de casa, o filho mais velho pegou gosto pela corrida, o que certamente deixou o ex-atleta cheio de orgulho. Resta saber, agora, se ele seguirá os mesmos passos do pai. O campeão de 1997, entretanto, não impõe nenhum tipo de pressão — a decisão está nas mãos (ou melhor, nos pés) do jovem adulto.
“Esse que vai correr comigo, quando ele era criança e descobriu que eu era atleta, adorava negócio de corrida. Só que ele era muito forte e apostava corrida com os colegas, e só perdia. Ele era muito grande e agora, graças ao esporte, à disciplina, está em forma, muito bem fisicamente. É apaixonado pela corrida”, revelou Iser Bem.
“E esse aqui agora também [risos], com certeza, mas só tem 13 anos, ainda não é o momento. É marcante isso para nós, eles virem para o nosso mundo. Eu tenho três filhos que trabalham comigo. Eu trabalho com corrida, então eles estão nesse mundo comigo todo fim de semana, com cronometragem. Mas correndo, vai ser a primeira vez com esse de 18 anos, e justo na 100ª edição da São Silvestre”, prosseguiu.
Engana-se quem pensa que, por ser campeão da São Silvestre, Iser Bem cobraria o mesmo dos filhos. Muito pelo contrário. O corredor do interior do Paraná leva a situação com leveza e adotou como meta completar os 15km com o filho, independente de tempo a ser batido.
“Vamos no MDI, sabe qual é o ritmo MDI? O mais devagar impossível [risos]. Vamos para terminar. É outra expectativa, não quero criar nenhuma pressão nele de resultado, jamais, porque sei como funciona [risos] e não quero isso para eles. Quero que gostem de praticar o esporte e sempre pratiquem. Nosso objetivo é terminar a prova, vivenciar a experiência, a boa onda, a vibe. Expectativa está altíssima”, destacou.
A São Silvestre tem o potencial de mudar vidas, que foi o que aconteceu com Émerson Iser Bem. Depois de ganhar a tradicional corrida de rua, o ex-atleta viu muitas portas se abrirem no cenário nacional e internacional devido à visibilidade conferida pela prova.
“A São Silvestre tem uma capilaridade nacional impressionante e até mesmo fora do Brasil. Quando eu venci, me ajudou muito a competir fora do país. Para correr fora, você precisa ser conhecido. Você não chega numa prova internacional e se inscreve do nada. E quando você tem a credencial de ter vencido a São Silvestre no currículo, abrem-se muitas portas fora. E dentro do Brasil muito mais. É uma prova que tem essa capacidade, porque tem essa coisa de estar na televisão, o Brasil inteiro assiste”, analisou.
“É o momento do ano em que as pessoas estão mais em casa. Isso ajudou muito, inspirou muita gente a participar de corridas. É o principal motor desse seguimento que hoje está fervilhando, a corrida de rua está super em alta, e a São Silvestre é a principal mola propulsora disso. Quando eu conversava com alguém, as pessoas viram e falam o que estavam fazendo naquele dia. As pessoas têm uma história para contar. Isso é único. Não tem outra corrida de rua no Brasil que gere isso. 100 anos de história não é para todos”, exaltou o corredor.
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Atualmente, a São Silvestre é disputada pela manhã em um percurso de 15km e faz parte do calendário da IAAF (Associação Internacional das Corridas de Atletismo). Marcada para o dia 31 de dezembro, a 100ª edição da prova já está com as inscrições esgotadas e deve reunir cerca de 55 mil inscritos, com largada e chegada na Avenida Paulista.
“Terminar a São Silvestre no final da Brigadeiro é especial para qualquer pessoa. É uma emoção muito grande, até pela época do ano que começa a aflorar as emoções. É o Natal, final de ano, final de um ciclo, porque todos nós, queira ou não, estamos encerrando um ciclo. A corrida, o final da Brigadeiro, é aquela superação na subida. É muito especial por isso também. Quem corre com certeza experimenta essa vibe no final”, concluiu Iser Bem.
Como de costume, a TV Gazeta transmitirá a 100ª edição da São Silvestre ao vivo, trazendo os principais destaques e com todas as informações que o telespectador precisa saber.
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