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CBF esconde áudios do VAR e varre sujeira para baixo do tapete entre SPFC x SEP

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não irá divulgar os áudios do VAR da partida entre São Paulo e Palmeiras, realizada no último fim de semana. A decisão segue o protocolo da entidade, que determina a divulgação apenas de lances em que o árbitro principal tenha ido até o monitor para revisar uma jogada. Como isso não ocorreu durante o clássico, os registros de comunicação entre a equipe de arbitragem não serão disponibilizados ao público.

Entre os lances mais questionados por torcedores e analistas estão possíveis erros em marcações de faltas e um suposto pênalti não assinalado. No entanto, em todos esses casos, o árbitro Ramon Abatti Abel optou por manter as decisões em campo sem acionar o monitor do VAR. Dessa forma, segundo o regulamento da CBF, não há obrigatoriedade de tornar públicos os diálogos entre o árbitro e a equipe de vídeo.

A ausência de divulgação gerou críticas nas redes sociais e em programas esportivos, especialmente por parte de torcedores do São Paulo, que exigiam transparência nas decisões da arbitragem. A CBF, por sua vez, reforça que o protocolo de divulgação de áudios tem caráter técnico e visa manter um padrão nas competições nacionais, sendo aplicado igualmente a todos os clubes.

Nos últimos meses, o uso e a divulgação dos áudios do VAR se tornaram tema recorrente no futebol brasileiro, com pedidos de maior transparência e revisão das regras. Apesar da pressão pública, a entidade não pretende alterar o protocolo no curto prazo, sustentando que a liberação seletiva das comunicações ajuda a preservar a autoridade e a autonomia da arbitragem.