Cartão corporativo: CORI aprova abertura de procedimento na Ética contra Andrés Sanchez e mais seis | OneFootball

Na noite desta segunda-feira, 14, o Conselho de Orientação (CORI) do Corinthians se reuniu no Parque São Jorge. Em encontro que já estava marcado para tratar de pautas como as contas do primeiro trimestre de 2025 do clube, outro tema dominou as discussões: o uso do cartão corporativo para pagamento de despesas pessoais confessado pelo ex-presidente Andrés Sanchez.

Desde que o caso veio à tona, torcedores vêm pressionando fortemente a diretoria e os órgãos fiscalizadores do Corinthians por providências, e o CORI foi o primeiro destes órgãos a se posicionar. As discussões se iniciaram logo após se esgotar a pauta original do encontro, que tratava da apresentação das contas do último trimestre e da apreciação da proposta de obtenção de empréstimo com garantia dos direitos de transmissão da Liga Forte União (LFU).

Foto: Reprodução

Logo em seguida, os conselheiros adentraram ao debate sobre a Comissão de Ética e Disciplina (CED), apontando a demora do órgão em analisar os pedidos atualmente em tramitação. A proposta colocada em pauta foi a votação de um pedido formal de abertura de procedimento contra Roberson de Medeiros, o “Dunga”, vice-presidente do Conselho Deliberativo e presidente da CED, em razão dessa situação.

Além disso, deliberaram sobre a abertura de outros dois procedimentos: um contra Andrés Sanchez, para investigar seus gastos no cartão corporativo durante seu mandato (2018 a 2020), e outro contra Augusto Melo, Pedro Silveira, Luiz Ricardo Alves (o “Seedorf”), Josué Lopes e Dayna Barossi, para apurar o possível vazamento de informações sigilosas do clube.

Os três pedidos de abertura de procedimentos foram aprovados pelo CORI. No caso dos processos contra Dunga e os cinco membros da gestão de Augusto Melo (incluindo o próprio presidente afastado), a votação foi unânime: 16 votos a zero. Já o processo contra Andrés Sanchez foi aprovado por um placar mais apertado, com nove votos a sete.

Nesta última votação, foram favoráveis à abertura do processo os membros trienais Celso de Oliveira Sobrinho, Fausto Di Toti, Felipe Ezabella, Heleno Maluf, José Simplício, Paulo Pedro, Pedro Soares e Roberto Parisi, além do membro nato Carlos Senger. Por outro lado, votaram contra o membro trienal Caetano Blandini, o presidente do CORI Miguel Marques e Silva, e os membros natos Ademir Benedito, Alexandre Husni, Duilio Monteiro Alves, Guilherme Strenger e Mário Gobbi.

Agora, caberá à Comissão de Ética instaurar os procedimentos disciplinares. Após a tramitação, os pareceres finais serão submetidos à decisão do plenário do Conselho Deliberativo, conforme determina o estatuto corinthiano.

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